terça-feira, 24 de junho de 2014

VAGAS PARA DEFICIENTES.

Vaga para deficientes e idosos

A Comissão de Viação e Transportes  da Câmara dos Deputados aprovou projeto que considera infração de trânsito grave o estacionamento irregular em vagas destinadas a pessoas com deficiência e idosos (PL 4124/98). Os veículos que estacionarem nesses locais estarão sujeitos, além da multa, à remoção ao depósito de automóveis apreendidos.


O projeto, de autoria do ex-deputado Paulo Rocha (PA), já havia sido aprovado pela Câmara, mas sofreu modificações do Senado e teve que retornar para nova apreciação. Entre as modificações realizadas no Senado está uma pena menor para quem estacionar em vagas  reservadas a pessoas com deficiência e idosos - a Câmara havia aprovado infração gravíssima. Atualmente, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97), a multa é de natureza leve.


As modificações foram acolhidas na Comissão de Viação e Transportes, após a aprovação do parecer do relator, deputado Milton Monti (PR-SP). Ele considerou "acertada a proposta do Senado de rebaixar a classificação inicial de gravíssima para grave, que melhor se adequa à dosimetria prevista no código".


O secretário do Idoso do Distrito Federal, Ricardo Quirino, elogiou a aprovação do projeto e defendeu o aumento de campanhas educativas. "Sou a favor do projeto. Campanhas devem ser realizadas, mas aqueles que não querem obedecer e se adequar ao que a lei diz, devem ser punidos com o rigor da lei", afirmou.


Tramitação
O projeto que tramitou por quase seis anos no Senado segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

MOTOBOYS, PERICOLOSIDADE, ADICIONAL .

Adicional para motoboys

A Lei dos Motoboys, assinada pela presidente Dilma Rousseff na quarta-feira, determinou o pagamento de adicional de

 periculosidade de 30% no salário dos motoqueiros que atuam como motoboys, motofretistas ou mototaxistas. Apesar do benefício, entretanto, concedido pelo risco que esses profissionais sofrem, o impacto pode ser negativo para as firmas de motoentrega do Grande ABC. E também para o bolso dos consumidores e empresários que dependem desses serviços.



Conforme estimativa do Sindimerp (Sindicato dos Motofretistas de Entregas Rápidas Patronal) ABCDM existem aproximadamente 200 companhias do segmento na região. Segundo o diretor da entidade Dener Marques, a medida pode fazer com que metade delas feche as portas.


O motivo é justamente o encargo gerado pelo pagamento do adicional para os motoqueiros. Como cada profissional receberá 30% a mais mensalmente, quem ganha o piso estadual da categoria, de R$ 1.080, vai ficar com R$ 324 a mais por mês.


Estimativa do Sindimoto ABC (Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Grande ABC) aponta que as sete cidades tenham 40 mil profissionais – o equivalente a 2% do contingente atuante no Estado de São Paulo, de 2 milhões.


Marques, que também é dono de empresa do setor, a 3D Express, de São Caetano, afirmou que terá de repassar, em média, 25% no custo dos serviços aos clientes para conseguir bancar a periculosidade, o que, reconhece, deixará os preços bastante salgados. “Um contrato mensal para que uma empresa mantenha um motoqueiro à sua disposição, de segunda a sexta-feira, por 44 horas semanais, fica em R$ 3.300. Ao repassar os 25%, o valor vai chegar a R$ 4.125, ou seja, vai sair até mais barato para essa empresa contratar um motorista direto do que nossos serviços. Imagine se eu repassar os 30%. Fica impraticável”, desabafou.


O sistema de entregas pontuais também vai sofrer reajuste nos preços, segundo ele. “Trabalhamos com sistema de pontos. Como exemplo, uma entrega de Santo André para Vila Olímpia soma quatro pontos. Como o ponto custa R$ 16, ela sai por R$ 64. Com o adicional, cada ponto vai custar R$ 18 e, a entrega, R$ 72”, exemplificou Marques.


O proprietário da Rapidesh, Antonio Carlos Santos Júnior, localizada em São Bernardo, acredita que, com a obrigatoriedade do adicional e as dificuldades das empresas, a informalidade poderá crescer. “O valor vai ter que ser repassado para os clientes, não tem jeito. Alguém vai precisar fiscalizar isso, porque, senão, as empresas que estão fazendo tudo direitinho vão ser prejudicadas. Além do que, nós não sabemos quando a medida vai começar a valer, até ligamos no sindicato dos trabalhadores, porém, eles não souberam nos informar”, disse.


Santos Júnior acredita que o repasse aos valores nos preços dos serviços prestados deverá ser 30% referentes ao adicional de periculosidade. “Acho muito justo esse benefício, mas infelizmente teremos de dividir a conta.”


Regulamentação depende do MTE


De acordo com o diretor do Sindimoto ABC Carlos Tavares, as empresas devem aguardar a regulamentação da lei. “Está tudo muito recente, e é óbvio que para as empresas é um valor muito alto, e o repasse não vai soar bem para o mercado, que não está preparado para isso. As empresas devem, por ora, esperar o posicionamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)”, disse.


Procurado, o ministério informou que, apesar de a lei ter sido publicada no Diário Oficial da União da sexta-feira, ela só terá validade após a regulamentação pela Pasta, o que ainda não tem data.


“Haverá a formulação de um texto técnico básico, que será submetido à consulta pública e, posteriormente, debatido por um grupo de trabalho tripartite (formado por gestores municipais, estaduais e federais).”


A área técnica do MTE informou, ainda, que o mesmo procedimento foi adotado recentemente para a regulamentação da lei número 12.740/2012, que instituiu o mesmo adicional para os trabalhadores do setor de segurança privada.


Conforme Tavares, apesar do benefício do adicional, é a regulamentação que vai determinar se ele é positivo ou não. “Este valor é devido aos motoqueiros, a categoria toda está de parabéns. Porém, fica difícil se a aplicação não ajudar as empresas também.”


Para Marques, do Sindimerp, o ideal seria que a obrigatoriedade do benefício fosse implementada gradativamente. “Poderiam ser 10% por ano, ou por semestre, para que as empresas pudessem se organizar e, inclusive, conversar com seus clientes.”


Fiscalização ainda não acontece


Além do valor a mais desembolsado pelas empresas de motoentrega por causa do adicional de periculosidade, há outra reclamação por parte dos empresários do setor. O investimento realizado em aparelhos de segurança como placas vermelhas, fita refletiva para colar nos baús e nos capacetes, antena corta pipa realizado no ano passado e mata-cachorro, ferro que protege as pernas do motociclista foi em vão.


Isso porque mais de um ano após a discussão entre Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) para definir o início da fiscalização dos motoqueiros, não houve nenhuma ação efetiva.


“São tantas exigências que foram colocadas para o motoboy, o que fez com que o empresário gastasse bastante. E depois de tudo isso não ocorreu nenhuma fiscalização. Ou seja, gerou uma incumbência do empresário perante a lei que não foi reconhecido”, afirmou o diretor do Sindimoto ABC Carlos Tavares.


Entre as exigências anunciadas anteriormente, havia um curso obrigatório de pilotagem segura com duração de 30 horas. Segundo Tavares, 90% dos profissionais da região não chegaram a realizar a matrícula.


A multa estipulada anteriormente para quem não cumprisse as determinações podia ir de sete pontos na carteira até a perda da habilitação. Já, o valor mínimo era de R$ 191,54.

PASSAGEM SINAL DE AMBULANÇIA .

Passagem para ambulânciaQuando o sinal de trânsito está fechado e uma ambulância solicita passagem, alguns motoristas ficam em dúvida se devem ou não ultrapassar o sinal para liberar a pista para a ambulância. Alguns se queixam, inclusive, de terem recebido multas por avanço de sinal, por terem dado passagem a veículos de emergência.


De acordo com o superintendente municipal de trânsito da SMT, Francisco Junior, a prioridade da vida deve acontecer, porém com segurança. Ele alerta que o Samu é um serviço de urgência e emergência e caso solicite passagem, o condutor deve dar, porém com atenção para não furar o sinal vermelho e provocar outros acidentes.


“O condutor deve analisar a situação, prestar bastante atenção para verificar a passagem de outros veículos e pedestres, e então dar a passagem ao veículo de emergência”, explicou o superintendente.


Multas
Sobre as multas, ele informou que em diversas situações as pessoas alegam que foram notificadas por dar passagem a viatura do Samu. Francisco Júnior esclareceu que a passagem pode sim ser dada, e que uma triagem das notificações é feita pela superintendência de trânsito.


“Se a gente identificar um veículo furando o sinal e em seguida uma viatura do Samu, a gente descarta a notificação. Se houver falha nossa e a pessoa for notificada, ela poderá dar entrada na defesa prévia e a gente vai confirmar o arquivo, se a versão dela estiver apoiada nos fatos, com certeza a gente defere o pleito”, garantiu.

sábado, 21 de junho de 2014

MOTOBOYS PERICULOSIDADE, ADICIONAL

Motoboys ganham adicional de periculosidadePresidente Dilma Rousseff anunciou as mudanças na CLT na última quarta-feira em Brasília


A regra que garante adicional de 30% de periculosidade aos motoboys já está valendo, com a publicação da Lei nº 12.997 no Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira. As alterações, que exigiram mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), haviam sido anunciadas na última quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto. "Hoje é inconcebível uma cidade sem motoboys. Nada mais justo e necessário (do que o adicional). É uma categoria que enfrenta o trânsito e todos os perigos que daí advém", declarou a presidente na ocasião. 


A nova redação, que passa a vigorar a partir desta sexta-feira, cita que são também consideradas perigosas as "atividades de trabalhador em motocicleta", ou seja, a medida beneficia também outros profissionais que fazem entregas, como carteiros que usam motos.


Na cerimônia de sanção da Lei, a presidente garantiu que o governo "está disposto a continuar dialogando" com os motoboys e que é preciso avançar na segurança desses condutores e na prevenção de acidentes. "Me preocupa o fato de vocês não terem vias exclusivas. Acho que temos que abrir essa discussão", destacou a presidente.


No final do mês passado, o Congresso aprovou um projeto de lei de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, que prevê o pagamento extra sobre o salário para os trabalhadores que atuam profissionalmente com a ajuda de motocicletas. 

APLICATIVO BAFOMETRO .

Bafômetro como aplicativoO BACtrack Mobile Breathalyzer é uma espécie de mini bafômetro, pesa 47 gramas e custa US$ 149


Um aplicativo que acusa se o motorista  tem ou não condições de dirigir é sucesso em Nova York, nos Estados Unidos (EUA).


O BACtrack Mobile Breathalyzer é uma espécie de mini bafômetro, que funciona ligado ao app instalado no telefone celular. Depois de soprar, é só aguardar o resultado para saber se está em condições de dirigir, conforme os limites tolerados pela legislação. O aparelho pesa 47 gramas e custa US$ 149.


Nos EUA, as leis de trânsito, como tantas outras, variam conforme o Estado, mas, em geral, a tolerância é mínima para quem bebe e se arrisca a pegar o volante .


No Brasil, com todas as blitze da Lei Seca e tolerância zero para níveis de embriaguez o aplicativo seria um sucesso.


Fonte: BBC Brasil

COMISSAO APROVA DIRETRIZES PARA CIRCULAÇAO DE PEDESTRE E CICLISTAS..

Circulação de pedestres e ciclistasA Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou projeto de lei (PL 6207/13) do deputado Walter Feldman (PSDB-SP) que dispõe sobre a circulação de pedestres e ciclistas. A proposta altera a Lei12.587, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Conforme o texto, as ciclofaixas ou ciclovias passam a estar entre os requisitos de infraestrutura básica para implantação de empreendimentos habitacionais e nos projetos de regularização fundiária, inclusive os relacionados ao Programa Minha Casa Vida (Lei 11.977/09).


AcessibilidadeO projeto inclui calçadas, passeios e passagens de pedestres no rol da infraestrutura de mobilidade urbana, ao lado de vias e ciclovias.


Também ganham prioridade nas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, a acessibilidade das pessoas com deficiência e os deslocamentos de pedestres. O texto estabelece ainda a locomoção segura como garantia de pedestres e ciclistas.


Bicicletas
Para o relator na comissão, deputado Paulo Foletto (PSB-ES), as medidas são importantes porque contemplam milhares de famílias de baixa renda que, a seu ver, serão estimuladas a usar bicicletas.


"Você cria uma nova mentalidade na população mais simples, ela começa a ter uma espaço para andar de bicicleta. Toda a nossa luta é para que a gente diminua a quantidade de carros que existe nas cidades”, explica.


“Junto com isso, o projeto trabalha mexendo com o Código de Trânsito Brasileiro (Lei9.503/97), prevendo, por exemplo, punição para quem atropela o pedestre, dando mais direito ao pedestre", acrescenta.


Pedestres
Especialista em engenharia de trânsito, o professor da Universidade de Brasília Paulo Cesar Marques avalia que o projeto é positivo. Segundo ele, a proposta dá mais visibilidade à situação do pedestre.


"Tanto os órgãos de trânsito, como as pessoas de um modo geral veem o sistema viário como um espaço de circulação de veículos motorizados apenas. Veem os veículos antes das pessoas. Esse projeto de lei dá mais visibilidade e traz algumas atribuições que precisam ser cumpridas, precisam ser levadas em conta", observa.


Tramitação
O projeto que cria normas para circulação de pedestres e ciclistas ainda será analisado, de forma conclusiva, pelas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

BRASIL MONTADORAS E GOVERNO.

Montadoras e governoSegundo estudo, participação do setor automotivo no PIB da indústria passou de 12% para 18%
A recente queda da produção e venda de automóveis e o anúncio de demissões no setor parecem ter disparado um alerta vermelho em Brasília.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admite que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis, reduzido em 2012, pode não voltar para a alíquota cheia em julho, como previsto. "Vamos avaliar a situação do mercado na véspera", disse recentemente.

Também estão sendo estudadas medidas para ampliar o crédito para o setor e uma proposta da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) pela qual, para evitar demissões, fundos federais ajudariam a pagar os salários de funcionários com jornada reduzida por até dez meses.

Só este ano, as isenções fiscais concedidas ao setor automotivo devem chegar a R$ 2,8 bilhões, segundo a Receita Federal – o suficiente para pagar por três estádios da Copa e o mesmo valor do investimento em saneamento destinado a 635 municípios anunciado recentemente pela presidente Dilma Rousseff como parte da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). E se o IPI não for recomposto, a conta pode aumentar.

Além disso, até 2017 estará em vigor o chamado Inovar-auto.

Trata-se do regime automotivo aprovado em 2012, que, de um lado, dá incentivos para empresas que cumprem metas relativas a investimentos em engenharia, pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética. Do outro, eleva para mais de 30% o IPI de veículos importados que extrapolem uma quota de 4,8 mil unidades.

"E o setor automotivo ainda recebe outros benefícios, como financiamentos do BNDES, da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e reduções do imposto de importação (sobre seus insumos)", acrescenta Fernando Sarti, diretor do Instituto de Economia da Unicamp.

Mas até que ponto as ajudas a montadoras fazem sentido? Afinal, está na hora de rever a relação entre o governo e o setor, como defendem alguns especialistas?

Não é de hoje que as montadoras mantêm uma espécie de "relação especial" com Brasília.

"Tais laços têm sido um dos eixos da industrialização brasileira desde seus primórdios, nos anos 50", diz Nara Simone Roehe, da PUC-RS, que conduziu um estudo mostrando que na última década a participação do setor automotivo no PIB da indústria passou de 12% para 18%.

"O que surpreende é que, ainda hoje, a produção de automóveis se beneficie de tantas proteções e ajudas, quando há muitas outras opções de setores que merecem atenção dos formuladores de política industrial e estão claros os custos sociais de se privilegiar o transporte individual sobre o coletivo."

A visão do governo parece ser a de que o modelo de industrialização puxado pelos veículos automotores, longe de estar ultrapassado, permite ao país promover um salto tecnológico em diversas áreas.

"Essa é uma indústria integradora de tecnologias, diversificada e com potencial para impulsionar o desenvolvimento de áreas como engenharia, mecânica e eletro-eletrônica", diz Paulo Sérgio Coelho Bedran, Diretor do Departamento de Indústrias de Equipamentos de Transporte do Ministério de Desenvolvimento (MDIC).

"É como ouvi certa vez do ex-ministro Ozires Silva (um dos arquitetos da Embraer): se o Brasil não produzisse carros, não poderia produzir aviões", reforça Luiz Moan, presidente da Anfavea.

Segundo Bedran, a possibilidade de promover um salto tecnológico no setor foi uma das motivações do governo para criar o Inovar-auto. E a prova de que o programa estaria fazendo avanços seriam investimentos recentes anunciados por empresas como a BMW, a Nissan e a Mercedes.

Para o funcionário do MDIC, a experiência de outros países também ajudaria a responder a pergunta sobre a necessidade de ajudas e proteções ao setor.

"Não é só o Brasil - todos os países querem atrair montadoras e não raro isso envolve a criação de incentivos", diz ele.

"Até o atual governo americano gastou bilhões para socorrer uma montadora (a GM) quando ela passou por dificuldades."


Críticos


Já na avaliação de especialistas como Sérgio Lazzarini, do Insper, instituto de ensino e pesquisa, a eficiência de políticas como o Inovar-auto em alinhar a prática das empresas com os interesses da sociedade como um todo são questionáveis.

"Para começar, tanto as metas de conteúdo nacional, quanto as de inovação são bastante complexas e difíceis de serem fiscalizadas", opina.

