Assim como acontece em São Paulo, Londres, Tóquio, México e em outras grandes cidades do mundo, não há outra maneira de se manter a mobilidade viária senão estimulando o transporte público e privilegiando as vias para o tráfego de serviços essências, carga e descarga de pequeno porte e veículos de transporte individual, nesta última categoria entrando as motos e as bicicletas. Tomando a capital paulista como exemplo, na prática isso já vem gradativamente acontecendo com a implantação de rodízio de placas, restrição de circulação de veículos por locais e horários, destinação de faixas exclusivas para a circulação de ônibus, motofaixas, ciclofaixas, os bolsões para as motos e, o que quase ninguém reclama por se tratar de coisa privada, o aumento expressivo dos valores de estacionamentos nas áreas centrais e de grande fluxo. E ainda virão mais medidas nesta mesma linha, assim como adotado em outras grandes metrópoles, como: aumento do número de placas no rodízio, destinação dos poucos espaços públicos de estacionamentos exclusivamente para motos, incentivo ao uso de bicicletas e, preparem-se, pedágio urbano, entre outras. Tudo muito impopular e desagradável, mas tornar-se-á inevitável o uso de um automóvel ser considerado um luxo bastante dispendioso, pelo simples fato de que o espaço urbano será um bem muito raro e, portanto, precioso.
Enfim, defendemos uma melhor oferta de transporte público, de boa qualidade e barato, e, paralelamente, o fomento do uso da motocicleta e das bicicletas, pois estes veículos ocupam menos espaço, são mais democraticamente acessíveis, poluem menos e são até chiques, como acontece com as motonetas na Itália e na França, a fim de se garantir o direito universal de ir e vir.
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