sábado, 4 de janeiro de 2014

TRANSITO DETRAN E EXAMINADORES .

Quem não conhece as famosas críticas ao comportamento e tratamento dado ao candidato na prova de direção por parte de muitos examinadores de trânsito? Tem até páginas na internet, daquelas que disseminam reclamações e denúncias virais de alunos queixando-se dos avaliadores. A cara amarrada e o que os candidatos chamam de grosseria lideram a lista.


Examinador que chega e nem diz bom dia, examinador que fala em tom seco demais, imperativo, ameaçador, avaliadores que fumam dentro do carro durante o exame e que atendem ou falam ao celular. Mas a cara séria e de poucos amigos ganha!


Nesses sites bem fáceis de se achar no Google os alunos reclamam que os examinadores gritam com as pessoas, potencializando o nervosismo e induzindo ao erro. Não raro, há alunos que os acusam de interromper o movimento dos pedais ou mesmo segurar ou puxar o volante durante a prova.


É claro que muitos candidatos que reprovam no teste prático do Detran também tem aquela mania nacional de ficar de dedo em riste procurando culpados para a reprovação e podem ter certeza que o primeiro deles a ser acusado vai ser o examinador, depois o instrutor e a autoescola inteira.


Por outro lado, não se espera outra coisa de um examinador de trânsito que ao perceber que o aluno vai avançar um cruzamento, uma via preferencial sem os devidos cuidados ou perder o controle do carro, a não ser que estanque de alguma forma o movimento do veículo.


Há quem tente explicar o suposto excesso de austeridade de alguns examinadores à função que muitos exercem como policiais civis e ao fato de não estarem lá para arreganhar os dentes a ninguém, mas sim para avaliar como o futuro motorista vai dirigir nas ruas e como agirá com relação à segurança para evitar acidentes.


Interagindo diariamente com candidatos em processo de habilitação, que acumulam ou não muitas reprovações em provas práticas, percebo que muitos alunos costumam reconhecer as próprias falhas, o próprio nervosismo, outros não. Mas, continuam mencionando as práticas não muito polidas de alguns avaliadores e assim, vai-se criando e alimentando a fama de mau desses profissionais.


As reprovações como objeto discursivo indicam que só o fato de estarem sendo avaliados já faz com que muitos temam por antecedência a figura de autoridade do examinador de trânsito. Afinal, na visão dos candidatos, sair dali com a carteira de motorista ou não depende daquele homem ou daquela mulher que os está avaliando.


É natural que os examinandos fiquem nervosos e reprovem, em grande parte, por conta disso. Mas o que não é normal e nem aceitável é que os examinadores de trânsito e os Detrans não saibam lidar com essa perspectiva dos alunos e não percebam o estrago emocional que uma cara amarrada pode fazer a qualquer pessoa.


Assim como há pessoas e examinadores de cara amarrada, também há pessoas e examinadores que podem deixar o candidato mais tranquilo só de repetir as palavrinhas mágicas: bom dia, boa tarde, por favor ou um simples “me mostre como você vai dirigir no trânsito.”


Essa já é uma forma de fazer com que o aluno saiba que a aprovação ou reprovação na prova prática vai depender do modo como ele mesmo dirige e que o avaliador não é nenhum carrasco como muitos candidatos pensam.


O artigo 27 da Resolução 168/2004 revela a preocupação com a conduta adequada e o tratamento respeitoso aos candidatos, tanto que em seu §1º considera infrações dos examinadores induzir o candidato a erro quanto às regras de circulação e conduta, faltar com o devido respeito e praticar atos de improbidade. As punições vão desde a advertência por escrito, suspensão das atividades por até 30 dias e até o cancelamento da designação.


Sendo o Detran o órgão máximo executivo de trânsito nos Estados e que também fiscaliza ou deveria fiscalizar a prática dos avaliadores, também é fato que por lá as autoridades conhecem muito bem essa “fama de mau” de muitos avaliadores. Mas a questão é: o que estão fazendo, recomendando ou mesmo investindo na formação dos examinadores de trânsito além de instalar câmeras de monitoramento de áudio e vídeo nos carros?


Será que os Detrans de cada estado estão se preocupando em averiguar ou, pelo menos, levar a sério essas queixas dos candidatos? Longe de estigmatizar toda uma categoria profissional, será que isso implica, de alguma forma, para as reprovações?

Dificuldades para a formação de profissionais do trânsito .

Formação para profissionais do trânsito


Trânsito é o assunto do momento. Trânsito é pauta diária nos meios de comunicação. Trânsito é palavra de ordem na nossa sociedade massacrada pelos acidentes. Nunca se falou tanto em trânsito como nesses tempos em que morrem mais pessoas em vias públicas do que de câncer ou nas guerras mundiais.



Mas há um paradoxo: a oferta de cursos de pós-graduação ainda é insuficiente, principalmente


Mestrado.


A sociedade clama por educação para o trânsito nas escolas desde os anos iniciais até a universidade. Tem sido comum defender que segurança no trânsito deveria ser ensinada como disciplina específica, suplantando o caráter globalizante do ensino brasileiro como rege a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Existe um entrave legal para isso que comentaremos em outra postagem, mas, quem vai formar os professores se não estamos conseguindo formar sequer os profissionais em segurança no trânsito?





O fato é que as universidades começaram a oferecer cursos específicos em nível de graduação na área de trânsito há pouco tempo. A Universidade do Sul de Santa Catarina, Unisul, é a única no Brasil que oferece o curso de Graduação em Segurança no Trânsito com a titulação de Tecnólogo na modalidade à Distância (EAD). A primeira turma foi formada em 2012.


Embora as universidades brasileiras ofereçam cursos de pós-graduação na área de trânsito, inclusive na modalidade de Ensino à Distância (EAD), ainda há muitas barreiras.


Para a graduação, ou não existe o polo presencial na cidade do interessado, ou não existe o curso específico de pós-graduação, ou quando existe não é em cidades próximas e é necessário deslocar-se quilômetros.


Depois de graduado, aí é que aumentam as dificuldades para a formação permanente. As disciplinas que compõem a grade curricular dos cursos na área de trânsito são muitas, mas a oferta principal tem sido em gestão do trânsito como um todo. Mas, só isso não basta! Ainda é muito limitado se considerarmos o vasto campo de atuação do profissional do trânsito.


Se a opção for pelo Mestrado, aí é que complica mais ainda. Provavelmente, o profissional do trânsito terá de optar por algum curso de Mestrado em Educação e voltar o tema de pesquisa para a Educação no Trânsito. Mas, cursos específicos de Mestrado em Trânsito com foco em outras possibilidades de atuação do profissional ainda não temos no Brasil.


Esse é o grande questionamento que devemos fazer, principalmente se somos profissionais que atuamos ou pretendemos atuar na área do trânsito: quais as perspectivas de formação permanente?


Depois de formados teremos de nos contentar com os cursos de gestão de trânsito como única oferta? Que outros cursos e quando serão oferecidos especificamente na área de trânsito?


Quando serão oferecidos cursos de Mestrado para profissionais do trânsito sem termos de pegar carona em outras áreas?


Talvez, a resposta que venha lá de cima e das universidades é que a formação específica na área de trânsito ainda é recente, motivo pelo qual as universidades ainda estão se preparando e se adequando para expandir as ofertas de graduação, especialização e Mestrado.


O fato é que se a questão burocrática e legal para a oferta de novos cursos pelas universidades é um entrave à formação permanente, a necessidade dessa formação para o profissional e para a sociedade é urgente!


Os dados variam, mas há informações estatísticas de que a cada 30 segundos um acidente de trânsito é registrado no Brasil. A cada 12 minutos morre uma vítima de acidente de trânsito no nosso país. A cada ano, 7 mil crianças com menos de 7 anos de idade ficam inválidas em acidentes de trânsito.


Os profissionais da área necessitam e merecem uma formação adequada e permanente para enfrentar esses e outros desafios presentes e futuros.


Fazer especialização ou Mestrado no exterior é um sonho de muitos. Melhor ainda seria se tivéssemos a oferta adequada desses cursos em nosso próprio país para conhecermos, estudarmos e buscarmos soluções para a nossa própria realidade.

comentarios sobre simuladores em AUTO ESCOLAS !!

40 minutos atrás
Acho que o simulador não trará grandes beneficios,pois sabemos que a maioria já vem com alguma noção de direção de casa,os orgãos competentes deveriam se preocupar com a consientização,não so os novos condutores mas com campanhas eficazes para a diminuição de acidentes,os CFCs trabalham com o que tem,mas em 15 dias de teórico não temos como mudar comportamento,tentamos,mas o convivio social destes novos condutores,e ao contrário do que esqutam em sala de aula.
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    Rodrigo

    2 horas atrás
    sou instrutor a 8 anos e não sei se esse tal simulador resolveria alguma coisa,temos problemas mais sérios como muitos alunos da terceira idade, passam no exame psicotécnico , e vem com 20 aulas praticas achando que vão aprender sem nunca terem pego em uma direção, e saem queimando a gente em uma cidade pequena, e ainda o Detran quer uma certa porcentagem de aprovação,o Governo tinha era que se preocupar com a maioridade penal, punir políticos corruptos e deixar a nossa categoria que na maioria é honesta trabalhar em paz
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    REGINALDO

    6 horas atrás
    Tenho muita duvida em relação aos simulador compro um patrimônio de 40 mil e ñ é meu tenho que pagar as aula de treinamento para os instrutor ñ posso usar para treinamento da minha equipe mesma coisa de comprar um carro ñ poder usar toda vez que eu usar tenho que para sacanagem pura recadação de dinheiro BRASIL....
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    Informe seu nome

    8 horas atrás
    Sou formado em Gestão do Trânsito, e gostaria que houvesse fiscalização por parte do Detran nos Centros de Formação de Condutores sobre a aulas ministradas, sendo que muitos CFCs, não ministram as aulas para os seus alunos, isto é o aluno só assina a aula, é ai que esta a grande falha no aprendizado dos alunos e o caos no Trânsito,também gostaria que fosse implementado o IBIO para as aulas práticas assim como foi na teoria, Franklim Laceda da Silva, Instrutor de Trânsito e Diretor Sindical do SINTRAUTO SC. Gratos
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    iran a v siqueira

    9 horas atrás
    Temos uma grande realidade no nosso CFC que mais de 83% dos condutores que se inscrevem já sabem dirigir, dai para que finalidade terá o simulador, como você mencionou acima deveria ser imposto essas aulas após o aprendizado no veiculo, tudo bem que exista o simulador, mais que ele trouxesse a finalidade de aprimorar os conhecimentos após as aulas praticas realizadas.
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    Sgt Hélio

    9 horas atrás
    Vejo que vai beneficiar o novo condutor mas, é como você diz Marcia, teremos ver mais longe.

    Sgt Hélio, Floriano-Piauí
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    Adilson

    10 horas atrás
    Gostaria de saber em que esse brinquedinho ajudará na real situação trânsito, pois muitos falam de vantagens no processo ensino/aprendizagem e nada de concreto vi em tudo que li sobre esse tal simulador. Gostaria que se possível me indicasse qual ou quais artigos que relata com clareza os benefícios que o simulador trará?
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    Ismar

    21 horas atrás
    Com a gerra que temos em nossas ruas, com a impunidade dos causadores de acidentes, com tanta gente bebendo e dirigindo, tendo CNH suspensa ou cassada e mesmo assim continuam na direção de um veiculo, sinceramente, deveriam rever outras coisa que detectam melhor o comportamento do condutor e não apenas o uso da maquina, pois todo o problema esta na sua utilização, vamos torcer para ver se realmente esta estoria de simulador vai mudar o futuro do trânsito.
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    marilyn rocha

    21 horas atrás
    se é p/ melhorar o aprendizado das pessoas nas autoescolas o custo benefício já está justificado, acredito que todos aqueles recém habilitados que saíram com tantas dúvidas dos CFC's não estão achando ruim, portanto, esses são os mais interessados, porque, tal como eles, outros hão de vir.
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  • O que há por trás dos simuladores de direção?

    Simuladores para aula de CNHinsatisfações de acolá e outros interesses envolvidos, iniciamos 2014 com duas realidades bem assentadas (pelo menos, até segunda ordem): a obrigatoriedade do airbag frontal e freios ABS para os carros nacionais saídos de fábrica, e a realidade dos simuladores de direção.
    É claro que os insatisfeitos não se dão por vencidos, ainda vão lutar muito para a desobrigatoriedade dos simuladores, mas a questão é: o que há por trás dos simuladores de direção? O que há por trás da desaprovação dos simuladores de direção?


    Se olharmos com os olhos do legislador, veremos que a proposta se alinha bem com o momento em que estamos vivendo no mundo: a evolução da tecnologia e as novas ferramentas facilitadoras do ensino e a aprendizagem num cenário eminentemente digital.


    Como educadora de trânsito entendo que os simuladores de direção podem ajudar muito no ensino e na aprendizagem, mas não antes das aulas práticas como reza a Resolução 444, de 25 de junho de 2013. Até porque o simulador de direção é para quem já tem noções de dirigibilidade, de algum controle do carro, não para quem só traz na bagagem a teoria focada na memorização.


    Se olharmos com os olhos dos proprietários de CFC, será um custo a mais, desnecessário, uma obrigatoriedade que vai exigir que se desembolse algo em torno de R$ 20 ou R$ 30 mil, o que vai pesar nas contas da empresa.


    Mas, alguém aí está olhando com os olhos do futuro motorista, que é realmente quem está por trás do simulador de direção?


    Alguém está olhando para os simuladores de direção com os olhos de verdadeiros educadores que deveríamos ser, comprometidos com um ensino e uma aprendizagem significativa que pode contribuir para ajudar o aluno a aprender?


    Sinceramente, já vi e li de tudo em relação aos simuladores de direção, mas até agora nenhum artigo que apresentasse e comentasse as vantagens e desvantagens para cada um dos envolvidos: CFC’s, alunos, governo, empresas e instituições envolvidas nessa proposta de inovação.


    Tudo o que se lê por aí sobre os simuladores de direção são declarações inflamadas, passionais, patrimonialistas, algumas com certo exagero na acidez, no deboche e na ironia, dependendo, claro, dos interesses envolvidos.


    No final de 2013 parece ter sido difundido um verdadeiro movimento contra os simuladores nas redes sociais com foco no carro-chefe: tirar carteira de motorista depois do simulador vai custar mais de R$ 3 mil! Mas, será esse o único argumento contra?


    Curiosamente, também dispararam as promoções de um processo inteiro de habilitação com descontos de mais de 50% e que derrubava o preço para algo em torno de R$ 350,00 mesmo com a obrigatoriedade dos simuladores. Detalhe: os CFC’s que anunciam tais promoções ainda destacam: “conforme anunciado na tevê”.


    O que eu gostaria de entender é como que esses CFC’s conseguem baixar tanto o preço do processo de habilitação e ainda desembolsar algo em torno de R$ 100 mil para fazer propagandas na tevê anunciando o processo de habilitação a preço de banana enquanto o alerta é que custaria mais de R$ 3 mil!


    CFC’s sendo vítimas do fogo amigo? Tomando bolada nas costas de quem joga ou deveria jogar no mesmo time?


    Que tal levantarmos esse tapete para enxergarmos o que estamos querendo varrer para debaixo dele e começarmos a debater a questão de modo sério, bem fundamentado e com outros argumentos que não sejam só os custos, as cifras, os valores?


    Enquanto o processo de formação de motoristas no Brasil for visto e tratado de forma exclusivamente patrimonialista corre-se o risco de argumentos de vidro!


    Chega a parecer que tem muito mais gente interessada num processo de habilitação falho, capenga, ultrapassado e desatualizado do que pessoas interessadas em esclarecer e debater de forma séria o assunto. Aumente-se lá a carga horária das aulas práticas e tudo se resolve!


    Será que todo mundo que colocou a boca no megafone virtual para criticar e desabonar a proposta dos simuladores já pegou nas mãos, já leu, já analisou os estudos feitos por instituições sérias, de credibilidade, que estão desenvolvendo essa TI?


    Afinal, não se pode falar com propriedade, tampouco criticar o que não se conhece. Algo tão sério não pode ser decidido no grito, nem podemos ser Maria Vai Com as Outras.


    Minha sugestão: faça-se uma lista de prós e contras, de vantagens ainda não mencionadas e outras desvantagens que não seja só o custo para o processo. Aí sim, teremos argumentos sólidos para sermos contra ou a favor porque conheceremos mais sobre a proposta em si e seus desdobramentos.


    Lembrando que os simuladores para moto estão em fase de estudos por um instituto ligado à Universidade Federal de Santa Catarina. Ainda dá tempo de conhecer esses estudos e não deixar para se mobilizar só em função do quanto vai custar.

    Comissão aprova prioridade para transporte público e bicicletas !

    Prioridade das bicicletas
    Cidades com 20 mil habitantes ou mais terão também que planejar a construção de ciclovias e faixas exclusivas para motos, segundo a proposta aprovada
    A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que obriga todas as cidades com plano diretor – 20 mil habitantes ou mais – a priorizar o transporte público e o uso de bicicletas. Pela proposta, que modifica o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), os planos de transporte público integrados devem prever a construção de ciclovias e de faixas exclusivas para veículos de duas rodas.


    Foi acolhido substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Urbano ao Projeto de Lei3228/08, do Senado. O texto aprovado prevê também a destinação de parte dos recursos da Cide-Combustíveis a medidas que reduzam o consumo de combustíveis e à implantação de faixas exclusivas para motocicletas, motonetas e ciclomotores, assim como de ciclovias ou ciclofaixas. O projeto do Senado não prevê essa destinação.


    O relator, deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS), ressaltou que a proposta poderá resultar em “notável contribuição para a melhoria das condições de deslocamento nas grandes cidades, com a adicional vantagem de reduzir as emissões de poluentes”.


    Estacionamento
    Marchezan Junior considerou apenas um dos projetos apensados (PL 3437/08) incompatível do ponto de vista fiscal. A proposta da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) torna obrigatória a criação de estacionamento gratuito para bicicletas em todas as áreas públicas e privadas com tráfego de pessoas e veículos.


    Conforme o relator destaca, a medida geraria gastos privados e públicos, mas não define quem deveria arcar com esses custos. Isso, segundo afirma, “pode resultar em encargos que excedam a capacidade financeira dos municípios ou em despesas adicionais para a esfera federal”.


    Para projetos que criem despesa continuada para a União ou resultem em renúncia fiscal, as leis de Responsabilidade Fiscal (LRF - 101/00) e de Diretrizes Orçamentárias (LDO -12.708/12) exigem a apresentação de estimativa do impacto financeiro e da devida forma de compensação.


    As outras quatro propostas em análise conjunta – PLs 1160/07, do deputado Antonio Bulhões (PRB-SP); 1422/07, do ex-deputado Edigar Mão Branca; 2717/07, do deputado licenciado Alexandre Silveira (PSD-MG); e 3211/08, da deputada Rebecca Garcia (PP-AM) – foram aproveitadas no substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Urbano.


    Tramitação
    Em regime de prioridade, o projeto segue para análise conclusiva da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Air bag e ABS em carro novo já são obrigatórios !!

    Airbag e ABS já são obrigatórios
    Desde quarta-feira (1º), todos os automóveis fabricados no Brasil terão que sair das fábricas com airbag e sistema de freios ABS (antitravamento). Estes itens passaram a ser obrigatórios e não podem mais ser vendidos como opcionais. A medida cumpre uma determinação aprovada em 2009 pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). O porcentual de carros novos com esses itens aumentou gradualmente desde 2010 até chegar aos 100% neste ano.


    Junto com a elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), também a partir desse mês, a inclusão desses mecanismos de segurança deve aumentar o preço dos automóveis. O ministro da Fazenda Guido Mantega, já previu que o preço dos carros populares deverá subir de 4% a 8%, como repasse dos custos. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de veículos Automotores) estimou que o valor da instalação dos equipamentos seria de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil nos carros que ainda não possuíam os itens.


    Temendo um impacto grande na inflação com o reajuste das tabelas nas concessionárias, o ministro Mantega cogitou adiar a entrada em vigor da obrigatoriedade do airbag e dos freios ABS por um ou dois anos, mas voltou atrás. O governo também temia demissões nas fábricas porque modelos que não podem ser adaptados para a inclusão dos itens de segurança deixarão de ser produzidos. No entanto, Mantega obteve a garantia das montadoras de que os trabalhadores serão absorvidos em outra área da produção.


    Duas etapas


    As alíquotas de IPI estavam reduzidas desde maio de 2012 para tentar estimular as vendas e a economia e, agora, serão recompostas em duas etapas. No caso do carro popular, com motor 1.0, a alíquota a partir desse mês passará de 2% para 3% e, em julho, para 7%, voltando assim aos níveis normais.


