Levantamento da Cebela aponta que motociclistas são as principais vítimas do trânsito no país
Entre 1980 e 2011, 980.838 pessoas morreram em acidentes de trânsito no Brasil. Já o número de motociclistas mortos em acidentes no país subiu 932,1% no período de 1996 a 2011, o que faz dos usuários de moto as maiores vítimas fatais no trânsito.
Os dados constam do Mapa da Violência 2013 — Acidentes de Trânsito e Motocicletas elaborado pelo Cebela (Centro Brasileiro de Estudos Latinos-Americanos), com base em dados de óbitos do Ministério da Saúde.
“A partir do novo Código Brasileiro de Trânsito, promulgado em setembro de 1997, e até o ano 2000, os números caem com o rigor do novo estatuto e as campanhas que gerou. Mas, a partir do ano 2000, é possível observar novos e marcados incrementos, da ordem de 4,8% ao ano, fazendo com que os quantitativos retornassem, já em 2005, ao patamar de 1997, para continuar depois crescendo de forma contínua e sistemática”, aponta o levantamento.
Em 1996, 1.421 usuários de moto morreram. Esse número subiu para 5,4 mil em 2000, até alcançar 11.839 em 2009. Em 2011, os motociclistas e seus passageiros que perderam a vida em acidentes responderam por um terço do total de óbitos no trânsito.
De 43 mil vítimas fatais, nada menos do que 14,6 mil estavam sobre motos ou triciclos, sendo que maioria deslocava-se em veículos de duas rodas.
O segundo segmento com maior aumento de vítimas foi o dos ciclistas, com acréscimo de 203,9% e 1,8 mil mortos em 2011.
Enquanto os óbitos de usuários de moto cresceram 932,1% no período analisado, as mortes de ocupantes de carros subiram 72,9% e as de pedestres caíram 52,1%.
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