Lazzarini e outros especialistas críticos da relação entre o governo e as montadoras não refutam o peso econômico e potencial do setor automotivo para puxar o crescimento do PIB e promover a disseminação de avanços tecnológicos, mas apenas questionam o uso de bilhões em incentivos e proteções para atrair essas empresas e ampará-las em conjunturas desfavoráveis.

Segundo Moan, por exemplo, as reduções do IPI acabam ajudando a compensar o fato dos impostos no Brasil serem altos.

"Mas talvez fosse mais interessante focar em políticas horizontais para reduzir o Custo Brasil para toda a indústria em vez de deixar que setores com lobby forte em Brasília barganhem políticas verticais compensatórias", opina Lazzarini.

"Se houvesse uma melhoria em questões como o peso e complexidade de nossa carga tributária, a falta de infraestrutura e os excessos de burocracia, certamente os investimentos estariam garantidos."

Para Roehe, entre os sinais de que o modelo de incentivos à produção de automóveis estaria no limite está a situação do trânsito nas grandes cidades brasileiras.

Moan enfatiza que o setor não é contra o desenvolvimento do transporte coletivo. "Até porque somos nós que produzimos ônibus."

Sarti, porém, também vê uma dicotomia: "Basta comparar a situação do Brasil com a de países que deram mais atenção a construção de ferrovias e desenvolvimento de meios de transporte coletivo em suas grandes cidades do que a indústria de automóveis", diz ele.

"É verdade que sem o apoio do governo poderíamos ter um impacto negativo importante sobre os milhares de empregos do setor automotivo, mas aos poucos também poderíamos buscar alternativas para esse contingente".


Conjuntura

Em termos conjunturais, entre os motivos que fazem o governo socorrer montadoras assim que um sinal de fumaça surge no horizonte está o medo de que problemas no setor levem a uma reação em cadeia, como explicam Rodrigo Baggi, da Consultoria Tendências, e Rodrigo Nishida, da LCA Consultores.

A produção de automóveis é vista como uma espécie de termômetro da economia brasileira.

Na década passada, quando o PIB crescia em ritmo acelerado e suas vendas subiam mais de 10% ao ano, montadoras ativavam o terceiro turno das linhas de montagem e anunciavam novos investimentos e contratações.

Nos últimos anos, porém, os pátios cheios se tornaram a imagem-símbolo do desaquecimento econômico. Segundo a Anfavea, a produção caiu 18% entre janeiro e maio na comparação com 2013, afetada pelo mercado interno fraco e a queda das exportações para a Argentina.

As vendas de automóveis recuaram 5,5% e 4 mil funcionários do setor perderam seus postos de trabalho (embora, segundo a associação, a maioria deles tivesse sido incluída em programas de demissão voluntária).

"Não há como negar o risco de que uma freada nessa indústria acabe afetando a confiança do empresariado em geral, por isso é natural que o governo estude políticas para mitigar essa desaceleração", diz Baggi.

"A questão é que isso passa a ser complicado se, para estimular o setor, se coloca em risco a política monetária e recursos federais que deveriam estar sendo poupados."

"Pensar em aumento de crédito para a compra de carros, por exemplo, parece um pouco fora de contexto em um momento de esgotamento do modelo de crescimento baseado em consumo e de incertezas sobre a inflação", opina.

domingo, 15 de junho de 2014

" PANE SECA DA MULTA !...

Pane secaO “vício” de transitar sempre com o tanque de combustível do automóvel na reserva pode se transformar em multa e gerar alguns constrangimentos ao proprietário do carro.

Além do risco de ocasionar problemas no funcionamento do motor, pode até ocorrer a queima da bomba de combustível. Agindo assim, esse tipo de motorista relapso estará infringindo a legislação de trânsito. O artigo 26 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro)estabelece: “antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino”.
O artigo 180 do Código de Trânsito Brasileiro define ainda como infração de natureza média, deixar o veículo imobilizado na via por falta de combustível, independente de estar atrapalhando ou tumultuando o tráfego de carros. A penalidade prevista no CTB é multa no valor de R$ 85,13, quatro pontos no prontuário e até a remoção do carro, dependendo do local. 

A DICA para o motorista que deseja realmente economizar e não se submeter a apuros, é abastecer o automóvel antes do tanque do mesmo chegar à “reserva”. 

Detalhe importante: quando o ponteiro do instrumento de combustível estiver assinalando que o mesmo está na reserva, ainda restarão 5 a 10 litros. Seja prudente e evite passar vexame.

CAMPANHAS CRIATIVAS EDUCAM MOTORISTAS .

Intenção é sensibilizar condutor para controlar velocidade e não usar celular, entre outros cuidados
Campanhas para eliminar os maus hábitos dos motoristas são eleitas as melhores na maior parte dos concursos. Recentemente, um grupo japonês elegeu as 40 campanhas mais "tocantes" do mundo.
 


Entre as eleitas estão as que envolvem os hábitos na direção. Uma delas é a da agência brasileira, Terremoto, feita para a concessionária Ecovias. Na imagem, a reprodução do acidente é feito por meio de tatuagens em conjunto com a ação de um soco.

Outra campanha que chamou a atenção e que está entre as favoritas da publicação é a de um radar imitando uma cama de hospital. No local onde está registrada a milha (quilometragem) há os dizeres: Dias na cama do hospital.
 

Uma cidade Russa também se preocupou com o uso do celular na hora da direção. Ela fez uma campanha alertando para o envolvendo de crianças em acidentes de atropelamento durante os feriados. Na cena, um casal olha um mapa de trânsito e conversa ao celular, sem perceber que uma criança está atravessando a rua.

A campanha feita para o governo da Tailândia também está na lista dos eleitos. Ela chama a atenção para os motoristas que dormem ao volante. No detalhe, um olho fechando e um pai com o filho na direção do carro.

 

Já o departamento de polícia do Colorado nos EUA, alerta em outdoor, com direito a relevo, como é perigoso não resguardar distância entre um veículo e outro. 

 


A Volkswagen também fez um vídeo que ajuda o motorista refletir sobre o uso de celulares. A ação começa em uma sala de cinema e surpreendentemente termina em um acidente. 

sábado, 14 de junho de 2014

PROPRIETARIO DEVE FICAR ATENTO AO PRAZO DE LICENÇIAMENTO DO VEICULO .

A corrida para a quitação do licenciamento anual continua. Sendo assim, os proprietários devem ficar atentos à data de vencimento para evitar transtornos futuros. De acordo com o Art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) se um condutor com um veículo não licenciado for parado em uma blitz, levará uma multa de caráter gravíssimano valor de R$ 191,54, inclusão de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além do recolhimento do veículo. Ele ainda tem que pagar a taxa do guincho que varia de acordo com a distância de onde o carro é apreendido e uma diária de R$ 16,90 do pátio. O proprietário só poderá retirar o veículo após efetuar o pagamento dolicenciamento pendente.
Isso acontece devido ao licenciamento ser um procedimento obrigatório que deve ser feito todos os anos, tratando-se de uma autorização para o veículo circular nas vias, comprovado através da emissão do Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV), documento que deve acompanhar sempre o condutor.


Não portar o documento obrigatório (CRLV) também é infração, como consta no Art. 232 do CTB, só que nesse caso a infração é leve, a penalidade é uma multa no valor de R$ 53,20, a inclusão de três pontos na CNH e a retenção do veículo até a apresentação do documento. É importante ressaltar que a multa vai para o proprietário do veículo e não para o motorista. Se a irregularidade não for sanada até o fim da blitz, o carro também é recolhido para depósito.


O proprietário pode circular até 10 dias após o pagamento do licenciamento com o comprovante emitido pelo banco credenciado em mãos. Mas, se em até 5 dias úteis ele não receber o CRLV em sua residência, o proprietário deve se dirigir ao Detran-Ba e verificar se o endereço cadastrado está correto, levando o comprovante de residência atualizado.


Neste ano, o valor médio geral do IPVA teve uma redução de 5%, de acordo com tabela disponível no site da Sefaz-Ba, que contém também o calendário de pagamento do imposto. Conforme a tabela, os automóveis apresentaram uma redução média de 4,6%. Para as motos, a queda é de 5,8%, em média. Também em percentuais médios, os caminhões vão pagar menos 2,6%; os ônibus e microônibus, 2,1%, e os veículos utilitários, 3,8%.


Os valores de 2014 poderão ser consultados no endereço www.sefaz.ba.gov.br, no canal Inspetoria Eletrônica – IPVA – Base de Cálculo dos Veículos Automotores.

BRASILEIROS ADMITEM QUE EXCEDEM LIMITES DE VELOCIDADE

Limites de velocidadePesquisa mostra que estacionar em local proibido e dirigir após beber álcool também estão entre as violações mais citadas pelos entrevistados
O brasileiro anda excedendo o limite de velocidade das vias e estacionando em local proibido. Foi o que constatou recente pesquisa realizada pela Associação Proteste sobre comportamento no trânsito com 975 motoristas, com idade entre 18 e 70 anos.


Além de gerar perda de pontos, suspensão ou cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), as infrações podem causar despesas consideráveis ao condutor, dependendo de sua situação financeira. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos, os entrevistados gastaram, em média, R$ 795 com o pagamento de multas, sendo que R$ 315 somente no último ano.


E apesar das inúmeras campanhas que mostram os perigos da combinação entre álcool e direção e da maior rigidez da fiscalização nas ruas em todo o Brasil, 40% dos entrevistados admitem que dirigem, mesmo "tendo bebido um pouco", embora não especifique a quantidade.


Brasileiro não larga o celular ao volante


O estudo também comprovou que o brasileiro não consegue largar o celular, sobretudo quando está ao volante. Prova disso é que 67% dos participantes falam ao telefone enquanto conduzem seus veículos.

HUMANIZAÇAO DAS CIDADES E PROTEÇAO AOS PEDESTRE .

Pedestre no trânsitoO Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) já definiu o tema para a Semana Nacional do Trânsito, entre os dias 18 e 25 de setembro de 2014: “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Cidade para as pessoas: proteção e prioridade ao pedestre”.
Tudo bem que mobilidade humana, proteção e prioridade ao pedestre tem que ser todo dia, mas para as cidades e as pessoas que querem fazer algo, efetivamente sério, o momento de começarem a se mexer é agora!


Infelizmente, temos no nosso país uma cultura de planejamentos e ações, principalmente em segurança no trânsito, voltada apenas para as datas comemorativas. É só chegar a Semana Nacional do Trânsito que as escolas e os professores ficam em polvorosa. No meio do corre-corre para decorar toda a escola os alunos ensaiam dramatizações, jograis, paródias, participam de concursos de cartazes, de pintura, de frases sobre o trânsito e de tantas outras atividades. Mas, ao longo dos outros dias do ano o assunto trânsito mal entra na pauta.


O trânsito nas escolas pode ser trabalhado diretamente em 5 dos 6 temas transversais, mas quem é que disse que se trabalha trânsito na escola? Cada escola tem o seu Projeto Político Pedagógico (PPP), mas, quantos incluem o trânsito em suas metas a serem trabalhadas a curto, médio e longo prazo?


Talvez, na Semana Nacional do Trânsito, as secretarias de educação em muitos municípios organizem concursos de redação e até premiem as melhores frases daqueles alunos que escrevam que as cidades devem ser pensadas e planejadas para as pessoas e não para os veículos, mas será que os governantes que vão entregar os prêmios estão fazendo isso na sua própria cidade?


Talvez a frase vencedora desse tipo de concurso na Semana Nacional do Trânsito seja aquela do aluno que dirá que uma cidade feita para as pessoas é aquela em que se estimula o uso da bicicleta como transporte alternativo para pequenos percursos. Talvez, essa criança até ganhe como prêmio uma bicicleta, mas será que a sua cidade vai lhe oferecer condições seguras de pedalar no lazer ou na ida e vinda para a escola?


Isso faz pensar sobre que tipo de importância se está dando à Semana Nacional do Trânsito e se estaremos premiando apenas o que queremos ouvir e não fazemos em nossas cidades.


O fato é que não se pode pensar que um dia teremos cidades para as pessoas, proteção e prioridade ao pedestre enquanto o próprio governo zera as taxas e impostos para incentivar a compra de carros novos sem oferecer malha viária decente e segura num país em que morrem, por ano, mais de 60 mil pessoas em acidentes.


Porque fazer uma cidade para as pessoas com proteção e prioridade ao pedestre inclui também medidas de engenharia, de fiscalização e de educação que possibilitem o deslocamento com segurança, conforto e acessibilidade para todos: pedestres, ciclistas e condutores.


Inclui quebrar velhos paradigmas e estereótipos de que tanto a qualidade de vida quanto o ideal de felicidade do século 21 se resumem a ter um carro ou uma moto. Enquanto as cidades e os países mais evoluídos também em mentalidade e em cultura implantam medidas que priorizam as cidades para as pessoas e as áreas de convivência humanas em detrimento do veículo, continuamos caminhando na contramão, fazendo todo tipo de mudança que favoreça o fluxo de veículos.


Numa cidade planejada para as pessoas as sinaleiras para pedestres oferecem mais tempo para as travessias humanas. Numa cidade planejada para as pessoas há investimentos em ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas; há modificação do traçado e da geometria das vias para favorecer a vida das pessoas nas cidades com espaços de convivência arborizados e humanamente recriados.


Nas cidades planejadas para as pessoas, em vez de se construir mais pistas para os carros e aumentar a velocidade permitida, reduz-se a velocidade como uma forma de aumentar a segurança, a proteção e a prioridade para os pedestres, porque é isso que reduz os impactos de acidentes e morbimortalidade de pessoas no trânsito.


Não se trata de ser contra o veículo, mas de se encontrar uma forma de uso racional para atender as necessidades de deslocamento das pessoas, estejam elas sobre rodas ou não.


Também não se trata de importar modelos do que deu certo lá fora e usar como carbono no Brasil, um país com uma frota que não pára de crescer e também onde mais se mata e se fere no trânsito e onde tudo que se tenta no sentido de impactar menos as cidades e reduzir a acidentalidade não dá resultado! Trata-se de abordar o problema com a devida seriedade e mudança de mentalidade que se pede.


Pertenço a uma escola que entende e defende que a Semana Nacional do Trânsito deveria ser aquele período em que todo o Brasil se reuniria em torno das ações realizadas ao longo de todo o ano para analisá-las, reavaliá-las e melhorá-las para cuidar melhor das pessoas e prevenir ainda mais a acidentalidade.


Já que muitas cidades não terão o que avaliar na Semana Nacional do Trânsito deste ano, que a programação não seja só comemorativa. Que sirva como reflexão para o país entender que assumimos perante o mundo o compromisso de reduzir para 11 as 23 mortes a cada 100 mil habitantes até o ano 2020 com uma taxa de mortalidade de mais de 60 mil mortos por ano.


Que sirva para o país entender os custos tangíveis e intangíveis de tudo isto. Afinal, as mudanças que tanto esperamos para um trânsito mais humano e seguro começam pela mudança de mentalidade. E que em vez de apaixonados por carros como querem que acreditemos que somos, sejamos apaixonados pela vida ao ponto de construirmos cidades com segurança, proteção e prioridade à vida.

A VIRTUDE MORAL DE ARITOTELES NA REPETIÇAO DE BOAS PRATICAS.

Virtude no trânsitoVirtude. Há quanto tempo não pensamos sobre o significado dessa palavra?


Aristóteles (384 aC – 322 aC) foi aluno de Platão e professor de nada menos do que ”Alexandre - O Grande” e, desde jovem, dedicou-se a refletir sobre as simples e, ao mesmo tempo, grandes questões da vida, prática atualmente quase abandonada, como, por exemplo, no caso do questionamento e do entendimento do que vem a ser a virtude.


Pra começo de conversa, a virtude não é singular em sua dimensão, podendo ser aplicado em diversos vieses, sendo que, neste artigo, vamos nos restringir somente ao esclarecimento da virtude moral no ambiente do trânsito.


A virtude é uma qualidade moral particular que denota a disposição de um indivíduo para praticar o bem, não se tratando de uma característica nata, ao invés disso se apresentando como uma forma de conduta, representada pela repetição constante de atos motivados pela vontade do homem em prol do bem.


Mas como podemos saber o que é o bem?


Em resumo, bem é a finalidade de toda a ação, princípio fundamental da teleologia (ramo da filosofia para o estudo dos fins, dos propósitos e dos objetivos).


Segundo Aristóteles, a busca do bem seria um dos diferenciadores do agir racional humano do agir bestial dos animais, portanto não agir de forma racional e não buscar o bem nos igualaria aos animais.


O bem não se define em si mesmo, se constituindo a partir da adequada junção de “bens” ou virtudes humanas, quais sejam a amizade, a prudência, a temperança, a generosidade, a paciência, a caridade, a humildade e a honra, entre outros. Essa junção se dá pela deliberação do indivíduo de acordo com o caso concreto, a partir de uma educação adequada e prática de ações racionais compatíveis com essa educação. Para Aristóteles, o racionalismo deveria controlar e ordenar a paixão e a repetição do agir pelo bem, o quê nos capacitaria à prática de atos justos.


Para ser “do bem”, na visão de Aristóteles, devemos ser úteis à comunidade na qual estamos inseridos, e, com nossa utilidade, seremos felizes. Nessa visão, a felicidade não é entendida como um estado, mas como um processo em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento.


Considerando a falibilidade humana, em alguns momentos ou estágios, poderá o homem não agir de forma a alcançar o bem, ou de forma a alcançá-lo apenas parcialmente. Daí discorre com grande sapiência o filósofo ao caracterizar o virtuoso como aquele que vive pelo meio-termo entre o excesso e a falta, o quê caracteriza o estado de moderação. Virtuoso, portanto, não é o quê nunca errou, mas o que busca acertar, acertando em muitas vezes.


A partir do exposto, podemos depreender que, para alcançar a harmonia no trânsito, precisamos valorizar o hábito de agir em prol do bem comum, antes do interesse particular momentâneo. Isso se mostra até mesmo em pequenos atos de gentileza, como respeitar aquele que pretende cruzar uma faixa de pedestres, ainda que estejamos com pressa, ou não estacionar numa vaga reservada para idosos ou deficientes físicos, ainda que não existe nenhuma outra livre por perto.


No entanto, a cultura vigente valoriza o bem sucedido, a superexposição do célebre, o individualismo, a supremacia dos direitos sobre os deveres, o culto ao veloz e ao furioso, o levar vantagem em tudo, certo? (Lei de Gérson). Desse jeito, nada se pode imaginar diferente do que a situação que nos está posta.


O trânsito é um ambiente de interação que envolve diversos partícipes, muitos desconsiderados em várias circunstâncias, quais sejam os condutores, os pedestres, os ciclistas, os veículos de tração animal e humana (carroças) e os seres vivos (animais e vegetais). Todos devem ser respeitados em sua justa medida, outro conceito de Aristóteles que foge do senso comum, o do justo equitativo, pois compreende tratar os iguais de forma igual, mas os diferentes de forma diferente, protegendo os hipossuficientes e os vulneráveis, que é a intenção fundamental que reveste o nosso CTB (Código de Trânsito Brasileiro), como, por exemplo, em seu artigo 29 parágrafo 2º:


 Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:


§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.


Costumamos frequentemente ouvir que o problema do trânsito decorre dos “outros”, os governantes e autoridades, os maus motoristas e motociclistas, os pedestres desrespeitosos e desatentos, os veículos que desgovernam ou falham, quase nunca confessamos sermos parte deste problema, sempre buscamos uma justificação para o nosso comportamento inapropriado.


Vamos reafirmar um contrato social (revisitando Jean-Jaqcues Rousseau) a fim de reconhecer contra todos (erga omnes) um conjunto de regras, mais especificamente de ordem ética e moral, a fim de estabelecermos uma ordem social que nos tire desse “estado de natureza”, onde todos parecem estar contra todos e prevalece o mais forte, onde cada indivíduo parece agir como um “lobo” do próprio homem (Thomas Hobes), para passar a assegurar a paz e a defesa comum no trânsito, o resultado para todos dependerá das repetidas ações individuais de cada um para o bem, ou seja, se cada um for virtuoso, todos passarão a ser, enfim gentileza gera gentileza (“Profeta Gentileza”).
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    quarta-feira, 11 de junho de 2014

    COMISSAO APROVA ALARME PARA CAÇAMBA LEVANTADA EM CAMINHOES .

    Caçamba em caminhõesMedida busca evitar acidentes como o ocorrido em janeiro no Rio de Janeiro, quando um caminhão derrubou uma passarela na Linha Amarela
    A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou, no dia último dia 21, proposta (PL 5528/13) que torna obrigatória a instalação de alarme, nos caminhões com caçamba-basculante, para alertar o motorista quando a caçamba estiver levantada.


    O projeto, do deputado Antônio Bulhões (PRB-SP), muda o artigo do Código de Trânsito Brasileiro (Lei9.503/97) que enumera os equipamentos obrigatórios para que veículos possam trafegar com segurança.


    Atualmente, alguns caminhões já têm um sistema de travamento e outros possuem um sinal luminoso, mas eles não são considerados suficientes. A ideia é que haja um sinal sonoro caso a caçamba esteja afastada do chassi para chamar a atenção do condutor.


    O relator, deputado Jaime Martins (PSD-MG), acredita se tratar de uma medida barata e eficaz, uma vez que, ao ser avisado do levantamento da caçamba-basculante, o condutor poderá acionar o rebaixamento, evitando acidentes.


    "É um mecanismo fácil de ser colocado, a um custo extremamente baixo. Muitas vezes, o motorista transita com a caçamba levantada por uma distração, por acionamento indevido. Então, se isso correr, ele vai ter um alerta sonoro e visual que impedirá a ocorrência de danos", argumentou.


    Acidente na Linha Amarela
    Não são raros os casos de colisões de caçambas-basculantes contra viadutos e passarelas de pedestres. No início do ano, no Rio de Janeiro, um motorista de caminhão trafegava com a caçamba levantada quando derrubou uma passarela na Linha Amarela. O acidente provocou a morte de cinco pessoas e feriu outras quatro, uma delas o próprio motorista do veículo.


    O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga no DF, Juvenil de Mendes Filho, informou que alguns motoristas de caminhão já vêm instalando o dispositivo sonoro, que custa, em média, R$ 50, por conta própria e que isso é importante para a segurança de todos.


    "No dia a dia do manuseio da caçamba, o motorista vai se acostumar a tocar a campanhia para alertar os outros cidadãos”, observou.


    Rejeição
    A comissão, por outro lado, rejeitou o Projeto de Lei 5669/09, do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que obriga as montadoras a incluir uma série de mecanismos de segurança nos automóveis, como trava de funcionamento do motor; microfone; sistema de comunicação com acesso à polícia; sinalização de emergência; sistema eletrônico de localização do veículo; botão de abertura no interior do porta-malas; entre outros.


    Na opinião de Jaime Martins, o projeto, que tramita em conjunto com o PL 5528/13, provocaria elevação automática dos preços dos carros, pois a tendência é que as fábricas repassem aos consumidores o ônus dessa obrigatoriedade.


    Tramitação
    A proposta que prevê a instalação de alarme nos caminhões com caçamba-basculante segue agora para análise conclusiva da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    CICLISTA FELIZ ..

    Ciclista é mais felizA vida sobre duas rodas não é boa apenas para a saúde e o meio ambiente – ela também é ótima para o bom humor
    À extensa lista de benefícios que o ciclismo gera para as cidades, adicione mais um: a felicidade. É o que aponta um novo estudo que avaliou como o transporte escolhido afeta o nosso humor e bem estar.


    Pessoas que usam a bicicleta nos seus deslocamentos diários são geralmente mais felizes do que aqueles que dirigem carro ou utilizam transporte de massa, mostra a pesquisa “Mood and mode: does how we travel affect how we feel?”.


    O estudo oferece insights sobre formas de melhorar os serviços de transporte existentes, priorizando investimentos em áreas que tragam mais resultados positivos.


    “Nossos resultados sugerem que o uso da bicicleta pode ter benefícios além daqueles associados à saúde e mobilidade normalmente citados”, dizem os autores.


    “Valorizar a experiência emocional no trânsito pode ser tão importante quanto melhorar os recursos de serviços tradicionais, como rodovias e tempo de viagem”, acrescentam.


    Depois dos ciclistas, os passageiros de carro são o segundo tipo de viajante mais feliz. Os condutores de automóveis ficaram em terceiro lugar.


    Por último, aparecem os pilotos e passageiros de ônibus e trem, considerados os mais infelizes.


    O baixo entusiasmo nestes casos, diz a pesquisa, tem a ver com o trajeto mais longo ou menos confortável e, principalmente, com os congestionamentos.

    SONO E CANÇASO REPRESENTA 60% DOS ACIDENTES NO PAIS .

    1073056_84925316No Brasil, motoristas que dirigem com sono são responsáveis por 42% dos acidentes de trânsito, é o que revela o diretor de comunicação do Departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), doutor Dirceu Rodrigues Alves Júnior. Além disso, 18% dos acidentes são ocasionados pela fadiga dos motoristas. Juntos, o sono e o cansaço representam 60% dos acidentes causados no país.

    Estatísticas mundiais da National Traffic Safety Administration (NHTSA), uma entidade americana de segurança viária revela que 40% dos acidentes nas estradas são causados por motoristas cansados. Só nos EUA, são 100 mil acidentes por ano, com 1.550 mortes.

    Segundo Alves, para dirigir, o motorista precisa de três funções importantes: a primeira é a cognitiva, ou seja, a atenção, vigia, concentração, raciocínio e agilidade mental. A segunda função é a função motora, que permite que o condutor tenha respostas imediatas e a última é a função sensório perceptiva que abrange o tato, a visão e a audição. Para que estas funções funcionem de maneira adequada, é necessário que o sono esteja em dia. É possível dizer que dormir o necessário é tão importante quanto dirigir sem beber. “O sono é semelhante à ação do álcool sobre o organismo”, completa o diretor.

    Além do sono fisiológico, ou seja, a necessidade biológica do indivíduo de dormir existe também o sono ocasionado pelo cansaço. “No veículo nós temos o ruído, a vibração, e as imagens que passam no campo visual e que funcionam como um pêndulo, fazendo a hipnose do indivíduo. Estes elementos também são indutores do sono, pois fazem lembrar a mãe ao embalar o filho para dormir”, comenta Alves.