    Nos veículos de até 2 mil cilindradas flex, a alta no período será de 7% para 9% e, a partir de julho, para 11%. Já para os carros da mesma potência, mas movidos apenas a gasolina, o aumento será dos atuais 8% para 10%, voltando para 13% no segundo semestre.


    O governo anunciou ainda elevações para utilitários e utilitários de carga de 2% para 3%. A partir do segundo semestre, a taxa do primeiro grupo será de 8% como era antes e a do segundo, de 4%, metade do que vigorava até o ano passado. Para os caminhões, a decisão foi manter a alíquota em zero, em vigor desde janeiro do ano passado.


    Receita


    Apesar do aumento dos custos para as montadores, que também deve levar a um repasse para os preços ao consumidor, o aumento do IPI tem como objetivo reforçar a arrecadação do governo. O Ministério da Fazenda estima que arrecadará R$ 950 milhões a mais até junho.


    O anúncio do aumento do imposto em dezembro passado, no entanto, ajudou a impulsionar as vendas de automóveis no final de 2013. O consumidor antecipou as compras para fugir do reajuste dos preços este ano.

    sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

    OS MANDAMENTOS OBRIGATRIOS !

    Basílica
     Dados Gerais do Carmo
     Basílica Tombada
     Significado Histórico
     Pobre Matriz Rica
     Basílica na História
     Outras Informações
     Livro da Basílica
     Pinturas
     Iconografia
     Órgão Tamburini
     Coral Vozes do Carmo
     Horários de Missas
     Horários de Confissões
    Paróquia
     Histórico
     Párocos
     Pastorais
     Atividades
     Calendário Anual
     Horários
     Batizados
     Casamentos
     Escola Paroquial
     Capela N.Sra.Boa Morte
     Templo Votivo
     
    N. Sra. do Carmo
     Festa: 16 de Julho
     Devoção e História
     Novena
     Cânticos
     Oração
     Reza do Terço
     
     
     
     
     
     
     
     
      Site com estatísticas medidas pelo Link Web Traffic.
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
    A cartilha Os Dez Mandamentos do Trânsito Seguro foi lançada em 18/09/2007 na Câmara dos Deputados, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro. Dez milhões de cartilhas com orientações sobre como se comportar no trânsito foram distribuídas em novembro/2007, em todo o país, por cerca de 10 mil paróquias da Igreja Católica.
     
    A cartilha é inspirada no documento Os Dez Mandamentos do Trânsito, divulgado em junho/2007 pelo Vaticano. A CNBB lançou a campanha nacional no dia 11/11/2007, com o apoio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), responsável pela distribuição da cartilha nas paróquias, e do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).
     
    Segundo o vice-presidente da CNBB, D. Luiz Soares Vieira, a intenção é despertar valores de boa convivência e de educação no trânsito. "As cartilhas deverão chegar a todas as comunidades até o dia 11 de novembro, para que as homilias e cultos se desenvolvam em torno de um trânsito mais humano e seguro", disse.
     
    A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) estima em R$ 28 bilhões o custo anual dos acidentes de trânsito, que entre os anos de 2003 e 2006 deixaram, na média, 34 mil mortes por ano e 100 mil pessoas com deficiências temporárias ou permanentes, além de 400 mil feridos.
     
    Fonte:
    Mattedi, José Carlos. CNBB distribuirá em novembro cartilha com os dez mandamentos do trânsito seguro. Brasília: 2007. Disponível em: <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/09/18> Acesso em: 11 nov. 2007.
     

    Ultrapassagens proibidas: principal causa de mortes em rodovias !!

    A Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificou, na operação especial para as festas de fim de ano, que os acidentes mais fatais nas rodovias federais foram causados por ultrapassagens ilegais. Em 13 dias de operação, esse tipo de ultrapassagem liderou o número de infrações, com 20,66% (7007 em números absolutos).
    "O tipo de acidente que mais mata é a colisão frontal, e ela é ocasionada por ultrapassagens proibidas", afirmou o coordenador geral de operações substituto da PRF, Stênio Pires. Apesar de representar apenas 3% dos acidentes registrados, as colisões frontais são responsáveis por 32% dos óbitos nas estradas (83 mortes durante o feriado).
     

    No acumulado do ano, foram registradas 379 mortes nas rodovias federais, número inferior a 2012, quando 420 pessoas morreram nessa modalidade de via. A PRF pondera que a redução é ainda mais expressiva se levado em consideração o aumento da frota. A estimativa é que a quantidade de veículos tenha aumentado 7,5% de um ano para o outro e chegue a 81,7 milhões.



    Entre os dias 20 de dezembro de 2013 e 1º de janeiro de 2014, foram registrados 6.651 acidentes. Já entre 20 de dezembro de 2012 e 1º de janeiro de 2013, o número de ocorrências foi maior: 7.407. O coordenador geral de operações substituto da PRF atribuiu a redução a uma fiscalização mais rigorosa e a um planejamento melhor por parte das autoridades competentes.

     Acidentes envolvendo saídas de pista ficam em segundo lugar na estatística de letalidade durante o feriadão. Segundo Stênio Pires, a saída de via não costuma provocar tantas mortes, mas no fim de 2013 o excesso de chuvas ajudou a aumentar os acidentes.

    Infrações

    A principal infração registrada nas rodovias federais durante o feriadão foi ultrapassagens na contramão, que representa 20,66% (7.007 casos). A falta de licenciamento do veículo e da habilitação do motorista vêm na sequência com 7,35% e 5,67% do total, respectivamente.

    Dirigir sob influência de álcool representou 2,94% das infrações, com um total de 996 autuações. O coordenador geral de operações substituto da PRF, Stênio Pires, afirma que “é da cultura do brasileiro beber e dirigir” e garante que “até que se mude essa cultura, a Polícia Rodoviária Federal continuará a fazer uma apuração rigorosa”.

    Serviço do Twitter que avisa sobre situações de risco chega ao Brasil .

    Alertas de risco do twitter
    Twitter Alertas envia notificações para o celular de usuários do microblog. Já usado nos EUA e Japão, alerta passa a ser usado por entidade do Rio.


    O Twitter Alertas, sistema de envio de avisos sobre catástrofes que funcionava somente nos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, agora também passa a funcionar no Brasil, anunciou o microblog.


    Por meio da ferramenta, organizações podem enviar aos celulares de usuários do Twitter alertas sobre situações de emergência, desastres naturais e em caso de qualquer serviço de comunicação não esteja acessível.


    A primeira organização a fazer parte do Twitter Alertas é o Centro de Operações Rio (COR), que monitora as condições da capital fluminense, e passará a notificar seus seguidores em caso de chuvas fortes, deslizamentos ou acidentes de trânsito.


    O COR reúne informações de 30 entidades. Os avisos do serviço serão sinalizados por um sino laranja. Para receber os avisos diretamente no celular, é preciso se inscrever na seguinte página twitter.com/[nome do usuário]/alertas.


