A poluição gerada pelos veículos motorizados pode contribuir para a ocorrência de problemas de saúde. Dados
A especialista em trânsito da Perkons, Maria Amélia Marques Franco, lembra que o trânsito é um problema de saúde pública, não apenas pelo grave quadro de acidentes decorrentes da insegurança viária, mas também pelas doenças que acontecem silenciosamente. “Isso afeta toda a população. Por isso, a atenção dos governantes e legisladores deve voltar-se cada vez mais para estabelecer políticas públicas que aumentem a eficiência dos transportes, favorecendo modos mais sustentáveis. Ou seja, que ofereçam condições de caminhabilidade, vias seguras e cicláveis e conquistem e estimulem o uso do transporte de massa”, sugere.
A aprovação da Lei da Mobilidade Urbana foi um importante avanço, para Maria Amélia, porém os resultados dependem do compromisso da administração pública na sua execução. Outras medidas que ela ressalta são: a implantação nacional da inspeção técnica veicular e políticas de investimento de médio a longo prazos na infraestrutura de outros meios de transporte de cargas, hoje é predominantemente o rodoviário.
“Acredito que as pessoas não tenham noção do impacto que o trânsito causa na saúde de cada um. O conhecimento disso é o primeiro passo para mudar hábitos, como a preferência pelo uso do automóvel para se locomover. É um processo demorado, pois envolve aspectos psicológicos e culturais. É preciso haver, sobretudo, conscientização”, conclui Maria Amélia.
Cuidados que ajudam a enfrentar o trânsito
Para amenizar o estresse causado pelo trânsito, a coordenadora do Serviço de Psicologia Hospitalar do Hospital Vitória, Marcella Benoliel Zaninetti recomenda sessões de relaxamento corporal, atividades físicas diárias, de lazer e hobbies, psicoterapia, meditação, massagens, entre outras. “A primeira iniciativa de uma pessoa que está sofrendo em virtude de algum transtorno mental, como depressão e ansiedade, é procurar um psicólogo para que o mesmo possa fazer uma avaliação do quadro e indicar o melhor caminho para o tratamento”, recomenda.
Outra dica é desenvolver estratégias de enfrentamento do problema: escutar músicas relaxantes, escolher trajetos e horários alternativos se for possível e realizar relaxamento corporal antes de iniciar o trajeto. “Tudo isso ajuda a controlar a ansiedade e, consequentemente, o acúmulo de estresse e situações desagradáveis no trânsito. Existem diversas estratégias que podem ser desenvolvidas e adaptadas para cada indivíduo e que serão úteis dependendo da experiência de cada pessoa com a questão do trânsito e o tempo passado nele”, explica Marcella.
De acordo com a psicóloga, Kamila Knakiewicz, em decorrência do estresse o organismo recebe descargas diárias de hormônios que podem resultar em diversos distúrbios psicofisiológicos. “Gastrite, distúrbio da tireoide, alteração da pressão arterial, dermatites, agressividade, irritabilidade, transtornos de ansiedade são alguns exemplos”, elenca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário