sábado, 19 de outubro de 2013

Dicas de trânsito - Vícios e manias ao volante


 
Foto-montagem: mão segurando carro
Algumas manias ou vícios ao volante são passados de geração para geração sem sequer serem questionados. Mas, veículos atuais, dispensam esses vícios. Entenda por que. Abaixo algumas manias que devem ser evitadas:

- Embreagem. Pé apoiado sobre o pedal da embreagem acelera o desgaste do disco, molas e rolamentos em até 40%.

- Mão no câmbio. Dirigir com a mão pesando sobre a alavanca de marchas força o trambulador (peça que leva o movimento que se faz na alavanca de câmbio para o câmbio.) e seus terminais, que podem desgastar-se excessivamente.

- Quebra-molas. Passar na lombada transversalmente (cada roda de uma vez) pode danificar as buchas da suspensão, amortecedores e rolamentos. Além disso, provoca maior torção da carroceria, o que pode empenar o monobloco.

- Banguela. Usar o ponto morto nas descidas não economiza combustível nos veículos que têm injeção eletrônica. Pelo contrário, essa prática aumenta o consumo, além de sobrecarregar o sistema de freios, que não poderá contar com o freio motor para auxiliá-lo.

- Pegar no tranco. Deve ser evitado em carros com injeção eletrônica, pois, se a bateria estiver arriada, a central eletrônica não funcionará com menos de 8 volts. Nesse caso, mesmo que o motor funcione, há ainda o risco da correia dentada não suportar o tranco e “pular alguns dentes”, quebrando a harmonia de funcionamento do motor e criando o sério risco de empenar as válvulas. Nesse caso, o prejuízo é grande, pois o motor terá que ser aberto em sua parte superior. Outro problema decorrente deste hábito é que o combustível não queimado que descer pelo coletor de escape pode danificar de forma irreversível o catalisador (os mais baratos custam cerca de R$ 400). Por fim, se for fazer a famosa “chupeta” (ligar uma bateria em bom estado na descarregada), tome cuidado para não inverter os pólos. Isso poderia queimar a central eletrônica, que custa mais de R$ 1.000,00.

- Última acelerada. Esse hábito de acelerar antes de desligar o carro serve apenas para desperdiçar gasolina e aumentar as chances de danificar o motor. Isso porque o combustível não queimado irá “lavar” o óleo das paredes do cilindro do motor. Quando ligar o carro novamente, anéis e pistão vão funcionar, por alguns instantes, sem lubrificação e desgastar mais rápido.

- Braço na janela. Motorista que dirige com o braço na janela corre o risco de não conseguir fazer manobra de emergência.

- Não esquente. Veículos mais novos, que têm injeção eletrônica, não precisam ser aquecidos antes de entrar em movimento. O sistema programa a lubrificação e a mistura ar/combustível. Além disso, a maior eficiência da bomba de óleo e de gasolina proporcionam o desempenho adequado mesmo com o motor frio.

- Estacionamento. Apoiar o pneu no meio-fio faz com que o ele sofra a pressão do peso do veículo. Isso pode gerar uma deformação na estrutura, alterar a capacidade de resistência e uniformidade do pneu, além de afetar as condições de balanceamento do conjunto rodas/pneus.

- Buracos. Se não puder desviar do buraco, não freie. Com a roda travada, o impacto é muito maior, o que sobrecarrega a suspensão e o próprio sistema de freios. A roda venceria este obstáculo muito mais facilmente, se estivesse em movimento.

- Direção hidráulica. Não gire o volante com direção hidráulica com o motor desligado. Isso pode forçar a tampa do reservatório, causando derramamento de fluído ou, até mesmo, deslocar a tampa. Mesmo com o motor funcionando, não se deve deixar o volante completamente virado por mais de 15 segundos. Nessa condição, o óleo é bastante aquecido pela bomba da direção hidráulica, o que pode causar danos no sistema e ruídos.

- Chuvas. Ao passar por trechos o motor pode aspirar água em vez de ar, provocando o calço hidráulico: como o pistão recebe água, que não se comprime, pode travar o motor e entortar as bielas, danificando-as seriamente. Evite passar por locais alagados quando a água ultrapassar a metade da roda.

 

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