    O notificador de emergências também é expandido para outros países, como Irlanda, Austrália e Reino Unido, e começa a ser usado por outras entidades nos EUA, Japão e Coreia.


    Na Austrália, mais de uma dezena de instituições aderiram ao Twitter Alertas, entre elas a Cruz Vermelha e os departamentos de polícia e dos bombeiros.


    No Reino Unido e Irlanda, 57 organizações já estão inscritas, das quais 47 forças policiais britânicas.


    Nos EUA, são mais de cinquenta entidades, das quais a Agência Federal de Gerenciamento Emergencial, o Departamento de Estado, o Departamento de Segurança Nacional e também a Cruz Vermelha.

    Balanço da PRF aponta queda nos acidentes nas rodovias no fim de ano !

    Acidentes nas estradas
    O número de acidentes nas rodovias federais nos feriados de fim de ano foi 10% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal. A PRF comparou as ocorrências registradas de 20 de dezembro de 2013 a 1º de janeiro de 2014 com as registradas em 20 de dezembro de 2012 a 1º de janeiro de 2013. De acordo com os dados, antecipados pelo Bom Dia Brasil, a quantidade de acidentes diminuiu de 7.407 para 6.651.

    também foi menor. No Natal e réveillon do ano passado, 420 pessoas morreram nas rodovias federais. Neste ano, foram 379 mortes. A maior causa de mortes foram as colisões frontais, que resultaram em 83 vítimas fatais.


    Para Stênio Pires, coordenador-geral de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a redução das mortes foi um resultado do aumento das fiscalização, do planejamento, e da Lei Seca.


    "Não existe um único fator que contribuiu para a redução de acidentes. O trânsito é sempre complexo", justificou.


    Em 2013, a Polícia Rodoviária Federal identificou os 100 trechos com mais acidentes fatais e intensificou a fiscalização nesses pontos, coordenando esforços federais, estaduais e municipais. Essa operação recebeu o nome de Operação Rodovida.


    Lei Seca


    No período da operação de final de ano nas estradas, a Polícia Rodoviária Federal multou 996 motoristas que beberam antes de dirigir. Desses, 461 foram presos por conduzirem com mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou por terem se recusado a soprar o bafômetro, apesar de apresentar sinais de embriaguez.


    Segundo a PRF,  42% das prisões foram feitas por recusa do motorista em soprar o bafômetro.


    A maioria das multas aplicadas pela PRF foram por ultrapassagem  em locais proibidos. Foram 7.007 autuações, que representaram 20,66% do total.


    “O tipo de acidente que mais mata nas estradas é a colisão frontal, causada por ultrapassagens em locais proibidos, por isso orientamos os nossos efetivos a fiscalizar com bastante rigor essa infração”, afirmou Pires.


    O segundo tipo de infração que mais gerou multas foi dirigir carro não licenciado. Foram  2493 autuações desse tipo, 7,35% do total. As multas para motoristas não habilitados foram 1921 casos, 5,67% do total.


    Acidentes por estado


    Minas Gerais, estado com a maior malha rodoviária do país, registrou o maior número de acidentes, 1.102 acidentes. Em segundo lugar aparece Santa Catarina, com 751 acidentes, e depois o Paraná, com 750.


    Minas Gerais foi o estado também com o maior número de mortos, com 64 vítimas fatais. Apesar de não ser um estado com a maior concentração de acidentes, a Bahia foi o segundo com o maior número de mortos, 43.


    “A Bahia tem apenas pouco mais de 200 quilômetros de rodovias duplicadas, o que resulta em um percentual maior de colisões frontais", disse Pires.


    No Distrito Federal aumentou em 114% a quantidade de mortos nesse período. No final de 2012 haviam sido 7. Já em 2013, foram 15. De acordo com Pires, a causa foi o aumento no fluxo de veículos saindo de Brasília, combinado com a chuva.


    Outro estado que teve aumento no número de mortos foi São Paulo. Apesar de ter havido redução no número de acidentes (caiu de 540 para 446) e de feridos (reduziu de 258 para 194), o acidente na Régis Bittencourt com um ônibus que ia de Curitiba para o Rio de Janeiro contribuiu para o aumento na estatística.


    O acidente aconteceu próximo à cidade de São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo e deixou 16 mortos.

    quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

    Trânsito mata 5 pessoas a cada hora no País .

    A cada hora cinco pessoas perdem a vida em desastresA todo momento meus filhos perguntam por que o pai morreu. É muito difícil. A triste declaração  de Adriana Mazoni Pagani,  28 anos, é reflexo de uma tragédia que assola o País todos os dias: mortes por acidente de trânsito. Pesquisa divulgada pela CNM revela dados alarmantes. A cada hora cinco pessoas perdem a vida em desastres. No total, em 2011, foram 43.256 mortos em acidentes que ainda deixaram 580 mil pessoas feridas.
    Adriana perdeu o marido, Rodrigo, em abril de 2012. O carro em que estavam foi atingido por um veículo que andou 10 quilômetros na contramão da rodovia Washington  Luís, em Rio Preto. Ela ainda espera que motorista causador do acidente seja condenado. “Quero justiça”, diz.  

    A pesquisa realizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) aponta que em três décadas 900 mil pessoas perderam a vida em acidentes. O estudo ainda  mostra que a taxa no estado de São Paulo de mortes em acidentes é de 17,7 num grupo de 100 mil pessoas. Algumas cidades do estado tem quase o dobro dessa taxa. É o caso de Rio Preto e Jundiaí. Ambas tem taxa de mortes de 33,2 (veja ao lado). Essas  cidades tem média de mortos no trânsito semelhante à do Irã, país que tem a quarta maior taxa do mundo, de 34,1. 

    As mortes incluem desastres dentro da cidade e em rodovias que cruzam os municípios. Sorocaba, Campinas e Bauru são outras cidades que possuem taxas acima da média estadual e, por vezes, acima da nacional, que é de 22,5 mortos por acidente a cada 100 mil moradores. A campeã do Estado fica no litoral sul: Miracatu, que tem 20 mil moradores e taxa 156,4. A cidade fica ao lado da rodovia BR-116.

    O trânsito brasileiro deixa todos vulneráveis. No ano passado, por exemplo, 40.416 pedestres foram internados depois de atropelamentos. “São números alarmantes, que vemos com grande pesar”, afirma o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho. Segundo ele, nem mesmo taxas baixas, como na região do ABC são motivos para comemorar. “Cidades como Santo André tem grande fluxo de veículos e baixa velocidade. Pode ter menos mortes, mas muitos  acidentes e feridos com sequelas graves. E os leitos de hospitais ficam lotados de feridos em acidentes”, alerta.

    Movimento quer lei mais dura no trânsito
    Com o aumento galopante de acidentes no País,  muitos dos quais envolvendo motoristas embriagados, movimento que ganha cada vez mais força nas redes sociais busca penas mais duras. Para isso, o grupo pretende apresentar no Congresso projeto de iniciativa popular para que acidente com morte que envolva motorista bêbado seja considerado crime que pode dar até oito anos de prisão.

    Atualmente, alguns juízes classificam acidentes como homicídio doloso e motoristas podem até ir a juri popular. Mas isso não é a regra. “Defendemos penas maiores”, afirmou Vinícius Del Rio, que integra o movimento “Não foi acidente”.  O portal “naofoiacidente” já reuniu mais de 900 mil assinaturas. 

    No entanto, não são apenas motoristas que bebem que se tornam perigo no trânsito. O ato de falar ao celular e dirigir tem a mesma gravidade, segundo o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária. “Quem dirige e fala ao celular não percebe nada em volta. É muito grave”, afirmou José Aurelio Ramalho ao BOM DIA.

    análise: ademir souza das chagas, perito e analista em acidente de transito,
    As sequelas são mais graves 

    Os dados do trânsito no Brasil são realmente alarmantes. Há uma grande dificuldade de se conseguir dados exatos.  O Observatório tem feito monitoramento para levantarmos banco de dados bem atualizado sobre o País, que será publicado no começo do ano que vem.

    Uma questão muito importante  que observamos quando participamos de fóruns na América Latina é que se foca muito em números de mortos.  É claro que a dor é muito grande para um parente que perdeu alguém num acidente. Mas as sequelas que ficam nos acidentados são gravíssimas. Falo de pessoas que sofrem acidentes e precisam passar por cuidados médicos que exigem muitas vezes grandes cirurgias e danos até permanentes para toda a vida. Os acidentes que provocam sequelas graves têm aumentado drasticamente no país. Precisamos pensar formas de se ter menos acidentes porque os leitos de hospitais estão lotados de pessoas acidentadas. Se tiver menos acidentes teremos mais leitos nos hospitais disponíveis.

    Outra questão muito importante é que se fala muito sobre acidentes em que motoristas dirigem embriagados, mas é preciso ver outros aspectos também. Celular e alta velocidade são grandes causadores de acidentes. Costumo dizer que o motorista que está “on” no celular está “off” no trânsito. É uma coisa muito grave e que não se consegue medir ao certo. Porque depois de provocar acidente falando ao celular o motorista sai e não está com sinais de embriaguez. O caso é tratado de forma diferente. Mas é muito grave. Outra questão é quando consta que motorista perdeu a direção. O que aconteceu foi algum erro que provocou isso.

    Para especialistas, má fiscalização explica mortes no trânsito no País .

    Com um índice de mortes no trânsito três vezes maior do que o considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil enfrenta como principais obstáculos para a redução dos acidentes a fiscalização deficiente em suas estradas e cidades e a fragilidade dos órgãos que lidam com o setor, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.
    De acordo com a OMS, no Brasil ocorrem 18,3 mortes no trânsito por 100 mil habitantes a cada ano. Na Alemanha, Grã-Bretanha, Holanda e Suíça, que estão entre os países com os menores níveis de mortalidade no tráfego, o índice é inferior a 6.
    Para ajudar o Brasil e outros países a tornar suas vias mais seguras, a OMS lançou neste mês um programa intitulado Década de Ações para a Segurança no Trânsito, com a meta de reduzir pela metade o número de mortes no trânsito no mundo até 2020.
    Embora o governo brasileiro tenha acatado a meta da organização, especialistas consultados pela BBC Brasil avaliam que o País está muito distante de alcançá-la.
    Para Mauro Augusto Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o maior entrave à melhoria dos índices no Brasil é "a falta de vontade política" .
    "O trânsito é a única política pública que não está representada no primeiro escalão do governo", diz Ribeiro, referindo-se ao fato de que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão máximo do setor, está no "quinto escalão na hierarquia, atrás de ministérios, secretarias, fundações e autarquias".
    Segundo ele, isso faz com que o órgão não tenha recursos nem autonomia administrativa para gerir o trânsito no País. Além disso, diz Ribeiro, o tráfego no Brasil é gerenciado por órgãos federais, estaduais e municipais. "Quem é responsável pelo quê? Ninguém se sente culpado nem cobrado."
    Ele diz que o País deveria se inspirar na França, onde o presidente Nicolas Sarkozy, dirigente máximo da nação, se engajou numa campanha para reduzir o número de acidentes, estipulando metas a serem cumpridas até o fim de sua gestão.
    "Vários Brasis"
    Para o engenheiro Sérgio Ejzenberg, ex-técnico da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em São Paulo e atualmente consultor em trânsito, políticas que busquem reduzir a mortandade no trânsito no Brasil devem levar em conta a disparidade nos níveis de acidente entre as regiões do País.
    "No que diz respeito ao trânsito, não há um Brasil, há vários 'Brasis'. Há cidades no Sul e no Sudeste com padrões de segurança próximos aos melhores do mundo. Mas, em regiões pobres no Norte e no Nordeste, os índices são extremamente elevados", diz.
    Ejzenberg afirma que a chave para combater a assimetria é forçar a aplicação das leis de trânsito em todo o território nacional. "A legislação é boa, quase perfeita. Mas ela depende da fiscalização para surtir efeitos."
    Ele cobra uma atuação mais contundente do Ministério Público no setor, para "exigir explicações ou responsabilizar as autoridades que se omitam".
    Etilometro obrigatório
    Mauro Augusto Ribeiro, da Abramet, diz que, além de fiscalizar os motoristas, é preciso assegurar que os violadores das regras cumprirão as penas previstas. "Nós suspendemos a habilitação, mas não sabemos dizer se o sujeito ficou sem dirigir."
    Ele defende ainda a abordagem de 30% dos motoristas ao ano, para que sejam checados o uso de cinto de segurança e capacete (no caso de motociclistas), as condições do veículo e o nível de álcool no sangue do condutor.
    Quanto ao último ponto, diz que a interpretação corrente da legislação brasileira protege contraventores, ao permitir que não realizem o teste do bafômetro para não produzirem provas contra eles mesmos. "Trata-se de um conflito entre o direito privado e o direito coletivo. Mas creio que uma decisão da Justiça possa resolver a questão, mudando a interpretação atual".
    Ribeiro prega também a aplicação de um questionário durante o exame para renovar a habilitação, que identifique se o motorista se enquadra em faixas de risco referentes ao alcoolismo definidas pela OMS. O questionário permitiria que condutores em situação vulnerável fossem orientados a buscar auxílio médico.
    Estradas ruins
    Tanto Ribeiro quanto Ejzenberg dizem que a má condição das estradas contribui para os altos índices de acidentes no Brasil.
    "Uma estrada bem cuidada é mais segura. O ideal seria haver defesas e barreiras em locais perigosos e pilares protegidos. Estradas assim perdoam o erro humano", diz Ejzenberg.
    Caso a rodovia não cumpra os requisitos mínimos de segurança, ele defende que a Justiça intervenha para bloqueá-la, o que já ocorreu algumas vezes.
    Ribeiro, da Abramet, concorda e diz que o respeito às regras aumenta quando as condições da estrada são boas. Mesmo assim, faz uma ressalva: "Como nunca teremos um parque viário absolutamente seguro, os motoristas têm que se adequar às condições em que vive. E em termos de custo-benefício, a prevenção de acidentes dá um retorno maior do que obras de melhoria."

    TOLERANCIA ZERO !!!!!!!


    BPTran: ampliação de provas encerra a dúvida sobre fé de agente de trânsitoResolução do Contran determina que a medição de qualquer vestígio de álcool no sangue acabe em punição ao motorista flagrado embriagado ao volante. Segundo o ministro das Cidades, "a partir de agora, não pode beber nada"

    Desde 21 de dezembro do ano passado, a lei seca está mais rigorosa. Para especialistas ouvidos pelo Correio, a Resolução nº 432, publicada ontem, reforça as mudanças. Os principais ganhos para a sociedade foram a ampliação dos meios de prova e a regulamentação de como isso se dará na prática.

    Integrantes do Batalhão de Policiamento do Trânsito (BPTran) da Polícia Militar passaram a manhã de ontem reunidos para discutir a norma e instruir os policiais sobre a nova regulamentação. “Em resumo, a medida melhora os parâmetros para a elaboração do auto de constatação”, explica o capitão Everaldo Rodrigues Aragão, subcomandante em exercício do BPTran.

    Na avaliação do advogado mestre em ciência política e presidente da Comissão de Relações Institucionais da OAB/DF, Rafael Thomaz Favetti, a lei seca e a resolução tornaram o código de trânsito mais rigoroso. “A ampliação de provas encerra a dúvida jurídica em relação à fé pública do agente de trânsito. Porém, é necessária uma maior atuação por parte dos agentes e dos órgãos de trânsito no sentido de transformar a fiscalização em rotina”, adverte.

    Limitador de velocidade poderá ser equipamento obrigatório em veículos .

    Limitador de velocidade nos carros
    Proposta está pronta para ser incluída na pauta da Comissão de Constituição, Justiça
    No final de novembro, Giovana Dias de Souza Alves, de 19 anos, morreu após tirar uma foto dirigindo a 170 km/h, no km 315 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, quando voltava do trabalho em Praia Grande (SP) para sua casa em Itanhaém, no mesmo Estado.

    O caso da jovem foi lembrado pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) ao apresentar relatório pela aprovação do projeto de lei do Senado, que propõe incluir limitador de velocidade entre os equipamentos obrigatórios dos veículos.

    A proposta está será incluída na pauta da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), onde receberá decisão terminativa.



    Segundo Inácio Arruda, o episódio ocorrido com Giovana Alves é mais um exemplo das repetidas tragédias que poderiam ser evitadas por um dispositivo limitador de velocidade. Ele afirma que, apesar de existir fiscalização eletrônica nas vias urbanas, condutores insistem em imprimir velocidades “absolutamente incompatíveis com a própria segurança e com a de terceiros”.

    — Nas estradas, a situação configura-se ainda pior, pois a fiscalização é esparsa e a percepção de perigo é menor. A própria possibilidade de desenvolver velocidades muito elevadas é motivo, muitas vezes, de competição e exibicionismo.

    O projeto foi proposto pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Na justificação, ele sustenta que nenhum veículo deve desenvolver velocidade superior à maior velocidade permitida no Brasil. Observa também que o excesso de velocidade tem sido a grande causa de mortes no trânsito.

    Exceções

    Inácio Arruda promoveu algumas alterações no texto original, propondo, por exemplo, que o dispositivo destinado a limitar a velocidade dos veículos automotores não seja aplicado para os automóveis, camionetas e motocicletas das Forças Armadas, os de emergência, e os dos órgãos de segurança pública. A norma também não será aplicada, conforme emenda do relator, aos veículos fabricados até a data inicial de sua vigência, ou seja, 120 dias após sua publicação.

    Velocidade

    A redação original propunha que o dispositivo limitasse a velocidade dos veículos automotores em, no máximo, 10% acima da maior das velocidades máximas permitidas nas vias do território nacional, que é de 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas, como dispõe o CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Já Inácio Arruda, sugeriu que a velocidade máxima a ser adotada venha a ser fixada por resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

    — Qualquer órgão municipal ou estadual poderia tornar a lei inútil estabelecendo uma velocidade exorbitante em um pequeno trecho de via, valendo-se de prerrogativa estabelecida no artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro.

    O artigo 61 diz que o órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas.

    Projeto similar

    No início de dezembro, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aprovou, em primeiro turno, um projeto que prevê a instalação obrigatória de limitador de velocidade para motocicletas e motonetas, independentemente da cilindrada, para que não ultrapassem os 110 km/h.

    A obrigatoriedade está prevista no substitutivo ao Projeto de Lei do Senado, que tramita em conjunto com os PLSs 97 e 645/2007. O texto recebeu emenda e foi reencaminhado ao relator Eduardo Lopes (PRB-RJ). Todos os projetos são de autoria do senador licenciado e atual ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB-RJ).

    Simulador de direção agora é obrigatório antes das aulas práticas !

    Candidatos a categoria B passarão por simulador

    Entrou em vigor nesta terça-feira, a obrigatoriedade do uso de um simulador de direção antes das aulas práticas nas autoescolas. A nova regra, prevista no Conselho Nacional de Trânsito, exige que os alunos que pretendem ter a carteira na categoria B tenham cinco horas de treinamento com o simulador antes de irem às ruas. De acordo com

     o conselho, o uso do equipamento vai complementar a formação dos condutores, permitindo sua exposição a situações virtuais sem comprometer a segurança e a integridade do motorista e de seu instrutor.



    Um estudo feito na National Center Injury, nos Estados Unidos, mostra que o simulador pode reduzir até à metade o número de acidentes nos primeiros 24 meses de habilitação. 


    No Brasil, o protótipo do modelo ideal de simulador de direção foi desenvolvido a partir de estudos feitos na Universidade Federal de Santa Catarina. Os estudos comprovaram que os caminhoneiros que tiveram aulas com o uso do simulador provocaram menos acidentes após obtenção da carteira do que aqueles que não fizeram uso do equipamento.


    De acordo com o Ministério das Cidades, a maior parte dos acidentes está associada à imprudência ao volante, que engloba desobediência à sinalização, abuso da velocidade e direção sob efeito de álcool. Outra parcela dos acidentes ocorridos no Brasil credita-se à falta de competências para a direção.


    "Com o uso do simulador, os pretendentes à obtenção da permissão para dirigir na categoria B poderão passar por simulações que permitam verificar, antes das aulas práticas, se o condutor tem domínio do veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, em condições normais ou adversas e situações imprevistas ou de emergência, conforme as normas gerais de circulação e conduta previstas no Capítulo III do Código de Trânsito Brasileiro", informa o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).


    Os simuladores só poderão ser usados pelas autoescolas se previamente certificados e posteriormente homologados pelo Denatran.

    China limita novos carros na sexta cidade mais populosa do país !

    China quer reduzir carrosA China anunciou os detalhes do plano para diminuir a poluição em Tianjin, sexta cidade mais populosa do país. Os novos emplacamentos ficarão restritos a 100 mil por ano. A cidade fará leilão e sorteio para decidir quem poderá comprar um carro novo.


