Os
fabricantes de soníferos que contenham o princípio ativo "zolpidem"
devem reduzir a dosagem dos medicamentos, segundo exige a partir desta
quinta-feira (10) a FDA, agência americana de regulação de alimentos e
remédios. A recomendação tem como base estudos que revelam que o remédio
deixa os pacientes, principalmente mulheres, sonolentos e sujeitos a
lesões durante a manhã.
De acordo com a FDA, uma das pesquisas mostra que essas
drogas permanecem na corrente sanguínea em altos níveis pela manhã,
provocando sonolência suficiente para interferir em atividades como a
condução de veículos, o que aumenta o risco de acidentes.
A agência recomenda que a dose seja cortada pela metade para
mulheres, porque elas processam a substância de forma mais lenta. De
acordo com a determinação, as doses passarão de 10 para 5 miligramas nos
produtos regulares, e de 12,5 para 6,25 miligramas nas formulações de
liberação prolongada.
A FDA pede, ainda, que os fabricantes passem a aplicar doses mais
baixas também para os homens, embora isso não seja uma exigência. Da
mesma maneira, os médicos devem prescrever a menor dose possível nos
tratamentos contra insônia, reforça a agência.
"Os pacientes que dirigem
de manhã ou fazem alguma outra atividade que exige atenção integral
devem conversar com seus médicos para verificar se o tratamento é
apropriado", disse Ellis Unger, diretor do departamento de avaliação de
medicamentos da FDA.
De acordo com ele, a agência tem recebido nos últimos anos
uma série de denúncias de acidentes de trânsito ligados ao uso de
zolpidem. No entanto, a FDA não tem informações suficientes para dizer
qual a real influência da droga nas batidas de carro.
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