sábado, 26 de janeiro de 2013

Acidente De Imprudência do Condutor.


Motociclistas são os que mais morrem no trânsito


De acordo com os levantamentos do Instituto Avante Brasil, baseados nos dados do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) e do Datasus-Ministério da Sáude, do total de 42.844 mortes no trânsito ocorridas em 2010, 10.825 (25%) vitimaram motociclistas, grupo que representa o maior percentual de mortos.

Em seguida vêm os pedestres, que representam 23% (9.944 mortes) das vítimas fatais no trânsito e, depois, os ocupantes de automóveis, com 21% (9.059 mortes). Os ciclistas, com um total de 1.513 vítimas fatais, totalizaram 4% do total de mortos no trânsito em 2010. Veja o gráfico abaixo:


Contudo, o cenário nem sempre foi este para os que hoje ocupam a primeira posição na vitimização no trânsito. Como se pode observar no quadro abaixo, com um total de 3.100 vítimas em 2001 e 8.118 vítimas em 2007, os motociclistas ostentavam naqueles dois anos a terceira colocação dentre os mais vitimados no trânsito, sendo superados pelos ocupantes de veículos e, então, pelos pedestres, que constituíam a maioria dos mortos.


A imprudência, a falta de educação no trânsito, a morosidade no pronto-atendimento, a precária fiscalização das autoridades, o descaso com as estradas e a embriaguez ao volante constituem os fatores mais determinantes para toda essa mortandade.

Uma calamidade que não será resolvida com leis em tese mais severas, mas apenas com a aplicação séria e imediata da fórmula EEFPP (Educação, engenharia, fiscalização, primeiros socorros e punição adequada).

*Luiz Flávio Gomes – Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do atualidadesdodireito.com.br. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Estou no www.professorlfg.com.br.

**Colaborou: Mariana Cury Bunduky – Advogada, pós graduanda em Direito Penal e Processual Penal e Pesquisadora do Instituto Avante Brasil.

Usar voz para mandar mensagens é tão perigoso quanto SMS


Conselho de segurança tenta barrar nova lei da Califórnia e mostrar que enviar mensagens de voz também é perigoso

Recentemente, o governo da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou uma lei que permite aos motoristas enviar e receber mensagens de texto e emails utilizando dispositivos “hands-free”, ou seja, aqueles que funcionam por meio de comandos de voz e que não precisam das mãos de quem estiver dirigindo, uma vez que utilizam os sistemas eletrônicos e de som dos veículos.

Entretanto, o Conselho Nacional de Segurança para a Califórnia vem tentando “melar” essa liberação. De acordo com eles, vários estudos e experiências ao longo dos últimos anos já comprovaram que mandar e receber mensagens dessa maneira também é extremamente perigoso para o trânsito. Isso porque, de acordo com o conselho, pessoas que recebem e mandam textos enquanto dirigem mostram um comportamento muito semelhante ao visto em condutores embriagados.

Testes apontam os perigos

Em vários dos testes realizados, os que utilizaram dispositivos “hands-free” até conseguiram receber as comunicações de forma bastante tranquila e sem nenhuma confusão mental aparente durante a condução do veículo. Contudo, quando eles precisam enviar as respectivas mensagens, a queda nos níveis de atenção é semelhante àquela vista quando se manda correios escritos.

Dessa forma, eles tentaram provar que, mesmo que você esteja somente “falando” o seu email para os sistemas instalados no carro, os seus níveis cognitivos caem drasticamente.

Segundo o conselho, durante os testes, os motoristas tiravam a atenção da pista durante momentos muito mais longos do que o habitual, além conduzirem o carro de maneira bem mais irregular e obter um desempenho pior em curvas e desvios. Ou seja, mesmo que as suas duas mãos estejam no volante, a sua mente estaria em um lugar completamente diferente – algo que coloca não só a sua, mas a vida de muitas outras pessoas em perigo.

Terça-feira é o pior dia para dirigir, indica pesquisa


Pesquisa realizada no Canadá mostra que a manhã de terça-feira é o momento mais estressante da semana para quem está atrás do volante

Os piores condutores, daqueles que gritam, fazem gestos grosseiros com as mãos e não respeitam outros veículos e faixas de pedestres, parecem tomar conta do trânsito durante três horas, das 06h às 09h. Pelo menos, é assim nas vias da América do Norte.

Investigadores do Centro de Saúde Mental do Canadá analisaram as reclamações de mais de 5.600 pessoas da América do Norte feitas durante oito anos num fórum de discussão na Internet sobre violência no trânsito.

O grupo identificou 16 padrões de reações específicas para, então, descrever o que ocorre com quem se comporta mal no trânsito. Segundo o levantamento, ser hostil e atingir altas velocidades são os itens mais citados pelos descontentes com o tráfego.

Depois disso, os cientistas passaram a identificar os dias e os meses em que essas ofensas eram mais citadas no site. A terça-feira teve cerca de 984 reclamações (que podem englobar mais de um padrão de mau comportamento), enquanto o domingo foi considerado o dia menos estressante da semana.

A segunda-feira foi pouco lembrada, perdendo apenas para os dias de descanso do fim de semana. Durante o ano, setembro foi considerado o pior mês e junho foi apontado como o período mais calmo.

Já as reclamações por horário ficaram mais concentradas entre o começo da manhã e da noite basicamente.

Christine Wickens, que liderou a pesquisa, afirma que a agressividade do condutor é apontada como a causa da metade dos acidentes no trânsito dos Estados Unidos. O grupo quer, agora, usar a análise das ofensas e da frequência dos acontecimentos para ensinar os condutores a evitar infrações de trânsito.

Deputado diz que imprudência transforma trânsito em batalha


O deputado estadual Luiz Marinho (PTB) afirmou, em Plenário, que a imprudência, estresse, excesso de violência e comportamento agressivo de muitos motoristas transformam nossas ruas, avenidas e rodovias em verdadeiros campos de batalhas.

Vítima da irresponsabilidade no trânsito, o parlamentar se tornou cadeirante ainda jovem, uma realidade que poderia ser evitada, por isso apela para que as pessoas aproveitem a data para refletir sobre o verdadeiro papel do motorista. De acordo com as estatísticas do Departamento Nacional  de Trânsito, aproximadamente 2 milhões de pessoas morrem por ano, vítimas de violência no trânsito no mundo.

Nessa guerra os que não morrem ficam com sequelas, adquirem deficiências, ou compõe o universo de órfãos.”, explica. Marinho afirma que não há vencedores para quem transforma o veículo em aparato de guerra e se relaciona com outros como se fosse um rival, estabelecendo uma verdadeira competição no trânsito.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definiu o tema da "Semana Nacional de Trânsito 2012" como “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Não exceda a Velocidade, Preserve a Vida”. O tema visa conscientizar jovens entre 18 e 25 anos, pois eles são considerados mais vulneráveis ao risco de acidentes de trânsito. O fluxo de veículos aumenta de forma assustadora. Em Cuiabá por mês são emplacados 1.400 veículos novos. Até o mês de setembro 12.593 veículos engrossaram as estatísticas em Mato Grosso. Cuiabá é hoje um canteiro de obras, a construção de viadutos, trincheiras mudou a rotina e o itinerário dos motoristas, tudo isso já é motivo de stress. ”Nesse caso devemos ser compreensivos, redobrar a atenção e exercer a paciência“, explica.

Farois de veículos devem ser ligados mesmo durante o dia


Em péssimas condições de uso e com a pista molhada, os pneus podem perder a aderência com o asfalto, causando a aquaplanagem. Nessas condições, o risco de acidente aumenta. Por isso, ao pegar a estrada e enfrentar uma chuva, o melhor é ter atenção redobrada.

“Nas primeiras chuvas, principalmente, existe aquele emborrachamento que o asfalto vai sofrendo durante o período de estiagem, além do acúmulo de detritos, como óleo e resíduos. A aquaplanagem ocorre porque o asfalto fica liso, em função de graxa deixada pelos caminhões. É importante que o motorista verifique as condições dos pneus antes de pegar estrada”, alertou o policial rodoviário Ronaldo.

A manutenção do veículo deve ser feita seguindo as normas de segurança ou do fabricante. O uso adequado de luzes e faróis pode fazer a diferença. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o condutor de veículos automotores que circulam sob chuva ou neblina, deve manter acesas pelo menos as luzes de posição (Veja na reportagem acima).

Já o farol baixo, mesmo durante o dia, permite uma melhor visibilidade. Esta é uma recomendação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e pode evitar acidente. A resolução do Contran, em vigor desde 2008, vale para todas as rodovias federais que cortam o país. Para a Polícia Rodoviária Federal, o uso dos faróis ligados no período diurno aumenta a visibilidade em pelo menos 50%, evitando, principalmente, acidentes de colisão frontal.