    Das 100 mil novas placas por ano permitidas em Tianjin, 60 mil serão sorteadas e 40 mil vão a leilão. O novo esquema reserva 88% das novas placas para pessoas físicas e 12% para empresas.

    Outras cidades chinesas já adotam essa restrição, mas em Tianjin ela é mais rigorosa porque órgãos do governo não terão direito a comprar carro novo.

    A restrição entrou em vigor poucas horas após o anúncio. Isso fez muitas pessoas correrem às concessionárias, porque comprar um carro novo em Tianjin dependerá de sorte ou disposição para pagar mais.

    Tianjin tem 14 milhões de habitantes e em março já tinha anunciado rodízio de veículos para reduzir a poluição e melhorar o trânsito.

    Outras cidades na China já limitam o número de carros em circulação. Beijing, por exemplo, faz rodízio e sorteio de placas. Xangai faz leilões mensais de emplacamentos.

    A China vem adotando uma série de medidas para diminuir a poluição. Esse problema crítico já afetou inclusive o turismo. Em novembro, o governo lançou um plano quinquenal para implementar novas políticas ambientais no país, que tem o carvão como principal fonte de energia.

    Na semana passada, as autoridades chinesas anunciaram um programa de 300 bilhões de dólares para melhorar a qualidade do ar em três anos.

    Desse valor, cerca de 40% será destinado à limpeza do ar propriamente dita e 30% para incentivar o uso de energia renováveis. O restante será aplicado na melhora dos motores de veículos. O programa deve gerar dois milhões de empregos.

    Também na semana passada, a China decidiu que o padrão de gasolina adotado em Pequim será obrigatório para o país inteiro a partir de 2018. A fórmula, que se chama China 5, tem até 10 partes por milhão (ppm) de enxofre. A China 4, usada em metrópoles como Xangai, Guangzhou e Shenzhen, tem até 50 ppm, ou seja, cinco vezes mais.

    quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

    Norma do Contran impacta no meio ambiente

    Norma prejudica o meio ambiente
    Especialistas em meio ambiente estão fazendo duras críticas à nova resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que entrou em vigor no dia 27 de setembro, visando a combater a “fumaça preta”, emitida principalmente por caminhões e ônibus antigos. A emissão de gases por veículos é a principal causa da má qualidade do ar nas grandes cidades, ocasionando  morte de mais de 17.000 pessoas anualmente no Estado de S. Paulo.
    A resolução 452/13 revoga uma outra em vigor, de fevereiro de 1977, que permitia a utilização da escala de Ringelmann para aferição da “fumaça preta” pelos órgãos municipais responsáveis pela fiscalização. Agora, a nova lei obriga o uso apenas do opacímetro para esse fim. Esse aparelho mede a quantidade e grau de enegrecimento da “fumaça preta”, e tem um custo elevado, R$ 9 mil por unidade, o que pode inviabilizar a fiscalização em larga escala. A escala de Ringelmann permite a identificação visual da emissão por meio de uma tabela simples e de custo baixo (R$ 2,50 cada).
    “Haverá dificuldades operacionais e de instrumentação sérias para a fiscalização com esse veto à escala de Ringelmann”, afirma Carlos Bocuhy, presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental) e conselheiro titular no Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Segundo ele, a frota de caminhões em desconformidade com o controle da poluição é de 1 milhão no Brasil, sendo que   100 mil transitam no Estado de São Paulo. O Proam entrou com uma representação no Denatran contestando a nova resolução. “É unânime entre os técnicos do setor que é preciso manter a escala de Ringelmann, sob o risco de travar a fiscalização da emissão dos gases poluentes dos veículos no país”, diz Bocuhy.

    A resolução 452/13 estabelece que os proprietários de veículos antigos movidos a diesel (principalmente os com fabricação anterior a 2005) deverão intensificar as manutenções preventivas e periódicas, a fim de minimizar as emissões de gases, sob risco de multas e apreensão dos veículos. Mas em seu último artigo, o 8º-, ao revogar as resoluções 510, 427 e 440, elimina o uso da escala de Ringelmann. “Ainda não entendemos se houve um erro técnico do Denatran ou a proibição é para tornar a fiscalização mais precisa”, afirma Bocuhy. O fato, conforme ele, é que “na prática, vai inviabilizar o controle por órgãos federais que não têm condições de adquirir o opacímetro em grande escala”.

    Impactos e multas

    Atualmente, o Código Brasileiro de Trânsito classifica como infração grave circular com o veículo produzindo gases tóxicos em quantidade excessiva. No Estado de São Paulo, por exemplo, o condutor identificado nessas condições recebe multa ambiental de 60 UFESPs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), que equivalem a R$ 1.162,20, podendo chegar 480 UFESPs, ou R$ 9.297 mil, em casos de reincidências. Ainda é prevista a retenção do carro para adequação e regularização

    Nas regiões metropolitanas das grandes cidades, o material particulado gerado pela queima do diesel é um dos principais responsáveis pela poluição. Os motores a diesel emitem 80 vezes mais óxidos de nitrogênio por km rodado, 30 vezes mais monóxido de carbono do que os a álcool e libera 8  vezes mais partículas sólidas e 3,6 vezes mais dióxido de enxofre do que os motores a gasolina.

    O material particulado gerado pela queima do diesel é grande responsável pela poluição nas regiões metropolitanas. No Brasil, 40% dos caminhões em circulação,  que representa 1 milhão, têm mais de 20 anos de uso e ainda conta com injeção mecânica (sistema que produz maior quantidade de fumaça preta. A principal concentração desses veículos está nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e MG.

    Estudo recente feito por especialistas da USP concluiu que a emissão de gases pelos veículos é a principal causa da má qualidade do ar nas grandes cidades, ocasionando  morte de mais de 17.000 pessoas anualmente apenas no Estado de São Paulo. “Na capital paulista, por exemplo, são 4,6 mil óbitos por ano, o triplo de vítimas por acidentes de trânsito”, afirma Bocuhy.

    Os principais poluentes encontrados na atmosfera são: Dióxido de Enxofre, que causa problemas aos pulmões, bronquite crônica e danos à vegetação; Óxido de Nitrogênio (supressão de imunidade, hipertensão, câncer, asmas, problemas cardíacos, desordens de memória e aprendizado, problemas cardíacos); Monóxido de Carbono (reduz a capacidade de transporte de oxigênio aos tecidos, problemas cardiovasculares ou circulatórios); Ozônio (poluição secundária originada pelo Óxidos de Nitrogênio); (corrosivo: causa inflamação dos tecidos dos pulmões, infecções respiratórias e envelhecimento precoce).

    O material particulado causa irritação nos olhos e na garganta, reduz a resistência à infecção, perda de visão, doenças respiratórias crônicas, danos à vegetação, desgaste de edifícios e é suspeito de ser cancerígeno (considerado pela OMS, 300 vezes mais cancerígeno do que o Benzeno).