sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Saiba como negociar seu carro seminovo com revendedoras


Na hora de comprar ou vender bens de alto valor, quanto mais informação melhor. Antes de negociar a compra ou venda do seu carro com uma concessionária ou uma revendedora de veículos, entender como todo o processo funciona pode evitar perdas financeiras e surpresas desagradáveis.

Em reportagem publicada recentemente, EXAME.com mostrou como funciona a compra e venda de carros entre pessoas físicas. Veja agora como ocorre a compra e venda de carros seminovos com pessoas jurídicas e descubra qual é o negócio mais vantajoso para você.

Preços
Engana-se quem acredita que vai conseguir vender o carro para concessionárias e revendedoras pelo mesmo preços divulgado em índices de preços de mercado, como a tabela Fipe e a Molicar. “Quando se propõe a venda em concessionárias ou lojas, o valor fica em média 20% abaixo da tabela de mercado”, explica o consultor automotivo e diretor da Universidade Automotiva (Uniauto), Amos Lee Harris Júnior.

As tabelas expressam os valores praticados no mercado, ou seja, os preços anunciados dos carros que estão à venda. Isso significa que elas não representam os preços que as lojas estão dispostas a pagar, o preço da compra, mas sim o da venda.

Segundo Harris, as lojas precisam comprar os carros por um valor 20% inferior ao preço praticado no mercado, para conseguirem pagar os custos da operação e ainda assim obter lucros. "As lojas têm custos com mão de obra e com a preparação do carro para a venda, como a troca de peças desgastadas como pneus, amortecedores e correia dentada. Também têm custos de estocagem, que é o custo financeiro a compra e a revenda do carro", afirma Amos Lee, que acrescenta que dentro da margem de 20% obtida na operação, entre 2% e 5% representam o lucro.

Vantagens e desvantagens
Financeiramente, a compra e a venda de carros entre pessoas físicas pode ser mais vantajosa. Por parte do vendedor, é interessante pois ele poderá vender o carro sem precisar deixar 20% do valor na mão dos comerciantes. E o comprador ganha pela possibilidade de obter mais descontos. Como o proprietário não terá que pagar comissão às lojas, ele pode pedir um valor um pouco inferior ao das revendedoras.

A principal vantagem da venda e compra com pessoas jurídicas é a velocidade da operação. Com um maior volume de vendas, as concessionárias e revendedoras conseguem comprar os carros mesmo antes de ter um comprador interessado, o que não ocorre na compra entre pessoas físicas.

Outra vantagem de realizar a negociação com pessoa jurídica, mas que se aplica apenas ao comprador, é que incide uma garantia na operação. Ao comprar com uma revendedora o consumidor tem direito a 90 dias de garantia, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Mas ao comprar de um particular, essa garantia não existe, uma vez que esse tipo de transação não é regida pelo CDC.

Pesquisas de preço
Antes de entrar em qualquer loja, recomenda-se que proprietário pesquise preços em classificados e na internet. Essa pesquisa pode ser feita em índices oficiais, como a Tabela Fipe e a Molicar, além de sites de classificados de automóveis. Com essas referências em mente, será possível avaliar melhor se os preços oferecidos nas lojas são razoáveis.

“É importante visitar quantas lojas você puder, quanto mais melhor. Porque nem todos avaliam o valor do carro da mesma forma. Você pode conseguir um valor melhor pelo seu carro em um lugar e um melhor desconto em outro”, explica Harris. Segundo ele, se a intenção for vender um carro para comprar outro é essencial não só observar qual loja paga mais pelo seu veículo, como qual delas oferece o melhor desconto para o carro pretendido.

Ele acrescenta que algumas lojas podem valorizar mais um tipo de modelo do que outro. "Um Chevrolet pode não ter muito valor se for vendido na loja da BMW, porque a compra pode não interessar para a concessionária". E nem sempre vender o carro na concessionária de mesma marca é a melhor opção. Harris explica que algumas concessionárias de marca diferente da do carro que está à venda podem oferecer preços ainda melhores para tornar o consumidor seu cliente e também fazê-lo deixar de ser cliente da marca concorrente.

Por isso, a dica aqui é preferir as concessionárias que tenham carros com um perfil parecido com o do modelo que se pretende vender e também buscar negociar em lojas de marcas concorrentes. Lembrando que, quanto mais pesquisa, melhor.

Negociando com os comerciantes
Como em qualquer negociação, quanto mais informação, melhores serão os argumentos e as chances de conseguir vantagens. Segundo o diretor da Uniauto, uma boa negociação pode render para os vendedores um valor 5% maior pelo seu carro e para o comprador, 5% menor.

Além de pesquisar previamente na internet os valores, vale recortar jornais, imprimir artigos e demais documentos que mostrem que o preço da concessionária é maior do que o anunciado, se a intenção for de compra, ou que mostrem que um carro similar é vendido por um valor maior se a intenção for a venda.

Fechar negócio na primeira loja pode ser um erro tremendo. Além de o valor obtido ter chances de não ser o melhor que se poderia conseguir com mais pesquisa, na primeira negociação os consumidores não costumam ter argumentos bons o suficiente para persuadir os comerciantes. “Na segunda loja, o cliente já vai ter mais argumentos, e no terceiro lugar que ele for, ele já será quase um expert. Tudo o que ele ouviu dos outros vendedores poderá ser usado para contra-argumentar com os outros. Em meio dia de contatos você já sabe como negociar’”, afirma. Amos Lee.


Se a intenção for vender o carro para comprar outro, use isto a seu favor

Se a intenção for vender o carro seminovo para comprar outro novo, o poder de barganha aumenta. Mas, para isso, é preciso negociar da forma certa.

O consultor automotivo Amos Lee Harris Júnior orienta que o consumidor não tente vender o carro usado antes de dizer que pretende comprar o novo. “Só depois o cliente deve falar que quer colocar o seu usado na troca. Com isso, ele desperta no vendedor o interesse de vender o zero e valoriza seu usado. Ao falar que você quer vender seu usado antes, ele já vai colocar um preço baixo para o seu carro. E ao descobrir que você quer comprar um novo, mesmo com mais interesse, não vai mudar o valor que já foi informado”, afirma.

Avalie o carro antes de comprá-lo
Além de negociar um bom valor para seu carro, o vendedor não tem muito com que se preocupar. Já o comprador precisa avaliar não só o preço como as condições do carro pretendido.

Aqui valem os mesmos cuidados já mencionados na reportagem anterior. Antes de fechar o negócio, é essencial checar possíveis pendências do carro no Detran, pedir que um mecânico avalie as condições do veículo, ou seguir alguns passos para fazer uma vistoria por conta própria. Se a loja permitir realizar um test drive de longa duração, esse pode ser o procedimento ideal. Ficando com o carro durante um ou dois dias é possível perceber defeitos não detectáveis à primeira vista, e o carro pode ser levado ao mecânico para que ele realize uma inspeção mais apurada com mais tempo.

Documentação
O processo de documentação na compra e venda com concessionárias e revendedoras pode ser muito mais fácil do que com pessoas físicas por uma questão de experiência. Não será preciso procurar despachantes ou cartórios porque muito provavelmente as lojas já têm os contatos dos serviços usualmente utilizados. Mas, ainda assim, é preciso conhecer as obrigações legais de cada parte para não ter surpresas desagradáveis.

O procedimento não difere muito da compra e venda entre pessoas físicas. Contudo, normalmente a transação é mais ágil. Na reportagem publicada anteriormente, sobre a compra e venda de veículos entre pessoas físicas, já estão especificados os documentos e processos burocráticos da operação de compra e venda de seminovos.

