sexta-feira, 7 de março de 2014

CARNAVAL PRF BALANCO DE CARNAVAL

Números de acidentes, mortes e feridos, são menores, mas ainda não são dignos de comemoração


Pelo terceiro ano consecutivo, a violência diminuiu nas rodovias federais no feriado mais crítico do calendário de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Carnaval. A fiscalização foi reforçada nos trechos mais violentos das rodovias federais e este esforço teve como resultado uma redução de 9% no número de acidentes, de 16% na taxa de feridos e 6% no índice de mortes.


Entre zero hora de sexta-feira (28/02) e meia noite da quarta-feira de Cinzas (05/03), a PRF contabilizou, nos 70 mil quilômetros de rodovias federais, 3.201 acidentes, 1.823 feridos e 155 mortes.


O estado com o maior número de mortos foi o Paraná, onde 25 pessoas perderam a vida em 354 ocorrências. Os estados de Minas Gerais e Bahia, que concentravam a maioria das ocorrências no Carnaval, apresentaram reduções históricas de 23% e 38% no índice de mortes, respectivamente. Minas Gerais alcançou um recorde nunca antes registrado: três dias (sexta, terça e quarta) sem mortes na maior malha viária do país.


Causa de acidentes


De acordo com as análises estatísticas da PRF, as principais causas da violência no trânsito durante os feriados de Carnaval são: a embriaguez ao volante, a ultrapassagem proibida e o excesso de velocidade.


As colisões frontais continuaram liderando o ranking de mortes, com 43% dos casos, em 61 acidentes. Isso decorre das ultrapassagens mal realizadas nas vias de pista simples, predominantes na malha federal. Depois vieram os atropelamentos (22 acidentes), colisões transversais (15 acidentes) e saídas de pista (14 ocorrências).


Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o esforço governamental envolvendo União, Estados e Municípios para fazer frente à violência no trânsito nas rodovias federais desde as comemorações de final de ano, férias escolares de janeiro e agora no Carnaval, ocasião em que milhões de brasileiros pegaram a estrada, refletiu no resultado. Noutra frente, os ministérios da Justiça, Cidades, Transportes e Saúde realizaram campanhas publicitárias de sensibilização, em todo o Brasil.


“A fiscalização realmente traz resultados, mas pelas características das estatísticas, percebe-se ainda que não existe mudança de comportamento na população, o que existe é algum medo de receber punições”, analisa Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor da Tecnodata Educacional.


Cerca de 10.000 policiais rodoviários federais trabalharam em esquema de revezamento durante o fim de semana prolongado, e realizaram 488 mil procedimentos de fiscalização.

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