Dados da polícia de trânsito revelam que índice caiu quase 15% nos últimos quatro meses de 2013. Paralelamente, número total de violações ao código de trânsito continuou aumentando por causa da instalação maciça de sistem
as de controle de vídeo
De acordo com os dados da polícia de trânsito, 68,2 milhões de infrações foram detectadas ao longo de 2013, o que representa um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior. O aumento registrado revela consigo duas tendências complementares.
De um lado, a quantidade de pessoas embriagadas ao volante no ano passado foi 3,4% menor do que em 2012 – sobretudo nos últimos quatro meses de 2013, quando a queda chegou a 14,8%. Até aí, nenhuma surpresa, já que, em agosto passado, entrou em vigor uma lei que estabelece um nível mínimo de álcool no sangue.
A polícia de trânsito começou a realizar blitz periódicas e, assim como na lei brasileira, os motoristas embriagados passaram a perder a carteira de motorista, além de arcar com multas mais pesadas.
Por outro lado, observou-se o rápido aumento do número de infracções detectadas por câmeras – cerca de 35 milhões em 2013, ou 22% a mais do que no ano anterior. Atualmente, quase todas as estradas russas estão equipadas com sistemas automáticos de vídeo e vigilância.
Proporção inversa
Nem todos os especialistas estão convencidos da confiabilidade dos resultados. “É difícil confiar em tais estatísticas, porque ultimamente os fiscais de trânsito foram sendo substituídos por câmeras de vídeo. O vídeo pode calcular a velocidade do carro, mas não verificar o grau de álcool que o condutor tem no sangue”, comenta o presidente do Conselho da Defesa Jurídica dos Automobilista, Viktor Travin. “Essa estatística nos dá uma noção apenas do trabalho da polícia, e não da atuação dos motoristas.”
Mesmo assim, o vice-presidente do Comitê da Duma para Obras Públicas, Viatcheslav Lisakov, que está envolvido no projeto de lei, ressalta a importância blitz no controle paralelo às máquinas. O deputado garante que a lei se tornará mais rigorosa no futuro próximo e que então o número de infratores deve vai cair ainda mais. “O motorista bêbado vai receber não apenas uma punição administrativa, mas também criminal”, diz.
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