Além disso, o Código de Trânsito prevê no artigo 40 que os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, como ônibus e as motocicletas, devem utilizar farois com luz baixa durante o dia e a noite, obrigatoriamente.

Diretor do Denatran sugere restringir circulação de motos para reduzir acidentes


Segundo a OMS, 20% das mortes no trânsito no país vitimam condutores ou passageiros de motocicletas

O diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Orlando Moreira, sugeriu restringir a circulação de motocicletas como forma de diminuir o número de acidentes e negou que haja problemas de hierarquia na gestão do trânsito no Brasil.
Segundo a OMS, 20% das mortes no trânsito no país vitimam condutores ou passageiros de motocicletas, o dobro do registrado entre condutores ou passageiros de veículos com quatro rodas. O percentual de motociclistas entre as vítimas no Brasil é oito pontos maior do que a proporção média mundial, de 12%.
Para Moreira, os índices deveriam estimular restrições à circulação de motocicletas em vias rápidas, como as já aplicadas em certos pontos de São Paulo.
O diretor defendeu também a modificação do código de trânsito brasileiro, para que motocicletas sejam impedidas de se deslocar entre os carros.
Aprovado em 1998, o código continha um artigo que proibia a circulação de motocicletas entre as faixas de rolamento dos demais veículos, mas o item foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Agora, afirma Moreira, estuda-se a reincorporação do artigo.
Segundo o ministério da Saúde, os gastos com acidentes de moto dobraram entre 2007 e 2010, ano em que houve 150 mil internações relacionadas à ocorrência. Os dados fizeram com que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, dissesse no início do mês que o Brasil vive uma "epidemia de acidentes de motocicleta."
Hierarquia
Em resposta às críticas de analistas ouvidos pela BBC Brasil, que citam a "fragilidade institucional" dos órgãos que gerem o trânsito no país entre as causas para o alto número de mortes, Moreira diz que o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), responsável por coordenar o Sistema Nacional de Trânsito, é integrado por vários ministros.
"O trânsito não é tarefa para um único ministério", diz.
Ainda assim, afirma que a transformação do Denatran numa autarquia, prevista em projeto que tramita no Congresso, seria bem-vinda, pois garantiria ao órgão autonomia financeira.
Embora considere os atuais índices brasileiros de mortalidade no tráfego "inadmissíveis e preocupantes", Moreira diz confiar num programa recém-lançado pelo órgão para melhorar as estatísticas.
O Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito, afirma ele, se assentará nos cinco pilares seguintes, em ordem de importância: fiscalização, educação, saúde, infraestrutura viária e segurança veicular.
Segundo o diretor, a ênfase em fiscalização e educação se justifica porque 80% dos acidentes no Brasil são causados por falhas humanas, como excesso de velocidade, imprudência e a recusa a usar capacete e cinto de segurança.

Contran suspende resolução contrária à Lei do Descanso




Deliberação do Conselho cumpre liminar concedida ao MPT pela Justiça do Trabalho e libera a fiscalização nas estradas pela PRF

O Conselho Nacional  de Trânsito (Contran) suspendeu os efeitos da resolução que adiava a fiscalização da Lei 12.619/12 (Lei do Motorista) até março deste ano. A Deliberação nº 134 do Contran, publicada no Diário Oficial de segunda-feira (21), cumpre liminar concedida ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pela Justiça do Trabalho. Com isso, a Polícia Rodoviária Federal pode realizar a fiscalização em caminhões e ônibus de passageiros e multar quem descumprir a lei, que regulamenta a profissão de motorista profissional.

Entre as regras definidas pela Lei 12.619/12 estão o limite de oito horas de jornada, descanso de 11 horas entre jornadas e intervalo na direção de meia hora a cada quatro horas de direção seguidas, além do controle obrigatório do tempo trabalhado. O descumprimento gera multa, pontos na carteira de habilitação e apreensão do veículo.

Histórico

A Resolução 417/12 do Contran, cujos efeitos foram suspensos, datava de 12 de setembro e suspendia a fiscalização por seis meses, condicionando o seu retorno à divulgação, pelos ministérios dos Transportes e do Trabalho e Emprego, de uma lista das rodovias com áreas para descanso.

O MPT entrou com ação com pedido de liminar na Justiça do Trabalho, obtido em 19 de dezembro de 2012, por entender que o Contran não tem competência legal para determinar a suspensão de uma lei.

Dilma aprova lei que dá desconto fiscal para veículos de cargas


A presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei de incentivos para a aquisição de caminhões e equipamentos ferroviários. O texto foi publicado na última terça-feira (15) no Diário Oficial da União e permite a redução de 48 para 12 meses no prazo de apuração da depreciação de caminhões, vagões, locomotivas, locotratores e tênderes.

A Lei 12.788/2013 substitui a Medida Provisória 578/2012, que estava em vigor desde agosto do ano passado. A norma se utiliza de um instrumento contábil, beneficiando  as empresas tributadas com base no lucro real. O objetivo é, também, estimular a venda dos veículos que contam, atualmente, com taxa de depreciação de 20% ao ano.

Com a depreciação acelerada, essa taxa pode ser multiplicada por três, o que diminui a base de cálculo do imposto de renda. Segundo o texto sancionado pela presidente, a apuração da depreciação acelerada vale a partir de 1º de janeiro deste ano.

A nova lei é importante para os setores rodoviário e ferroviário, além de ter efeitos para a competitividade nacional. No entanto, para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), apesar de positiva, a medida deveria ser ampliada para outros modais, como é o caso do aquaviário. Com isso, a marinha mercante e os equipamentos portuários seriam beneficiados, servindo de incentivo para investidores privados no âmbito do Programa de Investimentos em Logística anunciado pelo Governo Federal em dezembro do ano passado.

Motoristas podem aproveitar melhor o tempo durante congestionamentos


Ficar parado horas no trânsito não é novidade para o motorista brasileiro, no entanto, esse tempo pode ser transformado em momentos mais produtivos. Segundo a pedagoga, especialista e consultora em educação de trânsito, Elaine Sizilo, o motorista pode aproveitar o trânsito para estudar uma língua estrangeira ou até se aperfeiçoar profissionalmente através de audiolivros, que estão ficando cada vez mais populares. 

Existem até opções gratuitas de audiolivro que podem ser baixados na internet. “O ideal é realizar atividades que não limitem completamente a atenção do condutor, pois apesar de estar em um congestionamento a movimentação do veículo pode ser necessária a qualquer momento, assim como as paradas repentinas”, explica Elaine. Para evitar pequenos acidentes e incidentes nestas condições, as mãos do condutor precisam estar a postos ao volante, os pés nos pedais e os olhos verificando o trânsito constantemente em todo o entorno do veículo. Por isso, não é aconselhável atividade como ler, usar a internet, enviar mensagens, se maquiar ou até mesmo comer. Relaxar também é importante Ouvir uma boa música, ou se manter informado com noticiários pelo rádio, seja para encontrar caminhos alternativos e fugir do congestionamento ou para se atualizar, já que o tempo para ler jornais ou assistir os telejornais fica cada vez mais reduzido, também são formas de aproveitar o tempo no congestionamento.

Legislação De acordo com a especialista, o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) não possui nenhum artigo específico proibindo a leitura de livros. Mas mesmo sendo apenas uma recomendação de segurança, o agente de trânsito pode enquadrar a ação como infração de dirigir com apenas uma das mãos, mesmo caso para o celular. “Mesmo parado no congestionamento o condutor está em circulação, devendo usar o celular ou outro recurso apenas com o veículo devidamente estacionado. A infração nos dois casos é média, com multa de R$ 85,13 e notificação de quatro pontos no prontuário do infrator”, ressalta Elaine.

Números revelam que há menos condutores embriagados


Números da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Comando Rodoviária da Brigada Militar sugerem que o comportamento do motorista gaúcho mudou para melhor desde a entrada em vigor das novas regras da Lei Seca.

Adotada há um mês, a nova legislação dobrou o valor da multa por embriaguez e concedeu poder maior aos agentes de trânsito, que deixaram de depender do bafômetro para comprovar que um condutor está alcoolizado.

Desde então, as estatísticas das polícias rodoviárias trazem indícios de que menos gente passou a dirigir sob efeito do álcool. Dos condutores testados nas rodovias federais entre 21 de dezembro e a última quinta-feira, 3,7% apresentavam níveis de álcool proibidos. Um ano antes, no mesmo período de tempo, o percentual foi duas vezes maior. Em rodovias estaduais, os testes positivos para embriaguez caíram de 50,8% para 34,8%.

A mudança de comportamento dos condutores vem sendo notada no dia a dia das blitze, desde o endurecimento da lei.

— As pessoas se conscientizaram pela questão da proteção à vida e pelo bolso. A multa é pesada, e se o motorista vai preso ainda tem de pagar fiança, que não baixa de R$ 1 mil — diz o major André Ilha Feliú, comandante do 3º Batalhão Rodoviária da BM.