Saiba como conservar a pintura automotiva

A SulAmérica, em parceria com a Basf, criou uma série de recomendações para conservar a pintura do veículo novo por muito mais tempo.
"A preservação da pintura do veículo mantém um aspecto novo e ajuda a valorizar o carro na hora de uma possível revenda, pois o cuidado e zelo do proprietário do veículo passa confiança para o possível comprador. Além disso, a pintura é visível e chama atenção e tomar atitudes como essas ajudam ainda mais no momento da revenda", explica o diretor de Automóveis da SulAmérica, Eduardo Dal Ri.

O primeiro passo é manter o carro limpo. Lavar o automóvel com água e detergentes especiais é o ideal. O serviço deve ser feito à sombra e com o automóvel frio. O ideal é utilizar luvas especiais feitas de algodão prensado, que diminuem a possibilidade de riscos. Na volta da praia, lave o carro imediatamente. A maresia é um dos fatores que mais agridem a pintura.

Evite produtos agressivos e abrasivos, como querosene ou silicone, em excesso. Em caso de dúvida, o melhor é escolher os produtos especializados. Se puder, seque o veículo ao sol e verifique, ao abastecer, se o combustível não respingou na lataria ao redor do bocal. Caso positivo, precisa ser lavado imediatamente.

Excrementos de aves são extremamente corrosivos e podem causar manchas na pintura em apenas um dia. Por isso, é necessário fazer a limpeza com muita água, logo em seguida. Esse cuidado também vale para a sujeira causada pela seiva de árvores. Todos os carros sejam com pintura sólida, metálica ou perolada, sofrem ação das intempéries (sol, chuva, sereno, etc.) e da poluição do ambiente, considerados um dos principais inimigos da pintura.

Para manter o veículo sempre brilhante, é importante proteger a pintura do carro com aplicação de ceras protetoras. O ideal é que seja realizado, no mínimo, a cada três meses por profissionais que tenham as ferramentas e o local adequado para isso.


Em casa

Para os motoristas que realizarem o trabalho em casa, a dica é escolher um lugar à sombra, deixar o carro esfriar e aplicar pequenas quantidades de cera protetora, utilizando flanelas bem macias.

Quando a situação da pintura já estiver em processo adiantado de perda de brilho, o proprietário pode fazer um polimento, que em muitos locais leva o nome de revitalização, cristalização ou espelhamento.

Cada polimento retira uma pequena camada da tinta do automóvel. Por isso, ele deve ser feito com muito critério. Além disso, pequenos riscos e amassados devem ser consertados o quanto antes, pois podem acelerar o processo de oxidação da lataria. Na maioria das vezes o reparo rápido de pintura e o próprio polimento são suficientes para reparar danos leves.

Reparos automotivos

A SulAmérica, também em parceria com a Basf, foi a primeira a utilizar tinta à base d"água no processo de repintura dos veículos reparados nos Centros Automotivos de Super Atendimento (C.A.S.A.) e nas oficinas credenciadas da seguradora em diversas regiões do Brasil. O objetivo é tornar o momento do conserto do carro menos agressivo à natureza e melhorar substancialmente as condições de trabalho do profissional na reparação.

"Essa tecnologia permite que 90% menos solventes sejam emitidos na atmosfera em comparação com as tintas automotivas utilizada mais comumente. Além disso, a qualidade final do trabalho reproduz, de forma fiel, a cor e a textura da pintura original executada nas montadoras. Apenas no primeiro semestre deste ano, deixaram de serem emitidas 2,9 toneladas de VOC (componente orgânico volátil)", afirma Dal Ri.

Saiba quais são os cuidados para andar de bike

Você tem medo de pedalar na cidade?

Uma área do município ou mesmo uma determinada via pode ser perigosa em certos momentos do dia, porém, pode ser muito tranquila em outros horários. Qualquer veículo é perigoso quando mal conduzido. Um local pode ser mais ou menos complicado, a diferença está na maneira de conduzir a bicicleta.

Quem opta pela bicicleta como meio de transporte nas cidades precisa estar atento às leis e às características da via utilizada. Isso facilita o trânsito e pode evitar acidentes. Muitas pessoas têm medo de pedalar, pois não se sentem seguras com relação ao trânsito. No entanto, é preciso saber que grande parte da segurança no trânsito depende em muito das atitudes que tomamos.


EQUIPAMENTO BOM

O dia em que você se sentar em uma bicicleta de qualidade e sair pedalando, vai descobrir que pedalar pode ser muito bom. Olhe para a cidade, observe a liberdade e não fique olhando para as restrições que os meios de transporte motorizados nos obrigam a encarar. Bicicletas oferecem a liberdade de ir para onde quisermos e fugir de avenidas, conhecendo aquela face da cidade que o automóvel esconde naturalmente.

Se o ciclista seguir algumas poucas regras básicas de pilotagem, o risco de acidente cai praticamente a zero. Sempre haverá a possibilidade de alguma tensão ou conflito, mas será bem mais difícil a ocorrência de acidentes. O importante é o ciclista entender que, enquanto pedala e conduz a bicicleta, ele é de fato um ciclista, e não um motorista ou motociclista. A bicicleta acelera, mantém a velocidade e desacelera de uma maneira completamente diferente de qualquer veículo motorizado. Com isto assimilado, a relação do ciclista com o trânsito passa a ter particularidades que precisam ser respeitadas.

PERIGOS
Fenômeno recente e muito preocupante para todos é o uso indevido e abusivo de vidros escuros nos veículos, o que não permite o importante contato visual com o motorista. Para o ciclista, em particular, a convivência no trânsito com esses veículos representa uma situação de alto risco, uma vez que não permite saber para onde está voltada a atenção ou a visão do condutor.

Capacetes podem ser úteis caso o ciclista venha a ser atingido, no entanto, não é esse o principal objetivo do equipamento. Não caia no mito de que usar um capacete seja a medida mais importante relacionada à segurança do ciclista. O melhor mesmo é procurar não ser atingido por qualquer que seja o veículo.

Um dos maiores erros que as pessoas cometem quando começam a pedalar é fazer exatamente os mesmos trajetos que faziam quando dirigiam veículos. É reconhecidamente melhor e mais prudente adotar outros caminhos, optando por ruas com menor volume de carros, com trânsito mais lento e naturalmente menos agressivo.

ILUMINE-SE
É óbvio demais não é? Bem, se é tão óbvio, porque então a maioria das pessoas que pedalam à noite anda sem luzes de sinalização? Pisca-piscas são baratos. Faróis são tão importantes quanto às luzes traseiras. Procure pelos novos modelos com LED.

Normalmente é mais seguro ocupar a faixa inteira, ou pelo menos pedalar um pouco à esquerda, ao invés de pedalar muito próximo ao meio-fio.

O segredo de se vestir corretamente para pedalar é sempre lembrar que, com o exercício, seu corpo vai aquecer. Convém iniciar a pedalada com um pouco menos de roupa, e assim poder receber a sensação do frio, porém sempre utilizar vestimentas adequadas que deixem o corpo respirar.

ACIDENTES
Acidentes com ciclistas, em grande parte, são causados por eles mesmos. Quase todos os acidentes têm responsabilidade direta ou indireta do próprio condutor da bicicleta, seja por distração, por desrespeito à sinalização, por falha mecânica, por erro de cálculo e até mesmo pela falta de bom senso e uma certa dose de paciência.

