Este projeto pretende, por meio de sensores instalados nos veículos e nas pistas, capturar e interpretar as informações do trânsito em tempo real e auxiliar o motorista a tomar certas atitudes. Por meio de comunicação sem fio, o computador de bordo do carro pode ter acesso instantâneo às informações de tráfego e conversar com os sistemas de outros veículos de forma que, as decisões cabíveis a determinadas situações, como frear, desviar ou aumentar a velocidade sejam mais inteligentes e eficientes que as tomadas por um motorista humano. Na prática, isto pode permitir criar carros que dirigem sozinhos pelas ruas.
Para que o sistema dos carros seja mais seguro, é necessário que eles recebam informações, em tempo real, sobre congestionamentos, acidentes, condições perigosas das estradas, condições meteorológicas e localização de estacionamentos, postos de gasolina e restaurantes. À medida que os veículos forem integrados com sistemas inteligentes, o trânsito também se torna mais eficiente.
“Desta forma, podemos aumentar a capacidade da rede rodoviária, reduzir a poluição e os congestionamentos, além de tornar o tempo e o percurso da viagem mais previsível”, acrescenta.
O pesquisador também lembra que as redes veiculares possuem um enorme potencial na redução de custos gerados por conta do intenso tráfego nas cidades. Um estudo de 2008, conduzido pelo Ph.D. em economia Marcos Cintra, mostrou que o custo do congestionamento na cidade de São Paulo foi de aproximadamente R$ 33,5 bilhões. Deste valor, 85% do custo está associado ao tempo perdido no trânsito.
Leandro Villas acredita que o desenvolvimento dos sistemas de transportes inteligentes podem reduzir estes custos, ao fornecer informações atualizadas e dinâmicas relacionadas às condições do tráfego. Além disso, estes sensores também podem diminuir o número de acidentes nas estradas.
Até o momento, as soluções foram testadas somente em simuladores. Porém, como lembra o doutor, em breve (talvez em 2013) certamente essas soluções serão testadas na prática. Os mesmos sensores estão sendo implantados em pontos específicos para o estudo.
O Rio Monjolinho, na cidade de São Carlos, por exemplo, possui dispositivos que alertam o corpo de bombeiros sobre risco de enchentes. Desta forma, os mesmos sensores podem, em um futuro breve, avisar os motoristas com antecedência o momento ideal para se trafegar nas marginais.
Ao ser questionado sobre parcerias com concessionárias ou montadoras, Villas afirma que por enquanto não há conversas com as fabricantes, mas que em breve pretende estabelecer uma parceria com a AutoBan, que administra estradas do interior paulista.
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