O maior punição para infrações gravíssimas no trânsito quarta-feira projeto que endurece as punições para
motoristas que cometerem infrações graves e gravíssimas de trânsito, como
promover "rachas" ou dirigir com a carteira de habilitação vencida. A CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) aprovou o projeto, que segue para análise
da Câmara --se não houver recurso para passar pelo plenário do Senado.
A CCJ já havia aprovado o projeto em primeiro turno na semana passada, mas
hoje concluiu a aprovação da matéria.
No caso dos rachas, o projeto prevê que a multa, hoje em R$ 576, passe para
quase R$ 2.000. O valor dobra em todos os tipos de infração em caso de
reincidência.
Se o projeto for aprovado pelos deputados, quem for flagrado disputando
rachas ou participando de competições não autorizadas terá o veículo apreendido
e a carteira de motorista suspensa por 12 meses. As penalidades se aplicam aos
promotores dos rachas e aos condutores participantes.
Os motoristas que usarem os veículos para manobras perigosas, arrancadas
bruscas ou derrapagens também terão as mesmas penalidades.
O projeto ainda determina a suspensão do direito de dirigir por até dois anos
para quem dirigir com a carteira de habilitação cassada ou se estiver com a
habilitação suspensa. Para os casos em que o condutor for flagrado sem a
carteira de motorista, o texto fixa multa de R$ 573 além da apreensão do
veículo.
Relator do projeto, o senador Magno Malta (PR-ES) ampliou de dois para três
anos o prazo para o infrator com a habilitação cassada requerer o direito de
voltar a dirigir --mas permite que ele recorra da decisão.
Em setembro, o Senado já havia aprovado outra proposta que ampliava as
penalidades para crimes graves como rachas ou ultrapassagens perigosas, mas as
multas eram menores. O texto foi encaminhado à Câmara.
A proposta ainda amplia as multas para quem deixar de reduzir a velocidade do
veículo quando se aproximar de passeatas, aglomerações ou desfile, assim como
nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros ou onde haja "intensa movimentação de pedestres".
Inicialmente, o projeto também ampliava punições da chamada Lei Seca, mas os
senadores retiraram as mudanças do texto.
MOTOS
A CCJ também aprovou hoje outro projeto que torna obrigatório o uso de colete
de proteção inflável, com acionamento por inércia (como os airbags), para
condutores de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos.
O projeto também determina que as motos e motonetas tenham um dispositivo
limitador de velocidade regulado para a velocidade máxima de 110 km/h.
"O colete inflável, colete "airbag", e o limitador de velocidade, cada um em
seu campo próprio de atuação, são recursos que podem aumentar em muito a
segurança de usuários de motocicletas e assemelhados. Enquanto o limitador de
velocidades atua no sentido da prevenção de acidentes, o colete viria oferecer
mais proteção à integridade física do motociclista quando o acidente se tornar
inevitável", afirmou o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), relator do projeto.
O texto não fala em multas para quem desrespeitar o uso dos equipamentos, mas
prevê regulamentação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para a adoção
das novas regras.
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