Atualmente, devido ao crescimento deste grupo etário, os idosos constituem, juntamente com os jovens, em um dos grupos de maior risco de sofrer um acidente. Em pesquisas recentes, observa-se que, acidentes envolvendo pessoas com mais de 65 anos têm aumentado assustadoramente, principalmente nas grandes cidades.
De acordo com a Seguradora Líder, que administra o DPVAT, nos últimos cinco anos, as ocorrências de acidentes envolvendo idosos tiveram um crescimento de 33%. Embora a quantidade de óbitos seja menor que a quantidade de casos de invalidez permanente, no período analisado os casos de morte cresceram 40%, contra 28% de invalidez.
Ainda de acordo com os mesmos dados, em 2012, acidentes com automóveis representaram 50% das ocorrências indenizadas envolvendo idosos, sendo que, 63% destas indenizações foram por atropelamentos.
“O processo natural do envelhecimento afeta a visão, a audição, o apetite, o sono, o equilíbrio, enfraquece a musculatura e os ossos. Isso afeta bastante a capacidade cognitiva do idoso, capacidade essa, que é fundamental no trânsito”, explica ADEMIR SOUZA DAS CHAGAS, Perito e ANALISTA em Acidente de trânsito
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia a Traumatologia (SBOT), o cenário é mais grave ainda, pois a recuperação de um acidente depois dos 60 anos é mais lenta, requer mais cuidados e, em muitos casos, piora a saúde do idoso, devido a complicações que ocorrem quando a pessoa precisa permanecer na cama, imobilizada, deitada de costas, durante muito tempo .
Segundo O PERITO
, se nada for feito em relação a essa parcela da população, a tendência é a situação piorar, principalmente com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, que hoje é de 73 anos, em média, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Para qualquer pessoa idosa é muito importante manter a sua participação ativa na sociedade, movimentando-se livremente como um pedestre ou como motorista. A independência e autonomia que o trânsito oferece são indispensáveis para manter a sua qualidade de vida”, diz o especialista.
Perfil do pedestre idoso
Segundo pesquisa realizada pela Direção Geral de Tráfego (DGT), da Espanha, os idosos têm o seu aspecto mais vulnerável quando circulam como pedestres. E alguns dos principais problemas enfrentados por eles nesta situação são distinguir a cor das luzes e perceber a velocidade efetiva dos veículos na via, além da distração, presente, com mais frequência, nos idosos acima de 70 anos.
De acordo com a pesquisa os pedestres idosos enfrentam um conjunto de obstáculos nas ruas. Dentre eles estão o excesso de velocidade do veículo, a condução imprudente e, em muitos casos, o curto espaço de tempo do semáforo para pedestre.
Dicas de segurança
Segundo Celso Mariano, algumas dicas são muito importantes para reduzir os riscos e garantir a segurança dos pedestres idosos. São elas:
- Para atravessar a rua, esperar sempre o sinal de pedestre ficar verde ou nos locais sem semáforo, pedir ajuda para outra pessoa.
- Nunca parar no meio do cruzamento e atravessar em linha reta.
- Ao andar na calçada, preferir ficar longe do meio-fio, para evitar que uma tontura ou tropeço leve o idoso a cair na via, perto dos carros.
- Evitar carregar peso.
- Usar sapatos adequados e ter muito cuidado com buracos, troncos de árvores ou locais acidentados, que podem causar uma queda;
- Ao sair de um veículo, escolher o lado da calçada para desembarcar.
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