Para 2013, ele acredita que as medidas anunciadas pelo governo
garantam uma melhora para o setor de financiamentos. "As concessões de
portos e aeroportos (anunciados pela presidente Dilma Rousseff em 2012),
apenas, já geram demanda por caminhões, ônibus e carros para frotas
automaticamente. Além disso, a renda continua alta e o desemprego baixo.
O efeito multiplicador deve constar na economia."
Modalidades de crédito
Entre 2008 e 2012, o valor das vendas de automóveis por leasing caiu
de cerca de R$ 80 bilhões ao ano para perto de R$ 10 bilhões em 2012. De
acordo com Carbonari, houve migração para o crédito direto ao
consumidor (CDC), já que não houve redução no volume de vendas.
"Progressivamente (o leasing) foi perdendo atratividade. As prestações
(do leasing e CDC) são muito parecidas e com o CDC a pessoa evita os
prazos predeterminados", afirmou. O CDC para compra de veículos
representou em 2012, até setembro, 51% da carteira de crédito da Anef.
Nos últimos 12 meses até novembro de 2012, houve uma queda de 48 7%
na emissão de leasing nos bancos ligados à Anef. Até setembro do ano
passado, o leasing respondeu por apenas 2% do volume de vendas de
crédito emitido por esses bancos.
Segundo Carbonari, as instituições financeiras deixaram de incentivar
o leasing. "Elas acabavam responsáveis pelas contas dos clientes
inadimplentes, que não pagavam os tributos dos carros, já que a
propriedade só é transferida (da instituição financeira para o
comprador) após o término dos pagamentos." Outro ponto que o executivo
ressalta é que alguns clientes buscam pagar as parcelas antecipadamente.
"Com o leasing isso é impossível, ele não pode liquidar o pagamento",
destacou. "Além disso, há os gastos que o cliente tem ao final do prazo
do leasing de passar os documentos para seu próprio nome."
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