    Para o coordenador do Centro de Estudo Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e chefe da disciplina Medicina e Biologia do Sono, Marco Túlio de Mello, dirigir durante todo o dia, inclusive durante a noite, traz consequências a curto e longo prazo. “A curto prazo, ocorrem alterações no humor. As pessoas ficam mais irritadas, pode ocorrer perda de memória, atenção, concentração e reflexo. A longo prazo, o sistema imunológico cai, fazendo com que este indivíduo fique mais vulnerável a gripe, além da perda de massa muscular”.

    A dica para aqueles motoristas que querem cumprir seus prazos diários sem comprometer o sono é, segundo Mello, respeitar a necessidade de quanto você gosta de dormir e como você gosta de dormir. Cada pessoa tem um tempo de sono específico. “Algumas pessoas precisam dormir menos de 6h, enquanto outras necessitam biologicamente dormir mais do que 9h”. No geral, a média de sono da população é de 7h40.

    FAIXA DE PEDESTRE .

    Travessia elevada para pedestresA medida adotada pelo Conselho Nacional de Trânsito publicada ontem (09) no Diário Oficial da União espera reduzir o número de acidentes em faixas de pedestres. Com a regulamentação, tudo será padronizado, a altura será a mesma da calçada, a rampa por onde passa o carro será levemente inclinada e faixas amarelas devem chamar mais atenção.
    Esse modelo foi inspirado nas faixas utilizadas em vários locais espalhados pelo mundo, onde a utilização de faixas elevadas diminuíram o número de acidentes envolvendo pedestres.


    Conforme a resolução, do órgão de trânsito deve adotar as providências necessárias. " Ela foi publicada ontem (9), no Diário Oficial da União, e temos um prazo de 360 dias para fazer essas alterações (remoção, adequação...).


    Segundo especialistas essas faixas elevadas facilitam a visibilidade do pedestre, na hora em que o motorista  estiver trafegando. Com a regulamentação, elas só serão colocadas em vias onde a velocidade permitida não exceda 40km/h.  Na normativa do conselho as outras faixas que estiverem fora do padrão devem ser alteradas até junho de 2015.


    E segundo o Código Nacional de Trânsito aquele que não der preferência para o pedestre atravessar na faixa, sofrerá penalidade considerada gravíssima, com multa que chega a 7 pontos na carteira.

    domingo, 8 de junho de 2014

    GOOGLE PROMETE LANÇAR CARRO AUTONOMO EM UM ANO .

    Carro autônomo do GoogleO Google divulgou novos dados e imagens do carro autônomo que vem sendo preparado por eles há alguns anos. Esteticamente falando, o modelo atual é completamente diferente do modelo do início do projeto, principalmente porque o projeto iniciou com o Toyota Prius (além de ter adaptado também um Audi TT e um alguns Lexus RX450h) como plataforma e o carro apresentado agora não é um carro adaptado e sim um carro totalmente fabricado por eles.
    O visual tem chamado a atenção por lembrar um carro de desenho animado. Um fator positivo dessa alteração é que o carro utilizado anteriormente era duas ou três vezes maior que o carro atual. Ainda não foram divulgados muitos detalhes sobre a mecânica do carro. Os detalhes que sabemos até o momento é que se trata de um veículo elétrico que atinge no máximo 40km/h. Outra grande diferença dos modelos anteriores é que agora o veículo não possui nenhum dos controles convencionais como volante, pedais, marcha, etc, possui apenas um botão de ligar e desligar.


    O veículo, que utiliza um conjunto de câmeras e sensores para andar sozinho, possui ainda um material macio no para-choques e um para-brisa flexível. A ideia é tentar reduzir os danos em um possível atropelamento.


    A empresa divulgou que pretende produzir em um ano alguns veículos para testes em Detroit. Foi divulgado também que os veículos protótipos já percorreram mais de 1 milhão de km em testes por ruas com pouco trânsito e nenhum acidente foi registrado utilizando a tecnologia autônoma. O desafio agora é testar em situações reais e avenidas movimentadas.

    ONIBUS E ESCAPAMENTO

    Escapamento de ônibusObjetivo é reduzir a aspiração de monóxido de carbono por pedestres e motoristas
    A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (28), projeto (PL 6101/13) do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) que torna obrigatória a instalação de cano de descarga superior traseiro em todos os ônibus, micro-ônibus e caminhões em circulação no Brasil, sejam eles produzidos ou não no País. O objetivo é reduzir a aspiração de monóxido de carbono por pedestres e motoristas.


    A proposta estabelece o prazo de um ano para adaptação dos veículos já produzidos e adequação das montadoras e fabricantes ao novo dispositivo.


    O texto exige que o cano seja coberto por material isolante térmico e determina que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) elabore as especificações técnicas dos equipamentos e estabeleça penalidades pelo seu descumprimento.


    O relator, deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), defendeu a aprovação da proposta. Segundo ele, a redução da poluição urbana depende de avanços tecnológicos dos veículos, além de investimentos em transporte de massa mais eficientes. “Trata-se de uma pequena adaptação, muito bem aplicável à frota existente”, afirmou o parlamentar.


    Tramitação 
    O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões Viação e Transportes; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    PALESTRA DIA 05 e 06 de JUNHO em MANAUS

     LEANDRO DEU UM SHOW DE BOLA COMO PALESTRANTE, FOI MUITO INTERESSANTE ESSA  ENTRE EMPRESA E CLIENTES, TA DE PARABENS, ATE PORQUE CONHEÇIA A MARCA, MAS NAO CONHECIA O MOTOR....

    UM ABRAÇO PRA VOCE LEANDRO DOS COLEGAS DE MANAUS A VOCE AI EM CAMPINAS, TAMOS JUNTO AIII..

    quinta-feira, 5 de junho de 2014

    ACORDO ABRE CAMINHO PARA O FIM DE OBRIGATORIEDADE DE SIMULADOR !

    Obrigatoriedade do simuladorDeputados aguardam publicação de nova resolução do Contran para evitar votar projeto que susta efeitos de documento do conselho que estabeleceu regra para CFC
    Um acordo selado em reunião de líderes na Câmara dos Deputados na última semana assegurou o fim da obrigatoriedade do uso de simuladores nas autoescolas para treinamento de novos condutores. A obrigatoriedade está prevista na resolução 444 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 25 de junho de 2013. É essa resolução que o projeto de decreto legislativo (PDC) 1263/2013 pretende sustar. Mas, depois do acordo feito na reunião, a previsão é que o projeto nem seja votado, já que o Denatran tem prontas duas minutas de resolução para substituir a que atualmente está em vigor.


    O trato fechado entre deputados e Denatran é que até o próximo dia 5 o Contran publique as duas resoluções apresentadas para os deputados. Um delas acaba com a obrigatoriedade do uso do simulador. A outra, permite que parte das aulas noturnas seja feita pelos alunos no simulador, para os centros de formação que já disponham do aparelho. O Contran se reúne nesta semana para discutir o acordo traçado com os parlamentares. Caso algum imprevisto aconteça e as novas resoluções não sejam publicadas, os deputados pautarão e votarão o PDC para derrubar a obrigatoriedade do uso de simuladores.


    “Não sendo algo obrigatório, quem acha bom usa, quem não acha não usa”, diz o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), presidente da Comissão de Viação e Transportes. “Você não pode impor isso por resolução”, acrescentou ele, em resposta à polêmica que envolve defensores e críticos do uso de simuladores.


    Segundo o parlamentar, a ideia é fazer uma avaliação do quadro até o final do ano a partir da não obrigatoriedade. Defensor do uso dos simuladores, o deputado Hugo Leal (PROS-RJ) acredita que o acordo fechado não significa o fim do uso dos simuladores. “Acho que o simulador é essencial, aprimorará o aprendizado, mas ele tem de se consolidar por ele mesmo”, diz Leal. “Tudo que é obrigatório acaba tendo uma imagem ruim. Creio que o simulador se consolidará e ficará demonstrado que é viável”, afirma o deputado. Relator do PDC 1263/2013 na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado José Stédile (PSB-RS) também acredita que o fim da obrigatoriedade não significará o fim do simulador nos Centros de Formação.


    Pouco tempo para discussão


    Stédile, entretanto, partilha a opinião de alguns dirigentes de entidades de classe ligados ao setor de que o assunto caminhou de forma muito rápida no parlamento. “Tivemos pouco tempo para discussão”, admitiu o deputado, que justificou o tempo curto de debates em função do próprio prazo de tramitação regimental do PDC, que é de 30 dias. Ele também acredita que o tempo levará à consolidação do uso do simulador, mesmo sem a obrigatoriedade.


    Sawana Carvalho, presidente da Associação Nacional dos Detrans AND), lamenta o acordo para acabar com a obrigatoriedade do simulador. “Para gente é uma tristeza que o parlamento pense assim”, resume ela. A opinião da dirigente do AND é partilhada por Eduardo Cortez, consultor do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Rio Grande do Sul. “Acho absurdamente ridículo fazer isso (acabar com a obrigatoriedade)”, dispara ele.