As multas salgadas, no entanto, são apenas parte da explicação. O motorista descobriu que agora há menos espaço para a impunidade. No passado, quem se negava a soprar no bafômetro podia escapar de punições. Agora, se fizer isso, outras provas poderão ser usadas contra ele — como a avaliação do agente de trânsito, o testemunho de um terceiro ou imagens em vídeo.

O resultado disso pode ser conferido nos dados levantados pela PRF e pelo CRBM. Apesar de menos pessoas serem apanhadas sob efeito de álcool, uma proporção bem maior delas está indo presa — porque os suspeitos que antes se negavam agora sopram no bafômetro, com a esperança de serem inocentados pelo aparelho, ou porque os patrulheiros podem mandar alguém para a Delegacia de Polícia mesmo em caso de recusa ao teste.

— Entre os presos, não há mais apenas pessoas que fizeram o bafômetro, mas também gente que se recusou e foi presa graças aos poderes maiores dados ao agente — afirma Alessandro Castro, chefe de comunicação da PRF no Estado.

A aplicação de outros meios que não o bafômetro para comprovar a embriaguez, no entanto, ainda é reservada a poucos casos, geralmente envolvendo motoristas mais encrenqueiros, como constatou ZH ao acompanhar blitze da Operação Balada Segura em duas noites da semana passada. O uso de fotos e vídeos, por exemplo, está sob avaliação nas ações realizadas em vias municipais. Por causa do comportamento mais respeitoso e consciente da maioria dos condutores, não há urgência de apelar para todos os recursos da lei.

— Mas ainda não pegamos ninguém que saiu do carro cambaleando — ressalva Marcelo Cunha da Silva, da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) da Capital.

Índice de infração no trânsito revela uma sociedade doente


A educação no trânsito é indicador importante para se aquilatar o nível de respeito que se tem em relação ao próximo em uma comunidade. 

Conduzir um veículo obedecendo as normas legais é também saber lidar com as necessidades e pressões do dia a dia, entendendo as circunstâncias a que estamos sujeitos inexoravelmente a cada momento. Por isso, verificar que em Fortaleza, de janeiro e novembro de 2012, a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) registrou 478.422 infrações de trânsito, aumento de 10,6% na comparação com o ano anterior, é fato revelador de uma sociedade que vivencia um fenômeno nada animador. 

O mais grave é que muitas das infrações cometidas já são consideradas como normais, não exigindo esforço para que se possa visualizá-la a todo instante na cidade.

Observamos com frequência motoristas estacionando em calçadas, carros ultrapassando o limite de velocidade permitido, motociclistas utilizando o celular ou circulando nas calçadas, desrespeito ao sinal vermelho. O fato é que, a julgar pelos dados dos órgãos fiscalizadores, mais da metade dos veículos de Fortaleza foi responsável pelo número de multas. 

O que torna mais alarmante esse quadro é que a própria AMC admite ser o número de multas registrado pequeno quando comparado à quantidade de infrações cometidas pelos motoristas. Conclusão perfeitamente aceitável diante do aparato de fiscalização existente em Fortaleza. 

É ainda lamentável aceitar como norma a avaliação de especialistas segundo a qual a presença da fiscalização altera o comportamento do condutor, sendo até mais importante do que a multa. Ora, mesmo que o aumento da fiscalização implique em diminuição das infrações, não se justifica que isso seja aceito como fator inibidor. 

O correto, e aqui, principalmente em virtude dos riscos inerentes ao trânsito, é que o guiador seja o seu próprio fiscal de suas atitudes. Assumir o ato de negligência apenas para ludibriar a autoridade pública, trata-se de ação doentia de quem não tem amor a sua vida, nem a do próximo. Infelizmente, todavia, é o que presenciamos corriqueiramente, o que é inaceitável, sob todos os aspectos.

Setor automotivo mantém liderança de recalls no país


O total de convocações, no entanto, recuou, segundo levantamento feito pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, obtido com exclusividade pela Folha.

O documento mostra que, das 65 campanhas feitas por empresas em todo o país no ano passado, 57 vieram da indústria automotiva. Em 2011, o setor foi responsável por 56 dos 76 chamados.

O recall é feito quando uma empresa precisa avisar os consumidores de que um produto apresenta defeito e oferece risco à saúde ou à segurança de quem os comprou.

O fabricante pode recolher e trocar os itens com problema ou ainda ressarcir o consumidor financeiramente.

