terça-feira, 24 de setembro de 2013

Velocidade e ingestão de álcool antecedem mortes no trânsito

Mortes no trânsito
Diferente do que dizem pedestres e motoristas que reclamam quanto à falta de sinalização em Campo Grande, autoridades do trânsito garantem que a grande quantidade de acidentes na cidade é devido a principalmente dois fatores de risco, como alta velocidade e ingestão de bebida alcoólica, ocasionando a morte dos envolvidos em muitos casos.


“O campo-grandense continua andando acima da velocidade permitida. Parece que ninguém compreende que, se o motorista anda a 80 km/h, por exemplo ele vai ter de desviar e frear a todo o momento. Outro problema é a bebida, daquela pessoa que toma dois copos de cerveja até o que está muito bêbado e pega o carro para dirigir. O organismo de cada um reage de maneira diferente e o tempo de percepção, frenagem e desvio fica muito alterado”, afirma a chefe de divisão de Educação para o Trânsito, Ivanise Rotta.


Distração no trânsito compromete qualquer um que esteja no trajeto do motorista
  Além dos fatores de risco, Ivanise comenta que as pessoas dirigem pensando o tempo todo em problemas. “Os condutores andam refletindo sobre que horas vão ao banco, no supermercado e também nas contas que estão devendo. Com isso, o foco no sinal vermelho, no pedestre que está atravessando a rua e no condutor que fala ao celular distraído, está em outras coisas”, avalia Ivanise.


Falta de políticas públicas e leis brandas favorecem a impunidade, diz Rotta
Como exemplo, Ivanise ressalta que não adianta de nada a implantação de radares, quebra molas e lombadas eletrônicas se não existem políticas públicas para combater o desrespeito às regras do trânsito.


“Enquanto continuar a venda de vodka e whisky em supermercados e de fácil acesso a adolescentes, por exemplo, as estatísticas de óbitos no trânsito só vão aumentar. E aliado a tudo isso, ainda temos as consequências brandas no judiciário”, argumenta Ivanise.


Países desenvolvidos diminuíram estatísticas de acidente com rigidez na lei
Em países desenvolvidos, nos quais as políticas públicas para combater o desrespeito às regras do trânsito existem, por meio da enforcement (conceito que determina o cumprimento obrigatório das leis), de acordo com Ivanise, é significativa a diminuição de acidentes de trânsito desde 2010.


“Com a fiscalização rígidas nestes países e a punição severa na hora do julgamento, foi dividido pela metade as estatísticas de acidentes. Isso significa que o homem adulto foi obrigado a cumprir a lei, principalmente por causa das sanções penais. Já as crianças crescem com formação ética. Então, em qualquer lugar que elas estejam, serão educadas e vão respeitar a fila do banco, do supermercado e dar a preferência para um idoso em um assento no ônibus, refletindo em seu comportamento no trânsito no futuro”, explica Ivanise.

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