segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ACIDENTES EM RODOVIA E MORTES.

Maior parte da malha rodoviária federal é composta de vias sem duplicação; acidentes caem se levado em consideração o aumento da frota de veículos
Mortes em rodovias

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta segunda-feira dados consolidados dos acidentes nas rodovias federais em 2013 e traçou um perfil dos principais envolvidos em acidentes fatais e seus motivos. As rodovias federais representam menos de 6% da malha viária nacional, mas respondem por 20% das mortes de trânsito no País.


Com o aumento da frota para 81,3 milhões de veículos, o número absoluto de acidentes aumentou em 2013, se comparado com o ano anterior, passando de 184.494 para 186.474. A exemplo de outros países, a PRF compara o número de casos com o tamanho da frota. A partir desta leitura, a proporção de acidentes cai 6,03%, ou seja, de 2.510 acidentes para cada 1 mil veículos para 2.359 por mil.


A lista de casos que resultaram em acidentes nas vias é encabeçada pelo excesso de velocidade. Foram 782 mil casos em que a velocidade estava em até 20% acima do permitido. Velocidade entre 20% e 50% acima da velocidade permitida foi ficou em terceiro lugar no ranking (258 mil). Na vice-liderança das principais infrações estão as ultrapassagens proibidas (325 mil casos).


Uma das explicações para o excesso de acidentes é o fato de as rodovias federais são predominantemente vias simples de mão dupla, o que proporciona ultrapassagens proibidas. Aliás, as colisões frontais são as mais fatais nas rodovias brasileiras, representando 32% das mortes em 2013. As outras causas que mais matam são atropelamentos e saída de pista.


Com maior malha rodoviária e posição estratégica no caminho de vários brasileiros ao litoral, Minas Gerais é campeã em casos de acidentes e de mortes nas estradas. Apesar de o número de acidentes ter caído 1,2% nas vias do estado, o número de óbitos subiu em 5,7%, de 1.196 para 1.264.


Perfil


A partir das estatísticas de 2013, a Polícia Rodoviária Federal identificou alguns padrões nos acidentes ocorridos nas rodovias federais brasileiras. Apesar de um equilíbrio no total de acidentes ocorridos na zona rural (54%) contra aqueles que ocorreram na zona urbana (46%), o número de mortes fora do perímetro urbano foi de 70%.


A grande maioria dos acidentes ocorreram em pista simples na zona rural e mataram, em maioria, adultos de 25 a 31 anos. A maioria dos mortos nas estradas foram os próprios condutores (56% das vítimas), seguida dos passageiros (28%) e pedestres (16%). O horário de pico de acidentes com mortos é o início da noite, entre 18h e 20h30.

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