Pesquisa feita pela Artesp com 19 mil veículos nas rodovias de São Paulo indica que 53% dos passageiros do banco traseiro desprezam cinto
O uso do cinto de segurança está sendo esquecido por motoristas e passageiros. E o perigo é maior no banco de trás. Uma pesquisa da Agência de Transporte de São Paulo revela que quase 70% dos passageiros que viajavam atrás morreram e estavam sem cinto.
Quem viaja no banco de trás acaba com a falsa sensação de que está mais protegido. Mas não só não está mais protegido como coloca em risco quem está no banco da frente.
É mesmo uma falsa sensação porque em um acidente esse passageiro é jogado ou para fora do carro ou contra uma pessoa que está no banco da frente. Mesmo assim, as pessoas ignoram os perigos e não é difícil flagrar motoristas e passageiros sem o cinto de segurança nas estradas.
Uma pesquisa da Agência de Transportes de São Paulo, Artesp, feita em 45 rodovias do estado, revela que cenas assim estão ficando comuns.
Entre os caminhoneiros, 24% não usam o cinto de segurança. Nos carros de passeio, são 9% dos motoristas e 11% dos passageiros do banco da frente. Ao todo, 53% dos passageiros do banco traseiro dos carros também desprezam o cinto.
A Artesp levou uma semana pesquisando mais de 19 mil veículos entre carros e caminhões e usou praças de pedágio como a da Rodovia Castello Branco. Porque é mais fácil observar o uso do cinto de segurança quando os veículos reduzem a velocidade.
Mensagens educativas foram colocadas nos painéis eletrônicos das rodovias paulistas alertando sobre a necessidade do uso do cinto.
Em Santos, no litoral de São Paulo, um equipamento simula o impacto de uma batida de carro. Qualquer pessoa pode testar.
“A pesquisa mostrou que sempre tem uma desculpa. Então aquela desculpa que o cinto incomoda ou que eu vou logo ali e não preciso, vou na cidade do lado, ou que as pessoas que estão no banco de trás que tem aquela sensação de segurança, acham que estão protegidas. Mas é uma falsa sensação”, afirma o diretor de operações da Artesp Giovanni Pengue Filho.
Entre 2011 e 2014, 69% dos passageiros que estavam no banco de trás e que morreram em acidentes nas rodovias de São Paulo estavam sem o cinto.
“O passageiro traseiro ele é arremessado para fora do veículo, ou mesmo acaba matando, por esmagamento, o passageiro do banco da frente, que utiliza o cinto”, explica o Tenente Eduardo Zampronio da Policia Rodoviária Estadual de São Paulo.
Lembrando que o uso do cinto de segurança também é obrigatório na cidade, tanto no banco dianteiro, quanto no traseiro. Dirigir sem cinto é infração grave, punida com cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 127.
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