    Os estados do Rio Grande do Sul e Acre são aqueles que estão mais adiantados no cumprimento da portaria que estabeleceu a obrigatoriedade do uso de simulador nos Centros de Formação de Condutores. Cortez diz que no Rio Grande do Sul já foram expedidas mas de 9 mil carteiras de habilitação a condutores formados dentro do esquema de aulas com simulador. “Alguns estados não querem fazer os investimentos para se adequar”, declara ele, que estima em R$ 50 mil o investimento para compra e instalação do simulador.


    Cortez critica a posição do Contran. “Como é que ficamos? Então você baixa um norma que depois é derrubada meses depois por outra? O uso do simulador permite ao aprendiz aprender vivenciando situações. Ele pode até capotar”, diz ele. “O trânsito no Brasil está matando. Precisamos fortalecer a formação dos condutores”, critica Sawana. De acordo com a dirigente da AND, os CFC têm registrado crescimento de 75% no número de aprovação dos condutores que usam o simulador.

    TRATORES GABRICADOS APARTI DO DIA 01 DE AGOSTO !!

    Licenciamento de tratores
    MP altera o atual Código de Trânsito Brasileiro e prevê o registro e o licenciamento de tratores e demais máquinas agrícolas fabricados após o dia 1º de agosto de 2014
    O Governo Federal publicou esta semana, no Diário Oficial da União, a Medida Provisória (MP) 646 que dispõe sobre o emplacamento e a condução de tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinário agrícola de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas. A MP altera o atual Código de Trânsito Brasileiro e prevê o registro e o licenciamento de tratores e demais máquinas agrícolas fabricados após o dia 1º de agosto de 2014.

    Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, a exigência do licenciamento de máquinas agrícolas é desnecessária. “As máquinas já são identificadas na indústria, com o número de série e com modelo. Além disso, são de uso restrito ao campo e só trafegam nas rodovias eventualmente. Não faz sentido fazer o licenciamento, isso só aumenta a burocracia e onera o produtor rural”, diz Prado.

    Os tratores e demais máquinas agrícolas estão isentos da renovação periódica do licenciamento. Outra mudança que a MP traz é a permissão ao condutor de trator agrícola para transitar em via pública portando Carteira Nacional de Habilitação na categoria B. Até hoje, era exigida dos tratoristas a habilitação nas categorias C, D ou E, concedida apenas aos motoristas profissionais.

    MODAÇLIDADE DE VEICULOS ELETRICOS !!

    Veículo elétrico
    Mais do que uma data comemorativa, o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é um convite à reflexão. No quesito mobilidade urbana, optar por veículos elétricos tornou-se uma opção difícil de ser batida. Isso porque esses veículos trazem a rapidez de deslocamento aliada à economia e à sustentabilidade. Segundo uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS), o carro é o principal responsável pela poluição do ar nos grandes centros.
    Enquanto os carros elétricos não são uma realidade no Brasil, as alternativas sustentáveis de locomoção mais procuradas são os skates, scooters elétricos, além das bicletas. Segundo Tairone Passos, diretor da TwoDogs empresa especializada em veículos elétricos e sustentáveis, este é um mercado que só vem crescendo.


    “É um mercado em amplo crescimento. Pudemos percebemos ao longo desses anos trabalhando primeiro com o skate elétrico, depois com a scooter e agora com as bikes elétricas, que a demanda por veículos elétricos cresce de forma paralela ao de veículos como carros e motos. Isso acontece, pois os elétricos são usados para distâncias mais curtas e para atividades rotineiras”, conta Tairone.


    Ainda de acordo com dados da empresa, o crescimento geral de vendas de 2011 para 2012 foi de 70%, com destaque para as scooters elétricas (patinetes elétricos, não as motonetas), que cresceram em 188% as vendas. Em 2013, o crescimento atingiu 50%.


    Conheça mais sobre os veículos alternativos


    O skate elétrico chegou ao Brasil em 2008 e se consolidou como um jeito novo, prático e econômico de locomoção. Basicamente com a mesma estrutura dos skates originais, ele possui o diferencial de ser movido por bateria, através de um controle wireless que controla a aceleração e o freio. É oferecido em três versões: a street (terrenos planos), a off-road (para qualquer terreno) e o Mega-road, que tem tamanho, peso e valor reduzidos, mas encara qualquer terreno. A bateria de qualquer um deles dura aproximadamente uma hora e meia, e chega a percorrer 15 km com a carga completa. Sua velocidade chega a 40 Km/h.


    A scooter elétrica é um jeito prático e divertido de lazer e mobilidade. Com a opção de tirar o banco, ele vira um patinete que pode ser utilizado tanto de pé, quanto sentado. Com a carga completa tem autonomia de duas horas e pode chegar a 40 Km/h. Além disso, a scooter é um meio de transporte alternativo, já que não polui, é feita de material reciclável, com pneus de alta durabilidade e movido à bateria. Ela funciona com botão de liga/desliga e uma chave, que dá a partida. Sua velocidade, controlada pelo guidão (semelhante à de uma moto) pode atingir até 40 km/h. A scooter é dobrável.


    A Pliage é uma bicicleta leve, pequena e dobrável, cabendo facilmente em qualquer cantinho dentro de casa ou do escritório. Um dos atrativos é também o preço: seu custo chega a ser 200% a 60% menor do que suas concorrentes diretas no mercado brasileiro. A bicicleta dobrável Two Dogs possui quadro de aço carbono de alta resistência e os freios são a disco. O sistema de cambio é da tradicionalíssima Shimano e os aros são de alumínio em chapa dupla oferecendo assim alta resistência e vida útil. Outros vários componentes como blocagens, canote do selim, entre outras também são de alumínio.

    quarta-feira, 4 de junho de 2014

    VOLANTE E GRAVIDAS E GESTANTES !

    Gestantes em veículosConfira algumas dicas valiosas para as gestantes dirigirem confortavelmente e de forma mais segura
    Grávidas precisam redobrar a atenção enquanto dirigem para garantir conforto e segurança ao bebê em meio ao trânsito. De acordo com estudo do Grupo Banco do Brasil e da Seguradora Mapfre, saber posicionar o volante e o cinto de segurança corretamente são as primeiras medidas para as grávidas guiarem por aí com muito mais tranquilidade.


    Inicialmente, a gestante deve avaliar a correta posição do assento. O ideal é que haja no mínimo 25 centímetros entre o tórax da motorista e o volante , mantendo sempre as costas bem apoiadas no encosto. Também existe uma posição correta para o cinto de segurança: a faixa deve ficar sobre o ombro, passar por entre as mamas e finalizar abaixo do ventre. Nunca  a deixe em cima da barriga, pois, em uma colisão, podem ocorrer graves ferimentos na gestante e no bebê.


    Caso a gestante viaje no banco traseiro, deve optar sempre pelo cinto de três pontos e nunca o do tipo abdominal.

    CADEIRINHA ISOFIX

    Sistema isofix para cadeirinhasPais que têm carro com o sistema e acharam que comprariam cadeirinha mais segura terão que esperar, pois portaria do Inmetro não é definitiva
    Parecia que finalmente o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) começaria a certificar cadeirinhas e demais dispositivos de retenção infantil (como bebê conforto e booster) com o sistema Isofix para a liberação de sua venda no Brasil.


    Muito mais seguro do que o método usado hoje de se prender a cadeira pelo cinto de segurança, o uso do Isofix – que consiste na fixação do dispositivo de retenção por meio de ganchos diretamente na estrutura do veículo – vem sendo pleiteado por diversos setores da sociedade, que cobram do Inmetro a certificação de cadeirinhas com o sistema. Como o Isofix ainda não é contemplado pelas normas nacionais, não há certificação e consequentemente as cadeirinhas com o sistema não podem levar o selo do Inmetro, tornando sua comercialização ilegal no país. Somente a importação, feita diretamente pelo consumidor, é permitida. A publicação da Portaria 18 do Inmetro, de 14 de janeiro, que foi amplamente divulgada, deu a impressão (e a esperança) de que em breve as cadeirinhas com Isofix já estariam no mercado. Que nada. Elas ainda estão bem longe de chegar às lojas. 


    Segundo o Inmetro, a Portaria 18 ainda não tem efeito definitivo, mas “novos critérios de certificação serão publicados até o final de junho, incluindo o sistema de fixação Isofix”. Em e-mail enviado à reportagem, o instituto afirma que o sistema Isofix só estará disponível/certificado no mercado após nova portaria ser publicada e os organismos de certificação de produtos estarem aptos para isso. Os testes serão realizados em laboratório na cidade de Milão, na Itália, já que, também segundo o Inmetro, não existe laboratório qualificado no Brasil. 