Deixar a bicicleta com a manutenção sempre em dia também é uma forma de evitar prejuízos maiores.
Ciclistas, aprendam a conduzir a bicicleta corretamente e não sofrerão acidentes.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Carros do futuro trazem inovações para motoristas

Temos uma notícia boa e uma má para você. A parte ruim é que o trânsito nas grandes cidades não vai melhorar nos próximos anos, pelo contrário: a situação deve ficar cada vez mais complicada. Mas a notícia boa é que você poderá aproveitar melhor o seu tempo dentro do carro.

Ao menos essa é a proposta da Bentley ao apresentar o carro conceitual de luxo Bentley Mulsanne Executive. O modelo foi construído tendo como objetivo proporcionar o máximo de conforto possível a quem está preso no trânsito, mas nem por isso pretende deixar de trabalhar.

Compatível com Wi-Fi mobile, o Mulsanne Executive traz dois iPads nos bancos traseiros, acoplados a docks com teclado. Além disso, cada passageiro da parte de trás pode conferir a programação de TV por meio de duas pequenas telas acopladas aos bancos dianteiros, além de uma tela central de 15,6 polegadas.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo US Census Bureau, um cidadão norte-americano gasta em média 50 minutos por dia a caminho do trabalho, tempo que poderia ser melhor aproveitado tanto para o lazer quanto para adiantar possíveis pendências no escritório.

Com IPI mais baixo, carros usados desvalorizam até 20%

A desvalorização dos veículos seminovos e usados é apontada pelo setor como a principal sequela causada pelo desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos, que provocou alta nas vendas dos zero quilômetro e ajudou no pequeno crescimento de 0,6% economia brasileira no 3º trimestre, anunciado nesta sexta-feira (30).

Ao cruzar o custo na tabela Fipe de um modelo seminovo com o preço de veículos novos, o consumidor observa que pagaria cerca de R$ 42 mil em um Toyota Corolla XLi 1.8 Flex ano 2009, por exemplo, enquanto o mesmo carro, zero quilômetro, sairia por R$ 62.800. O sedã usado vale praticamente o mesmo de outro modelo da marca, o Toyota Etios 1.5 16V XLS, que é um compacto cujo preço sugerido em R$ 42.790.

O efeito colateral sobre os preços de seminovos e usados, de acordo com os lojistas consultados pelo G1, é uma baixa que varia entre 10% e 20% — para comparação, o desconto do IPI chega a 10% nos carros novos — e prejudica concessionários a revendedores multimarcas. “Um monte de lojas fechou, outras passam por dificuldades extremas. O governo usou o desconto do IPI para forçar o crescimento do PIB, mas isso causou um racha no mercado”, afirma o proprietário da Phoenix Multimarcas, Wilson Gonçalves Junior, que tem a loja em São Paulo há 10 anos.

Segundo o empresário, durante este ano o movimento em sua loja caiu 50% em relação às vendas de 2011. “Eu vendia 30 veículos por mês. Hoje a gente vende entre 15 e 18 carros. Em novembro, que normalmente é um mês forte, nós vendemos até agora só 11 unidades”, contabiliza.

O mesmo problema foi sentido pelo gerente de vendas da concessionária Fiat Auguri, Maier Polera. Segundo ele, 40% a 50% dos negócios fechados na concessionária são feitos tendo carros seminovos e usados como entrada.

“As pessoas olham muito o desconto para o carro novo. Então, mesmo que o carro que o cliente dá na entrada esteja muito desvalorizado, ele fecha o negócio e compra o novo”, afirma Polera, que ainda tenta desovar os carros que a concessionária comprou como entrada dos negócios de novos.

Sobre o valor que está na tabela Fipe, o economista Alexandre Lignos ressalta que no cálculo do lojista entra ainda o desconto dos impostos e o lucro que terá com a venda do carro, mas sem perder um preço acessível para poder vender. Por isso, os valores oferecidos na troca sempre ficam abaixo da tabela.

De acordo com o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flavio Meneghetti, dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), neste ano, mais de 4,5 mil lojas de seminovos fecharam as portas nos últimos 90 dias.

“Mas no Brasil são 45 mil lojas. Ou seja, essa foi uma fase de ajuste que a crise de mercado provoca. Muitos dos que fecharam não eram empresários sérios, profissionais”, argumenta Meneghetti.

Crédito mais restrito
O IPI não foi o único vilão do mundo de seminovos e usados. O encalhe desses veículos também é causado pela restrição maior ao crédito e a prática de taxas de juros maiores, já que para os bancos financiadores, o mercado de novos tem mais garantias. “Os bancos não querem arriscar, principalmente agora, com a inadimplência alta por causa de políticas passadas que não foram corretas, como conceder muito crédito. Enquanto o mercado não se normalizar, comprar um usado por meio de crédito continuará muito caro”, ressalta o proprietário da Phoenix Multimarcas.

Recuperação
Embora o IPI tenha prejudicado o mercado de seminovos e usados, o presidente da Fenabrave afirma que a recuperação começou a ser sentida neste mês.

“O veículo usado que estava parado já vem rodando normalmente, em função dos financiamentos, dos veículos usados como entrada na compra de novos e de usados sensíveis ao crédito”, diz Meneghetti, que considera a queda da inadimplência. Fora isso, a perspectiva do fim do desconto no IPI a partir do dia 1º de janeiro também anima o setor.

“Quem pode comprar o novo tem crédito melhor, mas quem tem renda menor não tem acesso, precisa do usado”, diz o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Décio Carbonari.

Já de olho nesse novo fôlego, empresas procuram encontrar alternativas para atrair novos clientes que se interessem pelos seminovos. A Rodobens Seminovos, por exemplo, entrou no mercado em outubro deste ano, com a proposta de oferecer veículos revisados com garantia de 1 ano.

Como o grupo Rodobens possui empresas de leasing, locação, banco de financiamento, consórcio, entre outros negócios, eles conseguem “peneirar” veículos ainda com alta qualidade, sem batidas e em bom estado, o que ajudar a girar o negócio da própria empresa.

“O consórcio e o banco Rodobens, por exemplo, recebem veículos de clientes inadimplentes. Dessa forma, conseguimos revender em condições melhores”, exemplifica o diretor geral da Rodobens Seminovos, Elvio Lupo, que por, enquanto administra hoje 2 pontos de vendas, mas que deverão passar a 25 pontos até o fim de 2013.

Antecipação de compras
Outra consequência do desconto do IPI é a antecipação de compras que o benefício causa, mas que só vai ser refletida no ano que vem. O benefício, inclusive, foi prorrogado duas vezes, o que gerou recordes de vendas de carros no setor. Ele deve acabar em 31 de dezembro próximo, mês em que também é esperado um “boom” de procura por veículos zero quilômetro.

Para o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, e para o presidente da Jac do Brasil, Sergio Habib, janeiro e fevereiro, meses tradicionalmente mais fracos, pesarão negativamente no balanço do primeiro semestre de 2013. Schmall estima alta de 2% nas vendas em 2013, com média de 300 mil carros emplacados ao mês, ao todo, no Brasil.

Preços devem subir em 2013
Habib já é mais pessimista e acredita que o mercado vá ficar estável em relação a 2012. “O mercado pode crescer 1% ou cair 1%. O PIB e a massa salarial vão crescer, mas há outros fatores”, explica. De acordo com o empresário, tais fatores são a queda lenta da inadimplência, abaixo do previsto, e a pressão para o reajuste dos preços.