A prática está prevista no Código de Defesa do Consumidor e pode ser feita espontaneamente pela empresa ou motivada por investigação dos órgãos de defesa do consumidor ou do Ministério Público, a partir de denúncias.

A posição de liderança das montadoras vem desde 2003, quando o levantamento começou a ser feito pelo Ministério da Justiça. Nos cálculos da Senacon, 65% de todos os recalls feitos de lá para cá vieram do setor automotivo.

No ano passado, as montadoras de veículos --de carros e caminhões-- fizeram 42 recalls.

Já as de motocicletas promoveram 15 campanhas de troca. No total, foram quase 360 mil motos e veículos afetados.

A Honda foi a que mais realizou recalls de automóveis entre as empresas brasileiras, com cinco no total. Nessa lista, estão dois quadriciclos, de responsabilidade da divisão de motos da empresa --o Ministério da Justiça inclui esse tipo de veículo nessa categoria por ter quatro rodas.

As demais campanhas se dividiram entre ovos de Páscoa, computadores, preservativos, xampus, tubos de coleta de sangue e equipamentos técnicos, tais como cilindros de propileno, disjuntores bipolares de corrente residual e módulos que integram sistemas de som.

DESEJÁVEL

Para o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Amaury Oliva, o aumento do número de recalls em um setor ou em geral é, em certa medida, desejável.

"É um sinal de que as empresas estão sendo mais transparentes com os consumidores", afirma.

De acordo com o diretor, a liderança da indústria automotiva é explicada em parte pela tecnologia das empresas, muitas multinacionais, para verificar eventuais problemas.

A tendência, de acordo com Oliva, é que o número de recalls, que passou de 33 em 2003 para os 65 verificados no ano passado, siga crescendo e se equipare aos índices de países desenvolvidos, como a Austrália. Lá, há, em média, entre 30 e 40 recalls por mês.

BAIXO RETORNO

A taxa de sucesso das campanhas no Brasil, contudo, ainda é baixa: apenas 60% dos consumidores afetados procuram as empresas.

Por lei, os fabricantes são obrigados a divulgar de forma pública os chamados, com anúncios na TV e nos jornais, por exemplo.Outras iniciativas, como procurar individualmente os consumidores, são facultativas.

OUTRO LADO

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) não quis se pronunciar sobre a liderança do setor na quantidade de recalls no país.

A Honda, marca que mais fez convocações em 2012, informou que os recalls de carros e motocicletas são preventivos e realizados mesmo que o risco de alguma ocorrência seja mínimo.

A Triumph disse que os recalls do ano passado visaram atender motocicletas que ficaram pendentes de campanhas antigas.

A Arcor, que fez recall de ovos de Páscoa, disse que a campanha foi bem-vista pelos consumidores.

A Hypermarcas, dos preservativos Olla, afirmou que o recall foi preventivo e envolveu um lote específico do produto.

A Avon, que fez convocação de xampu, afirmou que a operação foi pontual e bem-sucedida.

A Disac (módulos que integram sistemas de som) informou à reportagem que só se pronunciaria sobre o assunto nesta segunda-feira (21).

A Folha não conseguiu contato com a Lenovo (computadores), com a General Electric (disjuntores bipolares de corrente residual) e com representantes da Becton Dickinson (que realizou recall de tubos de coleta de sangue) e da Worthington (que teve problemas com cilindros de propileno).

Inrregularidade Nas Areas Urbanas Am


Saida da av. Rio Negro c/ Cel. P.Teixeira
Vindo da ponta Negra, foi construido um muro inrregular, tirando a visao do condutor ao cruzar com a estrada da Ponta Negra.
 



Ai, Perguntamos ??
De quem e a culpa ?
 


Segundo o levantamento feito pelo Perido Ademir Souza Chagas
Constatou um erronia e inobsevancia da engenharia que construiu um muro
tirando a vissao de quem sai da av. Rio Negro

 
 
Quem trafega no sentido Ponta Negra/Centro tem essa visao de preferencial, mas com esse muro construido inrregulamente, tira toda a visao de que sai da Av. Rio Negro/Santo Agostinho.
 
 


                                         Saida da av. Rio Negro pra estrada da Ponta Negra
  
  
 Como fica a situaçao desse muro  ?

35% dos usuários utilizam smartphone enquanto dirigem

Uma recente pesquisa da McKinsey nos Estados Unidos revelou que 35% dos usuários de smartphones utilizam o aparelho enquanto dirigem. Os dados do estudo, divulgados pelo blog de tecnologia All Things Digital, são mais uma evidência do mercado crescente de softwares de integração entre dispositivos móveis e sistemas embarcados de automóveis, mostrando a demanda por serviços de controle por voz.