    ContradiçãoNo mesmo e-mail, o órgão informa que os dispositivos de retenção já certificados ainda não têm o sistema Isofix. Afirma desconhecer a venda de cadeirinhas com Isofix no mercado hoje, reforçando que, “caso exista, não está certificada”. Mas em nota divulgada à imprensa, quando da publicação da Portaria 18, em janeiro, o diretor de Avaliação de Conformidade do Inmetro, Alfredo Lobo, declarou que “atualmente, existem no mercado nacional apenas cindo modelos de cadeirinhas com Isofix”. Questionada sobre a legalidade de tais modelos, a assessoria de imprensa do Inmetro afirmou que foram certificadas por permitir também a instalação por meio do cinto de segurança, sendo certificadas apenas para uso desta maneira e não com o sistema Isofix.


    Lojas

    A reportagem também ouviu lojas de produtos infantis e fabricantes, a maioria representados por importadores (já que a maior parte dos dispositivos de retenção infantil vendidos no Brasil é importada). De fato, ainda não há previsão de comercialização das cadeiras com Isofix. Alguns arriscam dizer que “talvez até outubro, já que as cadeiras existem na Europa, estando apenas esperando a certificação para virem para o Brasil”. Muitos afirmaram que já venderam no passado, mas tiveram que excluir os modelos com Isofix depois que a certificação dos dispositivos de retenção infantil, pelo Inmetro, passou a ser compulsória (ou seja, obrigatória).


    A assessoria de imprensa da marca italiana Chicco, por exemplo, informou que a marca desenvolve e comercializa as cadeiras com Isofix na Europa há vários anos. Mas para a venda no Brasil aguarda a certificação das cadeirinhas, que ainda dependem de nova regulamentação do Inmetro. A Burigotto, uma das marcas mais tradicionais no país, por ter fábrica em Limeira (SP), não retornou as ligações e e-mails da reportagem.

    Preço

    Para a coordenadora da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, a certificação das cadeirinhas com Isofix é um grande avanço, mas não se pode deixar de trabalhar também a melhora da eficiência quando o dispositivo for preso ao cinto de segurança. “É preciso trabalhar a melhora nesse tipo de instalação, até que se popularize o uso do dispositivo com Isofix que, hoje, ainda é caro”, avalia.

    Carro compatível
    Para usar um dispositivo de retenção infantil com o sistema Isofix, é importante que o carro também ofereça o sistema. Há até pouco tempo, isso era comum apenas nos modelos importados de luxo ou na melhor das hipóteses em nacionais do segmento médio. Mas a oferta vem aumentando e algumas montadoras já enxergam na inclusão do Isofix no veículo um importante diferencial de segurança. Atualmente, modelos compactos como o Ford New Fiesta, Hyundai HB20 e o recém-lançado VW Up! já têm o sistema Isofix.

    BAFOMETRO, MARCIA FONTE RECUSA .

    Recusa ao bafômetroBeber e dirigir, infelizmente, faz parte das práticas sociais de muitas pessoas e, infelizmente, nem todos caem nas malhas da fiscalização. Dentre os flagrados, também tem sido prática comum a recusa ao teste de etilômetro, restando ao agente de trânsito a aplicação da Lei 12.760/2012 e da Resolução 432/12 do CONTRAN, no que se refere a constatação da embriaguez pelo conjunto de 18 sinais característicos. Só que numa suposta tentativa de punição ao condutor ou por falta de preparo, muitos agentes de trânsito e até delegados de polícia autuam aplicando o art. 306 do CTB (crime de trânsito) quando na verdade o condutor cometeu uma infração administrativa (art. 165).
    A tônica deste post não vai em defesa à impunidade para bêbados ao volante, até porque quem é flagrado infringindo o art. 165 não sai impune: é autuado, tem a CNH recolhida, 7 pontos negativados no prontuário, multa agravada x 10  no valor de R$ 1.915,40 (dobra a cada reincidência), retenção do veículo e abertura de processo administrativo para suspensão do direito de dirigir por até 12 meses.


    Trata-se, na verdade, de diferenciar entre o que é infração e o que é crime de trânsito, haja vista a necessidade de assegurar a correta autuação pelo agente e pela autoridade policial, a fim de evitar que um condutor seja indevidamente autuado por crime quando na verdade cometeu uma infração.


    A nova Lei Seca endureceu a fiscalização de maneira que qualquer dosagem alcoólica no sangue ou expelida pelo ar alveolar no teste de etilômetro (considerado o erro metrológico de 0,4mg/L) já seja motivo de autuação. Caracteriza-se infração de trânsito cada vez que o condutor dirige sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência (art. 165).


    Nos casos em que o condutor se recusa ao teste de etilômetro, se não houver outros tipos de provas aceitas como vídeos, fotos e testemunhas, cabe ao agente aplicar o que diz a Resolução 432/2012 e constatar a embriaguez e as alterações psicomotoras pela combinação de 18 sinais característicos.


    São eles, quanto a aparência: sonolência, olhos vermelhos, vômitos, soluços, desordem nas vestes e odor etílico no hálito. Quanto a atitude do condutor, o agente de trânsito observará: agressividade, arrogância, exaltação, ironia, se está falante e disperso. Quanto a orientação, o agente observará se o condutor sabe onde está e se sabe dizer que dia e horas são. Quanto a memória, o agente observará se o condutor sabe o seu endereço e se ele se lembra dos atos cometidos. Quanto a capacidade motora e verbal, o agente observará se o condutor apresenta dificuldades de equilíbrio e fala alterada. É o conjunto desses sinais que vai determinar a autuação por crime de trânsito no art. 306, a condução à delegacia e a prisão.


    Mas, quando o condutor apresenta apenas o odor etílico e olhos vermelhos? Isso é suficiente para autuá-lo por crime de trânsito quando tais sinais também caracterizam a infração?


    O art. 306 é bem claro para a caracterização do crime de trânsito: “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.” Nesses casos, além das penalidades e medidas administrativas do art. 165, o condutor é conduzido à delegacia e, se não tiver condições de pagar a fiança, aguardará julgamento preso. A pena prevista para o crime de trânsito (art. 306) é de 6 meses a 4 anos de reclusão.


    Olhos vermelhos e odor etílico, por si só, não caracterizam as alterações psicomotoras que causam a condução anormal do veículo, dirigir em zigue-zague, subir no canteiro ou calçada, dirigir em velocidade muito abaixo ou muito acima da permitida e colocar em risco a própria incolumidade e a dos outros.


    Sendo assim, ainda que o condutor tenha bebido, caso não apresente sinais de tais alterações psicomotoras, entende-se que não há o crime de trânsito por embriaguez ao volante, somente infração administrativa. É o que os Tribunais têm decidido. Nesses casos, a autuação passa a ser de infração administrativa, a fiança é devolvida e o processo nem segue à frente.


    APELAÇÃO CRIMINAL


    PROCESSO N.º 0152544-48.2012.8.19.0001


    APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO


    APELADO: DIEGO ALVES BENICIO


    RELATOR: DES. FRANCISCO JOSÉ DE ASEVEDO


    SESSÃO DE JULGAMENTO: 18/06/2013


    PRESIDENTE: DES. ANTÔNIO EDUARDO FERREIRA DUARTE


    EMENTA–APELAÇÃO CRIMINAL. EMBRIAGUEZ AO VOLANTE (ART. 306 DA LEI N.º 9.503/97). SENTENÇA QUE ABSOLVE SUMARIAMENTE O ACUSADO PELA PRÁTICA DO DELITO TIPIFICADO NO ART. 306 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, POR AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A DEFLAGRAÇÃO DA AÇÃO PENAL. PRETENSÃO MINISTERIAL À REFORMA DA SENTENÇA E AO PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL QUE SE NEGA. DELITO QUE EXIGE O PERIGO CONCRETO PARA A COLETIVIDADE. PEÇA INICIAL QUE NÃO DESCREVE QUALQUER COMPORTAMENTO ANORMAL NA DIREÇÃO DE VEÍCULO. CONDUTA ATÍPICA. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL. APLICAÇÃO DO ART. 397, III, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA CARACTERIZADA. APLICAÇÃO DO ART. 165 DO CÓDIGO BRASILEIRO DE TRÂNSITO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO À NORMA CONSTITUCIONAL OU INFRACONSTITUCIONAL. DESPROVIMENTO DO RECURSO.


    É óbvio que por meus princípios e como educadora de trânsito eu não admito que uma pessoa beba e depois vá dirigir colocando a si própria e aos demais em risco. O fato é que, embora discordando que alguém beba e dirija, não é minha, nem do agente de trânsito, tampouco da autoridade policial julgar e sentenciar antes do devido processo legal. O mínimo que se espera é que este condutor seja autuado sim, mas em correspondência ao que diz a lei, seja por infração (art., 165) ou por crime de trânsito (art. 306), mas sem tentar agravá-la de propósito ou por falta de preparo e conhecimento.