sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Dirigir "bem" evita o consumo desnecessário de combustível

Quem usa o carro cotidianamente para ir ao trabalho ou à faculdade precisa preocupar-se com o gasto no final do mês com o item combustível. Boas práticas de direção e a manutenção do veículo podem garantir uma economia importante de combustível.

De acordo com o gerente de negócios da consultoria automotiva Jato Dynamics, Milad Kalume Neto, o consumo está vinculado com a forma que do condutor dirigir. “Usar o carro de maneira irregular, com velocidades acima ou abaixo do recomendado pelo manual, eleva o consumo”, afirma. “A condução ideal deve ser suave, evitando-se arrancadas fortes e paradas repentinas.”

Cuidados

Para o professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Carlos André Dias, um dos principais fatores para o aumento do consumo é a troca das marchas do veículo. “A maioria dos motoristas faz a mudança da marcha de maneira incorreta. Para que isso não seja frequente, o condutor deve seguir a orientação do manual do veículo sobre a velocidade adequável das trocas”, ressalta.

As chamadas “esticadas de marcha”, conforme Dias, são responsáveis por aumentar o gasto de combustível. O motorista também deve atentar para a calibragem dos pneus. “A falta de pressão adequada nos pneus implica no aumento do consumo”, afirma Dias.

O professor da UFC fala que quanto maior a quantidade de itens em uso no carro, a exemplo do ar-condicionado, luzes e componentes como a direção hidráulica, elevam o gasto de combustível. “O carro consome mais porque são acionados diversos mecanismos e por causa do atrito para geração de energia”, afirma.

Para o ar-condicionado, é indicado desligá-lo alguns minutos antes de chegar ao destino. “O ar-condicionado é responsável por cerca de 20% de aumento no consumo de combustível”, disse Kalume Neto, da Jato Dynamics.

Limpeza

A limpeza do automóvel também tem papel decisivo na economia. O barro acumulado nas rodas gera sobrepeso para o carro. O filtro de ar sujo diminui o fluxo de corrente para o motor e prejudica a mistura do combustível com o ar. Já o óleo vencido prejudica a ignição, sistema de escape, além de deixar o motor desregulado, causando o desgaste prematuro das peças e a consequente elevação do consumo de combustível.

Etiquetagem Veicular

Um mecanismo que ajuda o condutor a escolher o modelo mais econômico foi criado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), em 2009. Chamado de Programa de Etiquetagem Veicular funciona de forma voluntária, com as montadoras oferecendo os automóveis para a avaliação de eficiência energética.

Os veículos são submetidos a testes de rodagem, que simulam condições de dirigibilidade, na estrada ou no trânsito urbano. Cada automóvel recebe uma etiqueta (afixada no vidro) contendo a autonomia em km por litro de combustível na cidade e no meio rodoviário, além de informações sobre a emissão de CO2.

Os carros são divididos em subcompactos, compactos, médios, grandes, comercial, fora da estrada (off-road), veículo utilitário esportivo (SUV), minivan e carga/derivado.

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