“O preço dos carros não é ajustado há três anos e há uma grande pressão para isso por causa do aumento do custo. Para ter ideia, 40% do preço do carro está atrelado ao dólar. Se o governo não prorrogar o desconto do IPI, os valores vão aumentar”, analisa Habib.

Thomas Schmall acrescenta outro fator na conta: a obrigatoriedade de freios ABS e airbag. Para picapes com cabine dupla, a regra já valerá no ano que vem; para carros, entra em vigor em 2014.

Crédito mais 'saudável'

Apesar das consequências, o balanço é positivo para o setor de uma forma geral. No caso dos bancos das montadoras, principais financiadores na compra de carro, com a queda nas taxas de juros, a redução do IPI e, posteriormente, com a prorrogação do benefício, ocorreu o retorno ao mercado de um público com renda maior e com melhores garantias de pagamento. “Como consequências, tivemos um aumento de recursos liberados e uma melhora no nível de adimplência”, ressalta.

Outro movimento observado pela Anef foi o aumento da procura por consórcios. “Parece que o brasileiro se lembrou de que existia o consórcio, especialmente nas classes C e B, por ser mais barato ao exigir somente a taxa de administração e por oferecer prazos mais longos”, destaca Décio Carbonari. Segundo ele, no acumulado dos últimos quatro anos a participação do consórcio nas compras de carros novos subiu de 4% para 8%.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Brasileiros levam mais tempo de casa para o trabalho

Pesquisa do IBGE aponta que a situação é mais grave no Sudeste: 13% das pessoas leva mais de uma hora para chegar ao trabalho. O índice supera a média nacional de 9,8%


Vencer o trânsito é um desafio diário para milhões de pessoas. Às 7h, muita gente já saiu de casa ou está se preparando para sair para o trabalho, para a escola, para a universidade.

Segundo levantamento do IBGE, aumentou o tempo que o brasileiro gasta para ir e vir nas grandes cidades do país. Em 10 anos, aumentou o número de brasileiros que levam mais tempo nos deslocamentos de casa para o trabalho.

A situação é mais grave na Região Sudeste, a mais rica e mais populosa do país: 13% das pessoas leva mais de uma hora para chegar ao trabalho. O índice na região supera a média nacional de 9,8%.
Nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio, o IBGE registrou os maiores percentuais de trabalhadores que levam mais de uma hora no trajeto até o emprego.

Quem vê o Marcelo chegar ao trabalho nem imagina a maratona que ele enfrenta todos os dias antes das 5h. “Acordo 4h30, saio de casa 5h, pego trem 5h20, chego na Central umas 6h50, pego ônibus e chego no trabalho mais ou menos 7h10”, conta.

Para empresários, quem mora longe, produz menos. Segundo especialista da Fundação Getúlio Vargas, são os mais pobres os que moram mais longe do emprego. E sofrem os efeitos disso no dia a dia. “Acabam logicamente tendo uma queda na sua produtividade, no seu ânimo, acaba gerando estresse e, consequentemente, pode gerar problema de saúde”.

De cada 10 acidentes de trânsito, 7 envolvem motociclistas



De cada dez acidentes de trânsito ocorridos no país em 2012, sete envolvem motociclistas. Segundo o Denatran, a frota de motos em todo o Brasil cresceu quase 400% nos últimos 10 anos, duas vezes mais do que a de veículos. Para o órgão, o maior número de motocicletas nas ruas das cidades brasileiras eleva a quantidade de acidentes envolvendo seus condutores. Em 2011, 48% das internações em hospitais públicos foram de motociclistas, de um total de 153 mil, aponta o Ministério da Saúde.

Nos primeiros noves meses de 2012 (janeiro a setembro), foram pagas 355.647 indenizações do Seguro DPVAT em todo território nacional. Um crescimento de 39% se comparado ao mesmo período de 2011. Na divisão por tipo de veículos, 69% foram indenizações para acidentados com motos, 25% com carros de passeio, 4% caminhão e 2% ônibus e microônibus. A indenização pode ser solicitada por qualquer pessoa ou familiar em casos de morte, invalidez permanente ou reembolso de despesas médicas ou hospitalares devido a acidentes de trânsito.

O aumento do número de motos, que, por sua vez, elevou o número de acidentes, também provocou o crescimento de uma outra estatística, a da taxa de mortalidade. A quantidade de óbitos em acidentes com motos subiu 21%, de 8.898 em 2008 para 10.825 em 2011. Atualmente, o número de motociclistas mortos no trânsito é de 5,7 para cada grupo de 100 mil habitantes. A estatística supera o número de pedestres mortos, 5,1, e as vítimas de outros veículos, 5,4, que engloba carros de passeio, ônibus e caminhões.

Nesse ritmo, os custos com internações passaram de R$ 2,29 milhões, em 2008, para R$ 4,6 milhões em 2011. Na Bahia, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram aumento de 102%, o segundo maior do Brasil nos últimos quatro anos, atrás somente de Goiás. De 2008 a 2011, foram 12.325 internações que custaram R$ 14,6 milhões aos cofres públicos.

Homens entre as maiores vítimas

A maioria das vítimas é formada por homens, com idades entre 18 e 34 anos, ou seja, em idade economicamente ativa, segundo dados da Seguradora Líder DPVAT, administradora do Seguro DPVAT no Brasil. "Existe, nesse caso, o fator preponderante da profissão (motoboys), que é mais do sexo masculino", explica Angela Amparo, assessora de Relações Institucionais da Seguradora.

Os motivos para os acidentes com motos no trânsito são variados, mas o principal problema aponta para a imprudência. No Brasil inteiro, são 17 milhões de motocicletas nas ruas, mas apenas 1,4 milhões de pessoas estão habilitadas a conduzi-las. Na Bahia, não há registros de quantos trafegam sem a autorização dos órgãos de trânsito.

"Grande parte não tem habilitação e essas pessoas desconhecem regras básicas de conduta no trânsito e não tiveram a preparação necessária para conduzir uma motocicleta", afirma o major Genésio Luide, do Departamento de Trânsito da Bahia (Detran-Ba).

Nas ruas de Salvador, o comportamento inadequado de muitos motociclistas chama a atenção. Não é difícil, em circulação pela cidade, encontrar motos que trafegam nos corredores que se formam entre os carros - o que é proibido, já que, uma moto deve ocupar o mesmo espaço de um carro -; ou mesmo flagar mais de uma pessoa na carona ou condutores sem capacete.

Sobre o despreparo dos motociclistas, o major acrescenta: "A imprudência é o principal fator de acidente. O que temos pedido sempre é que se evite a pressa no trânsito, que leva ao excesso de velocidade em um espaço cada vez menor nas ruas, o que acaba desencadeando essa guerra entre motos e veículos".

Leis de trânsito

A legislação de trânsito é clara quando obriga todos os motociclistas a usarem o capacete. O equipamento é de extrema importância para evitar lesões e fraturas na cabeça, tendo em vista que os condutores de motocicleta, pela falta de proteção desse tipo de veículo, estão muito mais expostos do que os motoristas dos carros. "O código não fala da obrigatoriedade de jaquetas, luvas e joelheiras, o que fica como uma dica para se proteger", realça o major Luide.

Embora credite parte das ocorrências ao comportamento no trânsito, Genésio Luide reconhece as falhas do código de trânsito, que exige mesma carga horária e disciplinas nas aulas de formação de condutores de motos e veículos. De acordo com o major, existe um projeto no Denatran para melhorar a formação dos condutores, com carga horária e disciplinas adequadas a cada especificidade.

Enquanto as modificações não são realizadas e os cursos e campanhas feitas pelos órgãos que disciplinam e tratam do trânsito pouco interferem na redução das estatísticas, o mais indicado é ficar atento às dicas para evitar acidentes.

"É importante evitar excesso de velocidade, respeitar as leis de trânsito, dar manutenção à moto e não responder às provocações, fechadas e insultos. O trânsito precisa ser mais humanizado", finaliza Luíde.

Autoescolas podem ter isenção de IPI na compra de veículos

O projeto permite incentivo à renovação da frota de veículos das escolas de formação de condutores de veículos

A aquisição de carros por autoescolas deve passar a contar com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da mesma forma que já contam táxis e veículos para deficientes físicos.

O Projeto 334/2012 da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que garante essa isenção, foi aprovado nesta quarta-feira (28/11), em decisão terminativa, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado e segue agora para a Câmara dos Deputados. A senadora lembra que a quantidade de mortos e feridos em acidentes, no Brasil supera as estatísticas de guerras e conflagrações diversas que ocorrem em todo o mundo.

“Anualmente, mais de quarenta mil pessoas perdem a vida em acidentes de trânsito no Brasil. Por isso, a formação correta e rigorosa dos condutores de veículos automotores é fator primordial para a segurança do trânsito”, defende, justificando a necessidade do incentivo a aquisição de veículos novos para formação de condutores.

Vanessa ressalta que o projeto também faz justiça a uma área muito importante para a educação. “Estamos reconhecendo a educação para o trânsito como parte integrante do Sistema Educacional Brasileiro”. O relator do Projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), também destacou que o projeto permite incentivo à renovação da frota de veículos das escolas de formação de condutores de veículos. Considerou merecida a isenção pelos relevantes serviços que a categoria presta à sociedade, e ressaltou ainda que a medida “irá certamente favorecer o aumento da segurança e eficiência dessas instituições na sua nobre missão”.

Com informações da Agência Senado

Imprudência pode causar acidentes e mortes no trânsito; veja como evitar


Em 2010, mais de 42 mil morreram no trânsito, maior parte por imprudência
 
Em 2010, mais de 42 mil brasileiros morreram no trânsito brasileiro, sendo que a maioria dos óbitos aconteceu por causa de imprudência. Como maneira de evitar esses acidentes, a principal dica é utilizar sempre os acessórios de segurança nos carros e motos, como alertaram a pediatra Ana Escobar e a fisiatra Júlia Greve no Bem Estar desta quinta-feira (29).
 
O uso das cadeirinhas para crianças se tornou obrigatório em setembro de 2010 e, desde então, o número de mortes diminuiu nas estradas brasileiras. Caso o motorista desrespeite essa lei, ele pode levar sete pontos na carteira de habilitação, multa de pouco mais de R$ 191 e ter o veículo apreendido.
 
Segundo a pediatra Ana Escobar, todas as crianças com menos de 12 anos devem viajar sempre no banco de trás. Além disso, os pais devem respeitar a idade e o peso e prendê-las na cadeirinha ideal para cada uma. Mesmo que a criança insista que não quer ser presa, os pais precisam ser firmes e fazê-la entender que aquela é uma medida de segurança que pode salvar vidas. A recomendação é de que os bebês de até 9 kg utilizem o bebê conforto ou assento conversível voltados para o vidro traseiro; já os com mais de 9 kg têm que ficar na cadeirinha, sempre no meio do carro; dos 7 aos 12 anos ou com mais de 18 kg, a indicação é usar o assento elevado.
 
No entanto, antes de comprar o acessório, os pais devem considerar o peso e a altura dos filhos porque existem cadeirinhas que podem ser utilizadas por crianças com até 10 anos. Caso a criança seja grande, após os 7 anos de idade, ela já pode ficar no banco de trás apenas com o cinto de segurança. A recomendação de utilizar o cinto mesmo na parte traseira do carro vale também para os adultos, como alertaram as médicas.
 
No caso dos motociclistas, o uso do capacete é a melhor medida de segurança no trânsito. No entanto, o acessório deve ser testado e aprovado pelo Inmetro antes de ser comprado. Dessa maneira, o risco de acidente e trauma diminui muito - dados do Ministério da Saúde mostram que o número de mortes em acidentes com moto subiu 21% nos últimos anos, número maior do que o dos acidentes com pedestres e outros veículos.
 
A falta do uso do capacete ou o uso de acessórios de má qualidade podem causar traumas de crânio, como explicou a fisiatra Júlia Greve. Algumas fraturas podem levar à gangrena, ou seja, a perda de vascularização de uma determinada região do corpo por obstrução de alguma artéria, que pode causar até mesmo a amputação de algum membro.
 
Segundo a fisiatra, lesões na medula também são bastante comuns, principalmente no caso de pais que levam os filhos no colo dentro do carro. Esses traumas são muito difíceis de serem revertidos, por isso, a prevenção e a conscientização no trânsito são essenciais para evitar que essas complicações aconteçam.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Gasolina deve subir até 15% em fevereiro

O presidente da Energy Brazil, Pedro de Menezes Cortés, disse nesta terça-feira que a empresa trabalha com a expectativa de que o governo aumentará o preço da gasolina no início de 2013. Segundo cenário apresentado pela empresa de investimento em energia, após as eleições e o prejuízo bilionário da Petrobras, o combustível subirá entre 10% a 15% em fevereiro.

"Em 2012, tivemos as eleições municipais e há pressão para não haver aumento de preços. Em 2014, teremos eleições presidenciais no Brasil. Então, o cenário se repete.Em 2013, porém, temos uma janela de oportunidade para o governo aumentar o preço dos combustíveis", disse em palestra durante o 21º Seminário da Organização Internacional do Açúcar (ISO).

A estratégia energética brasileira, especialmente a política de preços da gasolina, foi fortemente debatida no evento - já que decisões do governo podem aumentar ou reduzir a demanda por etanol, o que se reflete nos preços do açúcar.

Cortés comentou, ainda, que a empresa também trabalha com a perspectiva de que o governo aumente a mistura de álcool anidro à gasolina dos atuais 20% para 25% no segundo semestre de 2013. A mesma previsão foi apresentada na terça-feira pela consultoria Datagro.

Durante o seminário sobre as perspectivas do mercado brasileiro, o presidente da Energy Brazil reclamou do aumento de custos do setor no País. Citou como exemplos as recentes mudanças na legislação trabalhista no transporte rodoviário, que passou a exigir descanso obrigatório dos motoristas. Esse fato, explicou, contribuiu para aumentar o custo de transporte para o setor de açúcar e etanol em cerca de 40%.

sábado, 24 de novembro de 2012

Como evitar acidentes em cruzamentos

Muitos acidentes ocorrem em cruzamentos, bem como em entradas e saídas de veículos. Veja como evitá-los.
 
Nas vias urbanas, a maioria dos acidentes ocorre em cruzamentos, assim como em entradas e saídas de veículos. De acordo com dados dos Detrans estaduais, dos acidentes de trânsito ocorridos nas grandes cidades, em média, 35%, foram relativos à colisão transversal (em cruzamentos). A maioria dos cruzamentos com alto índice de acidentes tem algumas características em comum: locais de grande fluxo, com sinalização e semáforos, alguns com a presença da fiscalização eletrônica, poucos com tempo exclusivo para pedestres.

O Código de Trânsito Brasileiro é bem claro quando se trata de prevenção de acidentes em cruzamentos, quando diz em seu artigo 44 que “ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência”.

“O aumento da fiscalização, a eliminação das áreas de conflito nas vias e a educação são mudanças que tendem a diminuir os acidentes e, principalmente, as mortes”, explica Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal. Outro item importante, segundo a especialista, é a sinalização. “A sinalização vertical e horizontal sempre deve existir nos cruzamentos e o motorista deve estar atento às placas, pois elas regulamentam os trechos”, afirma.

Segundo os dados dos Departamentos Estaduais de Trânsito, boa parte dos acidentes ocorre em vias sinalizadas, inclusive com semáforos. “Muitos acidentes poderiam ser evitados se os motoristas obedecessem a sinalização de trânsito, porém, se analisarmos as infrações mais cometidas nas grandes cidade, o avanço de sinal vermelho destaca-se entre elas”, diz Sizilo.

Para evitar acidentes

Quando aproximar-se de um cruzamento, é importante redobrar a atenção e sempre respeitar à preferência das vias. Se não houver sinalização, a preferência é de quem se aproxima pela direita. “Além disso, quem estiver circulando por rodovias e em rotatórias também tem a preferência. Porém mesmo tendo a preferência, é necessário aproximar-se do cruzamento com cuidado”, completa Sizilo.

Cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. “Colisões com trens são gravíssimas e muito mais frequentes do que se pode supor”, diz Sizilo.

É preciso estar atento com os procedimentos de conversão, principalmente à esquerda. Lembrar-se também de dar preferência a pedestres e veículos não motorizados. “Uma regra importante e que pode evitar acidentes é não ultrapassar nos cruzamentos ou em suas proximidades”, conclui Sizilo.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Consulte seus direitos

O que é DPVAT?

Toda a facilidade para vítimas, beneficiários, corretores de seguro e hospitais no atendimento aos processos de indenização do Seguro Obrigatório.
O Seguro DPVAT foi criado com o objetivo de garantir indenizações em caso de morte e/ou invalidez permanente às vítimas de acidentes causados por veículos, além do reembolso de despesas médicas.

A partir de janeiro de 2008, o seguro DPVAT é administrado pela Seguradora Líder dos Consórcios DPVAT S/A, empresa com sede à Rua Senador Dantas, 74 - Rio de Janeiro - RJ, inscrita no CNPJ sob número 09.248.608/0001-04.

A Centauro Vida e Previdência é uma das acionistas da Seguradora Líder e, portanto, participante do Consórcio DPVAT. Com uma equipe de técnicos especializados, a Centauro oferece uma estrutura profissional para o atendimento de vítimas, beneficiários, corretores de seguros e hospitais. Tudo dentro do compromisso Centauro de prestar serviços de alta qualidade com excelente atendimento.

Valores de Indenização

Cobertura / Indenização
- Morte: R$ 13.500,00
- Invalidez Permanente: até R$13.500,00
- Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS): até R$ 2.700,00


São estes os valores de indenização do Seguro DPVAT, definidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. O pagamento destes valores em reais e não em salários mínimos foi ratificado pela Lei 11.482/07, art 8º.

1. INDENIZAÇÃO POR MORTE

- Situação coberta: morte de motoristas, passageiros ou pedestres, provocada por veículos automotores de via terrestre ou cargas transportadas por esses veículos, em atropelamentos, colisões e outros tipos de acidentes.
- Valor da indenização: o valor da indenização é de R$ 13.500,00 por vítima

 2. INDENIZAÇÃO POR INVALIDEZ PERMANENTE

- Situação coberta: invalidez permanente total ou parcial decorrente de acidente envolvendo veículos automotores de via terrestre ou cargas transportadas por esses veículos.

Entende-se por INVALIDEZ PERMANENTE TOTAL OU PARCIAL a perda ou redução, em caráter definitivo, das funções de um membro ou órgão, em decorrência de acidente provocado por veículo automotor. A impossibilidade de reabilitação deve ser atestada em laudo pericial.
- Valor da indenização: o valor da indenização é de até R$ 13.500,00 por vítima. Variando conforme a gravidade das seqüelas e de acordo com a tabela do Seguro de Acidentes Pessoais. (1)

3. REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICO-HOSPITALARES DAMS

- Situação coberta: reembolso de despesas médico-hospitalares pagas por pessoa física ou jurídica pelo tratamento de lesões provocadas por veículos automotores ou por cargas transportadas por esses veículos.
Valor do reembolso: o valor do reembolso é de até R$ 2.700,00 por vítima, variando conforme a soma das despesas cobertas e comprovadas, aplicando-se os limites definidos nas tabelas autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP. (2)


(1) A quantia que se apurar, tomará por base o percentual da incapacidade de que for portadora a vítima, de acordo com os critérios estabelecidos no §1º, e seus incisos, do art. 3º da Lei n.º 6.194/74, com as alterações dadas pelas Leis nº11.482/07 e nº 11.945/09, e com a tabela de Danos Corporais Totais, constante do anexo daquela Lei, tendo como indenização máxima a importância segurada vigente na época da ocorrência do sinistro.


(2) Os valores de indenização de DAMS serão pagos até o limite definido em tabela de ampla aceitação no mercado, tendo como teto máximo o valor vigente na data de ocorrência do sinistro. Os valores de indenização de tal tabela deverão ter, como limite mínimo, os valores constantes da Tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). O Seguro DPVAT assegura à vítima o reembolso de despesas médico-hospitalares, desde que devidamente comprovadas, efetuadas pela rede credenciada junto ao Sistema Único de Saúde, quando em caráter privado, vedada a cessão de direitos, bem como veda o reembolso quando o atendimento for realizado pelo SUS, sob pena de descredenciamento do estabelecimento de saúde do SUS, sem prejuízo das demais penalidades previstas em lei.
FONTE: SUSEP

4. ACIDENTES COM ÔNIBUS, MICROÔNIBUS E VANS

Os acidentes provocados por ônibus, micro-ônibus e vans de transporte coletivo, passaram a ser cobertos pelo Consórcio DPVAT a partir de 01/01/2005. Para acidentes dessa origem ocorridos antes de 01/01/2005, o beneficiário deve procurar a Seguradora que emitiu o Bilhete de Seguro DPVAT para o veículo causador do acidente. O nome e endereço da Seguradora deverão ser informados pela Empresa ou pessoa proprietária do veículo.

5. VEÍCULOS NÃO IDENTIFICADOS

É necessário constar no Boletim de Ocorrência a comprovação de que o veículo não pode ser identificado.
Para veículos não identificados em acidentes ocorridos antes de 13.07.1992, de acordo com a legislação vigente não há o reembolso de despesas médicas e hospitalares, nem cobertura para Invalidez Permanente, e para os casos de morte a indenização estará limitada a 50% do valor vigente na data de seu pagamento.

Vítimas de acidentes de trânsito serão homenageadas

 
Curitiba receberá, nesta quarta-feira (14), sábado (17) e no domingo (18), ações em homenagem a vítimas de acidentes de trânsito. As ações são realizadas pela Secretaria Municipal de Trânsito, em parceria com o Departamento de Trânsito do Paraná, a Secretaria Municipal de Saúde e a Câmara Setorial de Trânsito da Associação Comercial do Paraná, da qual o Portal do Trânsito faz parte.

Segundo os organizadores, as atividades buscam sensibilizar a população sobre os graves problemas causados pela irresponsabilidade de condutores e pedestres.