Dos motoristas que utilizam smartphones enquanto conduzem, a ampla maioria (89%) usa o celular para chamadas telefônicas. Na sequência estão serviços de navegação e localização, por 68% dos entrevistados. Mensagens instantâneas (SMS) estão na terceira posição, com 39%, na frente de Internet, aplicativos e redes sociais, com 31%. A pesquisa não revelou quais as pessoas utilizam interface por voz, visual ou toque, a fim de detectar o nível de perigo causado pela distração com o uso do smartphone pelos condutores.

Algumas empresas de tecnologia já se mostraram atentas para o segmento automotivo, como o Google, com acordo com a Kia Motors e a Hyundai para colocar seu conteúdo no sistema dos modelos das montadoras, e a Cisco, que se uniu a duas companhias para criação de um ecossistema Wi-Fi para aplicações de segurança em automóveis. Além disso, a Ford abriu interfaces de desenvolvimento de aplicações (APIs) para que desenvolvedores elaborem aplicativos comandados por voz para auxiliar motoristas e seu sistema de conectividade foi criado em parceria com a Microsoft .

A pesquisa da McKinsey também revelou que os mais jovens estão mais propensos a pagar para ter conectividade dentro de seus veículos. Dos entrevistados da faixa etária entre 18 e 39 anos, 55% consideram importante ter acesso a dados enquanto dirigem. Ao analisar a faixa entre 40 e 69 anos, esse número cai para 29%. Assim, 83% dos jovens aceitariam assinar um serviço do tipo.

Uso de celular ao dirigir gerou 9,1 mil multas em Manaus no ano passado

Aumento ocorreu em um ano em Manaus. Em 2011, foram registradas 2.653 infrações e, no ano passado, 9.154. Esse crescimento se deve à fiscalização
 
No ano passado, segundo o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus (Manaustrans), foram 9.154 multas, contra 2.633 em 2011, que juntas correspondem ao valor de R$ 1,1 milhão, um crescimento de 247,6%
 
Em Manaus, cerca de 24 pessoas por dia foram multadas no ano passado por estarem falando ao celular enquanto dirigiam
 
 
De acordo com a diretora do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran/AM), Mônica Melo, falar ao celular é um problema sério não só do amazonense, mas do brasileiro. “O hábito de dirigir falando ao celular é muito grande em todo o Brasil, sem exceção”, disse.
 
Pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT) é considerada uma infração média, com multa no valor de R$ 85,13 e quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
 
Mônica Melo observa que dirigir falando ao celular compromete a segurança no trânsito, podendo causar acidentes com mortes. “Para o condutor dirigir, ele precisa das três funções do corpo humano: cognitiva (visão), sensorial (sentidos) e a motora. Ao dirigir falando ao celular, o motorista perde o cognitivo e o sensorial”, explicou.
Ela ressaltou, ainda, que o condutor que dirige falando ao celular não consegue perceber nem assimilar as informações do meio externo do veículo. “Os americanos afirmam que ao falar ao celular, dirigindo, o motorista apresenta a visão de túnel, ou seja, só a da frente e não a periférica. Então, o condutor pode atropelar uma pessoa à frente, facilmente, porque ela não percebe as coisas”, disse.
 
Doloso
 
Foi o que aconteceu com o administrador de empresas Márcio Assad Cruz Scaff, que está sendo acusado de ter atropelado e matado a policial rodoviária federal Vanessa Siffert, em outubro de 2006, ao dirigir falando ao celular.
Por causa desse caso, no início deste mês o Tribunal Federal Regional da 1ª região (TRF-1), em Brasília, considerou o crime doloso (quando há a intenção de matar), o motorista que provocar um acidente por estar falando ao celular, enquanto dirige.
 
Essa decisão foi baseada ao julgar o processo do administrador de empresas. O juiz da 3ª turma do TRF-1, Tourinho Neto, considerou que “as provas produzidas até o momento sugerem que o réu assumiu o risco de produzir o resultado (morte da policial)”, mesmo estando dentro dos limites de velocidade permitida.
 
Mônica Melo explicou que este caso abre precedentes para os magistrados de todo o País. “Foi uma decisão importante para o Judiciário Brasileiro, fortalece a legislação brasileira, favorece e defende a sociedade”, disse, acrescentando que decisões dessa natureza inibem os condutores de cometer infrações e crimes de trânsito.
 
Segundo ela, essa decisão do Poder Judiciário de Brasília não virou lei. Hoje o motorista envolvido em morte no trânsito dirigindo ao celular responde por crime culposo (quando não há a intenção de matar). “Não virou lei, mas abre um precedente. O que significa que, se houver uma outra situação similar, de igual natureza, isso pode ser usada para outro processo como um embasamento legal”, explicou.
 
Se for condenado, o administrador de empresas de Brasília poderá pegar de seis a 20 anos de prisão, em regime fechado, porque a Justiça considerou crime doloso, ou seja, quando há intenção de matar. Caso respondesse por crime culposo, estaria sujeito a pena que varia de um a três anos.


 
 

Tecnologia brasileira desenvolve soluções inteligentes para o trânsito



Pesquisas para criar ruas automatizadas com carros inteligentes capazes de viajar de um ponto ao outro sem motorista não são exclusividade de grandes companhias inovadoras, como o Google, ou universidades nos Estados Unidos e Japão.

Um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistema Embarcados Críticos (INCT-SEC) prevê a criação de carros e ruas inteligentes com tecnologia brasileira.

O Instituto trabalha em conjunto com várias universidades para desenvolver soluções inteligentes para o trânsito. Leandro Villas, doutor em Ciência da Computação pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), trabalha em parceria com o INCT-SEC numa pesquisa de redes veiculares.

Este projeto pretende, por meio de sensores instalados nos veículos e nas pistas, capturar e interpretar as informações do trânsito em tempo real e auxiliar o motorista a tomar certas atitudes. Por meio de comunicação sem fio, o computador de bordo do carro pode ter acesso instantâneo às informações de tráfego e conversar com os sistemas de outros veículos de forma que, as decisões cabíveis a determinadas situações, como frear, desviar ou aumentar a velocidade sejam mais inteligentes e eficientes que as tomadas por um motorista humano. Na prática, isto pode permitir criar carros que dirigem sozinhos pelas ruas.

Leandro explica que, com os avanços em tecnologia da informação e comunicação, os interesses em colocar os veículos em uma rede inteligente têm aumentado. “A tendência atual é prover veículos e estradas com recursos que tornam a infraestrutura de transporte mais segura, mais eficiente e o tempo dos passageiros na estrada mais agradável” afirma o pesquisador. O uso dessa tecnologia evitaria acidentes e, numa grande cidade, permitira que os carros se deslocassem de forma mais organizada, diminuindo o trânsito.

Para que o sistema dos carros seja mais seguro, é necessário que eles recebam informações, em tempo real, sobre congestionamentos, acidentes, condições perigosas das estradas, condições meteorológicas e localização de estacionamentos, postos de gasolina e restaurantes. À medida que os veículos forem integrados com sistemas inteligentes, o trânsito também se torna mais eficiente.

“Desta forma, podemos aumentar a capacidade da rede rodoviária, reduzir a poluição e os congestionamentos, além de tornar o tempo e o percurso da viagem mais previsível”, acrescenta.

O pesquisador também lembra que as redes veiculares possuem um enorme potencial na redução de custos gerados por conta do intenso tráfego nas cidades. Um estudo de 2008, conduzido pelo Ph.D. em economia Marcos Cintra, mostrou que o custo do congestionamento na cidade de São Paulo foi de aproximadamente R$ 33,5 bilhões. Deste valor, 85% do custo está associado ao tempo perdido no trânsito.

Leandro Villas acredita que o desenvolvimento dos sistemas de transportes inteligentes podem reduzir estes custos, ao fornecer informações atualizadas e dinâmicas relacionadas às condições do tráfego. Além disso, estes sensores também podem diminuir o número de acidentes nas estradas.

Até o momento, as soluções foram testadas somente em simuladores. Porém, como lembra o doutor, em breve (talvez em 2013) certamente essas soluções serão testadas na prática. Os mesmos sensores estão sendo implantados em pontos específicos para o estudo.

O Rio Monjolinho, na cidade de São Carlos, por exemplo, possui dispositivos que alertam o corpo de bombeiros sobre risco de enchentes. Desta forma, os mesmos sensores podem, em um futuro breve, avisar os motoristas com antecedência o momento ideal para se trafegar nas marginais.

Ao ser questionado sobre parcerias com concessionárias ou montadoras, Villas afirma que por enquanto não há conversas com as fabricantes, mas que em breve pretende estabelecer uma parceria com a AutoBan, que administra estradas do interior paulista.