Representantes de autoescolas de várias partes do País estiveram nesta terça-feira (17) com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, pedindo ajuda para revogar a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que obriga as autoescolas a oferecerem algumas aulas com simuladores de direção.
A resolução (444/13) entra em vigor no ano que vem. O presidente da Câmara disse que vai analisar os documentos apresentados pelo grupo.
Aumento de custos
Segundo Belchior Queiroz, presidente do Sindicato de Autoescolas de Goiás, o Contran quer que cada aluno tenha pelo menos cinco aulas nos simuladores. Mas ele considera que o novo equipamento aumentará os custos sem trazer benefícios.
"Tecnicamente, o seu filho hoje teria mais facilidade para manusear do que eu. É uma brincadeira de criança", afirmou. Queiroz disse que o custo de obtenção da carteira aumentará de R$ 300 a R$ 500 com o uso dos simuladores.
“O que salva vida é fiscalização”
Para o deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR), que acompanhou o grupo na audiência, o governo está atacando os problemas com o remédio errado. "Não adianta dizer que simulador vai salvar vida. O que salva vida é fiscalização em quem bebe e mata”, disse.
Almeida pretende apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar a resolução do Contran. Mas está confiando na pressão da Câmara e do Senado sobre o governo. Também estavam presentes à audiência os deputados Marcos Montes (PSD-MG) e Paulo Foletto (PSB-ES).
Em nota, o Contran disse que a decisão de usar os simuladores na formação de novos motoristas é "irrevogável" e que a mudança já foi adiada uma vez. Pesquisa feita nos Estados Unidos e citada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) afirma que o uso do simulador pode reduzir pela metade o número de acidentes nos 24 primeiros meses após a aprovação da habilitação
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