Nesta quarta (14), das 9h às 17h, um painel instalado na Boca Maldita permitirá que as pessoas que passem pelo local deixem mensagens em homenagens a familiares e amigos que foram vítimas de acidentes de trânsito. Às 11 horas haverá ato público com a presença de autoridades, para ressaltar a importância de respeitar o próximo, ter paciência e ser cordial com os demais motoristas e pedestres.
 
No sábado (17), durante a partida entre Coritiba e Vasco uma faixa, em homenagem às vítimas, será carregada no início e no intervalo do jogo, mostrando aos torcedores presentes no Couto Pereira, a importância de valorizar a vida e a segurança no trânsito.
 
No domingo (18), haverá celebração, às 11 horas, no Memorial das Vítimas de Trânsito, no Parque Barigui. Uma oração ecumênica será feita no local e balões amarelos e pombos, símbolos da paz no trânsito, serão soltos como reverência. Policiais e agentes de trânsito também plantarão flores como homenagem.
 
Durante a Maratona Internacional de Curitiba, que acontece no domingo, o percurso por onde passarão os atletas receberá uma intervenção especial. Carros que se envolveram em acidentes de trânsito serão colocados ao longo do trajeto para lembrar as consequências da imprudência dos condutores.
Dia Mundial
 
O terceiro domingo de novembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito, para alertar a população sobre os impactos sociais e econômicos que os acidentes de trânsito causam. Neste ano o tema é "Agora é hora para aprender com o passado".

Dia Mundial em Memória as Vítimas de Trânsito 2012

 
No próximo dia 18 de novembro é celebrado o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, data instituída em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas para homenagear as pessoas que morreram em virtude de acidentes de trânsito, além de famílias, e todos aqueles que de alguma forma tiveram suas vidas afetadas por essas tragédias.

Desde então, os Estados-Membros e a Comunidade Internacional adotam todo terceiro domingo de novembro para a celebração anual. O tema deste ano foi estabelecido como: "Agora é hora para aprender com o passado". Essa celebração foi criada em 1993 pela RoadPeace, uma organização de caridade do Reino Unido em prol das vítimas de acidentes rodoviários.

O engenheiro Fernando Diniz, pai de Fabrício Diniz, uma das vítimas do trânsito e também fundador da ONG Trânsito Amigo, uma instituição que celebrou em 2007 essa data pela primeira vez no Brasil, explica que o tripé da sustentabilidade de trânsito é formado por leis, fiscalização e justiça. Para Diniz, estas leis, que já existem, precisam ser colocadas em prática, a fiscalização deve se estender para todas as cidades, como por exemplo, no Rio de Janeiro, cidade que adotou a fiscalização da Lei Seca como política pública governo. A justiça, no entanto, é a parte mais frágil integrante desse tripé, pois a justiça ainda é falha e as sentenças, muitas vezes, incoerentes.

De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde em 2010, 40.610 pessoas foram vítimas fatais do trânsito, sendo que 25% delas, por ocorrências com motocicletas. Neste mesmo ano, também foram feitos mais de 145 mil internações no Brasil inteiro, em razão de acidentes de trânsito.

Fernando Pedrosa, especialista em prevenção e segurança no trânsito e Membro Titular da Câmara Temática de Educação para o trânsito diz que essa não é uma data triste, nem uma missa fúnebre, ela tem dois focos: “o primeiro é lembrar com saudade e alegria daquelas vítimas de acidentes de trânsito e o segundo foco é tematizar essa celebração, alertando para algum aspecto importante que precisa ser feito”, explica.

Segundo Pedrosa, o grande desafio das entidades que participam desse movimento é “criar em cada capital um memorial, uma obra de arte, um elemento que consagre essa decisão de cada cidade de se comprometer com a segurança no trânsito”.

Ainda de acordo com Diniz, o grande objetivo do Dia Mundial é despertar a sociedade para a necessidade de cada um fazer separadamente a sua parte e todos trabalharem em conjunto com responsabilidade.

O Dia Mundial pelo Brasil

São Paulo (SP)

O Detran.SP, em parceria com a Polícia Militar e um grupo de ONGs e movimentos civis, como Trânsito Amigo, Viva Vitão, Não foi Acidente e Vida Urgente, irá promover uma grande ação no Parque da Juventude, na Capital, entre 10 e 14 horas. O dia será iniciado com um ato ecumênico em homenagem às vítimas do trânsito, reforçando a luta em defesa da vida. Atividades educativas voltadas para o público infantil, peças teatrais e shows musicais complementam a programação, que deverá impactar cerca de três mil pessoas.

Curitiba (PR)

No domingo, dia 18 de novembro, haverá uma celebração às 11 horas no Memorial das Vítimas de Trânsito, no Parque Barigui. Será realizada a colocação de flores amarelas por Policias e Agentes de Trânsito, bem como uma oração ecumênica, soltura de balões amarelos e uma revoada de pombos em reverência à memória às vítimas de acidentes de trânsito.

Durante a Maratona Internacional de Curitiba, que também será no domingo (18), serão colocados ao longo do percurso por onde passarão os atletas, carros que sofreram acidentes de trânsito, para lembrar as consequências dos acidentes.

Palmas (TO)

A programação inclui a Exposição "Na Estrada", do artista Visual Cláudio Montanari, que estará disponível a visitação entre os dias 13 a 24 de novembro, no Hall do Sesc Centro de Atividades.

Haverá ainda breve solenidade com Menção Honrosa às vitimas de trânsito, na Câmara Municipal de Palmas, com a apresentação do Projeto Vida no Trânsito; Mobilização dos motoristas de ônibus, taxi e mototaxi para uso de uma peça de roupa branca, como alusão ao dia e leitura de mensagem sobre o Dia em Memória as vitima de trânsito, nas instituições religiosas.

No dia 18 de novembro será feita distribuição de margaridas brancas com cartão mensagem, por parentes das vitimas de trânsito, no Palmas Shopping.

Terezina (PI)

No dia 18 de novembro, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, em todas as missas realizadas no Estado serão feitas preces e orações homenageando as pessoas que perderam suas vidas em decorrência da imprudência no trânsito. E 500 balões serão soltos como forma de celebrar a vida e homenagear as vítimas.

Na mesma data, a Ponte Estaiada receberá uma iluminação na cor laranja. Em todo o País, diversos pontos turísticos e monumentos também serão iluminados como forma de lembrar as vítimas do trânsito. A iluminação na Ponte Estaiada permanecerá na cor laranja até o dia 21 de novembro.

Lei da cadeirinha reduz as mortes de crianças vítimas do trânsito


 
 
 
Crianças menores de dez anos devem ser transportadas no banco de trás do veículo
 
 
 

 
 
As mortes de crianças de até 10 anos de idade que estavam sendo transportadas em automóveis reduziram 23%, após um ano da entrada em vigor da Resolução nº 277, de 28 de maio de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), conhecida como Lei da Cadeirinha. De setembro de 2009 a agosto de 2010, o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde notificou a morte de 296 crianças nessa faixa etária.
 
Entre setembro de 2010 - quando a lei passou a valer - e agosto de 2011, o número caiu para 227. Se comparado com a média dos cinco anos anteriores à Lei, a queda foi de 15%. Os dados fazem parte da primeira “Avaliação Preliminar do Impacto da Lei da Cadeirinha Sobre os Óbitos de Menores de 10 anos de Idade no Brasil”, elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
 
Para o gestor em segurança Vagner Ferreira, está havendo uma mudança cultural: “Os pais perceberam a importância do equipamento para segurança de seus filhos, a obrigatoriedade impulsionou, mas hoje percebe-se a mudança no comportamento”, afirma. Em seis anos, é a primeira vez que há registro de queda. “Os dados divulgados são importantes e confirmam a tendência constatada no dia a dia de que as pessoas aos poucos estão se preocupando mais com a segurança no trânsito e de seus familiares, colaborando com a segurança de seu próximo também”, salienta o gestor.
 
Em relação à prevenção, Vagner afirma que em qualquer segmento que trate de segurança é essencial agir preventivamente: “Em se tratando de segurança no trânsito não é diferente, pois a potencialidade do acidente de trânsito é enorme e fatalmente levará pessoas a perderem a vida”, fala.

Fórmula 1 estuda copiar Código de Trânsito Brasileiro





FIA quer mais rigor nas punições aos pilotos mesmo depois das corridas





A Fórmula 1 quer copiar o Código de Trânsito Brasileiro e adotar um sistema de pontos aos pilotos infratores, segundo a revista inglesa Autosport. A medida ultrapassaria inclusive os limites da pista e também ficaria de olho no comportamento de cada um no Mundial.


A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) entende que a medida iria endurecer mais as punições, principalmente, entre os pilotos reincidentes nas barbeiragens. Além disso, uma padronização vem sendo estudada, assim como o comportamento dos pilotos fora das pistas. A entidade não gostou nada dos palavrões de Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen no GP de Abu Dabi. O diretor de provas da FIA, Charlie Whiting, disse que a ideia será apresentada às equipes antes do GP do Brasil e estabelecerá que, quanto mais grave o incidente, maior a pontuação aplicada ao competidor.

Com pontos acumulados, o competidor sofreria as punições que vão até a suspensão por um GP.

— Se você acumular 12 pontos, ou qualquer coisa que seja, então vai ser suspenso por uma etapa. Esse é o tipo de questão que estamos discutindo.

Mortes nas rodovias federais caem 19% no último feriado

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou queda de 19% no número de mortes em acidentes nas rodovias federais durante o feriado da Proclamação da República. Ao todo, foram 110 mortes entre os dias 14 e 18 de novembro, contra 135 no mesmo período do ano passado. Minas Gerais foi o Estado com a maior redução, passando de 23 para 15 mortes, equivalente a queda de 35%.
A Bahia apresentou aumento de 44% no número de mortes, subindo de nove para 13 na comparação. Os acidentes nas rodovias federais caíram 26% no feriado em relação ao mesmo período de 2011. No feriado deste ano, foram 2.310 acidentes, ante 3.124, em igual período do ano passado. O Rio de Janeiro foi o Estado com a maior queda, com 47% menos acidentes (de 315 para 166).


Já a Bahia registrou a menor queda, apenas 3% (de 126 para 122 acidentes). Em relação aos feridos, a redução foi 23% no país, caindo de 1.766, no feriado em 2011, para 1.367, no mesmo período deste ano. Durante a Operação Proclamação da República, a PRF fez 15.757 testes do bafômetro, com 661 autuações e 169 prisões. O principal foco da operação era combater motoristas embriagados ao volante.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Carros populares estão abaixo dos padrões globais, diz Proteste

Carros populares apresentaram mau desempenho nos testes de colisões realizados pela Latin NCAP, em parceria com a Proteste - Associação de Consumidores. Os órgãos afirmaram que a segurança dos veículos produzidos na América Latina está abaixo dos padrões globais, cerca de 20 anos atrasada em relação aos países ricos.

Os piores carros avaliados foram o Renault Sandero e o chinês JAC J3, com avaliações mostrando que “estruturas frágeis na carroceria colocam em risco a vida de seus motoristas e ocupantes”.

O Renault Sandero, que na Europa é conhecido por sua segurança exemplar, obteve apenas uma estrela no desempenho instável da carroceria, além de ser prejudicado nos testes devido à falta de airbags. Segundo a Proteste, no continente europeu dificilmente um carro tem uma avaliação menor do que quatro estrelas.

Por outro lado, embora o JAC J3 tenha dois airbags, o modelo também só alcançou uma estrela. “Isso comprova que airbags não são suficientes para tornar os carros mais seguros quando a estrutura da carroceria é deficiente”, relataram os testes. Procuradas, as montadoras Renault e JAC Motors não foram localizadas para explicar o mau desempenho.

O Latin NCAP aconselha que os consumidores devem exigir dos fabricantes a adoção das recomendações da Organização das Nações Unidas em relação aos padrões dos testes de colisão (regulamentos R94 e R95). "Desta maneira, haverá mais proteção a todos os envolvidos no trânsito e os consumidores terão oportunidade de escolher seus carros segundo as avaliações de segurança dos testes de colisão", lembra a pesquisa.

Outros desempenhos
Os carros foram submetidos a uma colisão frontal a 64 km/h. Dos oito veículos testados, cinco conseguiram quatro estrelas: Ford New Fiesta KD, Honda City, Renault Fluence, Toyota Etios hatch e o Volkswagen Polo hatchback, combinando os três itens principais de segurança - resistência estrutural da carroceria, air bags e cintos de segurança.

O clássico Volkswagen Bora obteve três estrelas, pela baixa resistência da sua estrutura.

Testes
Os carros são avaliados pelo número de estrelas, variando de zero a cinco. Quanto mais seguro, mais estrelas ganha, de acordo com a segurança ideal aos ocupantes dos veículos. Este foi o terceiro ano de testes. No período, já foram testados 26 modelos diferentes.

Aulas com simulador nas autoescolas

Esta semana o Contran publicou, em Diário Oficial, a resolução 420/12 que altera a Res.168/04 do mesmo órgão e institui, como obrigatórias, as aulas em simulador no curso de formação de condutores.
 
Conversei com a Coordenadora-Geral de Qualificação do Fator Humano no Trânsito do Departamento Nacional de Trânsito, Maria Cristina Alcântara Andrade Hoffmann e ela me explicou alguns pontos da Resolução:
 
1) Hora-aula no simulador terá 30 minutos
 
O período da hora-aula no simulador será de 30 minutos, diferente das aulas teóricas que tem a duração de 50 minutos.
 
2) Aulas no simulador antes da prova teórica

As aulas no simulador serão realizadas após concluído o curso teórico e antes do exame teórico para a primeira habilitação.
 
3) Nenhum simulador ainda homologado

Segundo Maria Cristina, nenhum simulador ainda foi homologado pelo Denatran.

4) Junho de 2013
 
Até junho de 2013 todas as autoescolas deverão dispor de aulas em simuladores.
 
Além disso, a coordenadora citou que o objetivo desta ação é aperfeiçoar ainda mais o processo de formação de condutores, respeitando a segurança no trânsito e a integridade dos candidatos. “Será possível treinar em situações que talvez ele nem consiga encontrar em aulas práticas como as condições adversas, num ambiente seguro, que traga mais confiança para o futuro motorista”, diz Maria Cristina.
 
O governo, totalmente envolvido com o Pacto Nacional de Redução de Acidentes (PARADA), está trabalhando com ações para reduzir em 50% o número de mortes no trânsito. E por este motivo, outras mudanças poderão surgir no processo de primeira habilitação. Para Maria Cristina, o importante é estarem todos do mesmo lado. “Os CFCs tem um papel fundamental nesse processo e nós sentimos que eles estão preocupados com isso”, avalia a coordenadora.

Como já disse em outros posts, acredito que tudo que venha para melhorar a formação dos nossos motoristas, é extremamente válido e deve ser levado a sério por todos os envolvidos nesse processo. