domingo, 16 de dezembro de 2012

Veja 5 acidentes, comprovadamente, causados por culpa do celular

Estimativas apontam que dirigir e usar o celular simultaneamente aumentam em 400% a chance de acidentes
Estimativas apontam que dirigir e usar o celular simultaneamente aumentam em 400% a chance de acidentes. Mesmo assim, em uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro e em São Paulo, 84% dos motoristas admitiram que praticam a infração.

O estudo, encomendado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, também apontou que 48% dos entrevistados já passou por alguma situação perigosa no trânsito devido à distração, ocasionada em 23% dos casos pelo celular.

Os dados oficiais sobre o assunto ainda são poucos no Brasil, mas o que já foi mapeado revela o tamanho do problema: anualmente cerca de 35 mil pessoas morrem no país. O número real é ainda maior, já que essa estatística não considera os óbitos ocorridos após o acidente, nos hospitais ou em casa, por exemplo.

Pensando nisso, o Ministério das Cidades desenvolveu o Mãos ao volante, um aplicativo para Android que bloqueia as chamadas para o motorista quando ele está dirigindo.

Os números não deixam dúvidas sobre o perigo de fazer usar aparelhos móveis ao volante, quer seja fazendo ligações, enviando SMS ou acessando redes sociais. Mas se nem essas informações – ou a multa de R$ 85,13 e a punição de quatro pontos na carteira de habilitação – forem convincentes, talvez esses cinco acidentes provocados por causa do celular ajudem a desenhar os contornos dessa verdadeira tragédia.

5. A americana Taylor Sauer, 18 anos, morreu em janeiro deste ano enquanto dirigia e conversava com um amigo no Facebook, usando o celular. Ela dirigia a 130Km/h quando bateu na traseira de um caminhão, na rodovia interestadual que liga Utah e Idaho, nos Estados Unidos. Numa infeliz coincidência, minutos antes do acidente, ela escreveu para o amigo: “Não posso discutir isto agora. Dirigir e falar no Facebook não é seguro! Haha.”

Mike, seu interlocutor, afirmou que não sabia que ela estava ao volante até receber a última mensagem. “Sinto como se fosse minha culpa”, disse. A investigação da polícia local mostrou que a jovem postava mensagens na rede social a cada 90 segundos. O caso veio a publico por esforço dos pais, que lutam para que o estado de Idaho, que não tem leis específicas sobre o uso de eletrônicos em automóveis, elabore uma lei que proíba tal atitude.

4. No último dia 16, outro jovem de 18 anos se envolveu em um acidente por causa do celular. Desta vez, o condutor do veículo, Daniel Ferreira dos Santos, saiu ileso. O carro capotou na PR-513, que liga Ponta Grossa ao Distrito de Itaiacoca, Paraná, logo após ele ter perdido o controle da direção por tentar pegar o aparelho, que havia caído no chão. “Tentei voltar para a estrada, mas não consegui”, contou Daniel, que não possui carteira.


3. A canadense Emy Brochu, 20 anos, trocava mensagens com o namorado quando o carro que dirigia bateu na traseira de um trator, levando a jovem à morte. No último SMS que enviou ao companheiro, Mathieu Fortin, a jovem declarava: “Eu te amo e vou tentar fazer tudo que puder para deixá-lo feliz, sr. Fort.”

Quando recebeu o texto, Mathieu enviou um SMS contando sobre uma reunião e marcando com a namorada para se falarem à noite. Depois de alguns torpedos sem resposta, ele escreveu “BB (apelido que dava à Emy) Estou um pouco preocupado aqui”. Ao saber da tragédia, ele postou no Facebook a troca de mensagens dos dois, pedindo às pessoas mais atenção no trânsito. “A ironia da última mensagem ainda quebra o meu coração em pedaços”, escreveu. O acidente aconteceu em janeiro deste ano, em Quebec, Canadá.

2. Nem sempre a vítima no trânsito é o infrator. O motorista de ônibus Jonas Santana da Silva, de 26 anos, dirigia acima da velocidade permitida e ainda falava ao celular quando provocou o acidente envolvendo o carro do empresário Alfred Schorno, de 67 anos. Ele e a funcionária Anna Camilla Nyarady, que estava no carona, morreram na hora, e dois passageiros ficaram levemente feridos.

O caso aconteceu em fevereiro, em Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo. O condutor avançou em alta velocidade um cruzamento que estava com sinal amarelo, passando por cima do Mitsubishi ASX, que mesmo equipada com seis air-bags não conseguiu evitar o desfecho fatal. O semáforo em questão estava quebrado, fato que responsabiliza também a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), encarregada de fiscalizar a sinalização na capital paulista. Em depoimento, porém, Jonas admitiu que sabia do problema do aparelho, uma vez que já havia feito o trajeto naquele dia. Além disso, a polícia suspeita que o tacógrafo do ônibus tenha sido violado após o acidente. Isso porque o medidor registrava 47Km/h, velocidade que não seria suficiente para causar aquele tipo de colisão. O motorista foi preso em flagrante e acusado de homicídio doloso, quando há intenção de matar ou quando o autor assume esse risco.

1. Em julho, a história se repetiu na rodovia Raposo Tavares, em Capela do Alto, região de Sorocaba (SP). O motorista de uma van falava ao celular quando o aparelho caiu e enroscou no acelerador. Com o incidente, ele se distraiu e invadiu a pista contrária, batendo de frente com um carro que transportava três pessoas. Entre elas estava Jéssica Carvalho Brisola, de 20 anos. A vitima, que foi retirada de baixo das ferragens em estado grave, chegou a ser atendida no Hospital Regional de Sorocaba (SP), mas não resistiu e morreu. Os outros dois passageiros do carro também foram levados ao hospital. Outras nove pessoas que estava na van sofreram ferimentos leves.

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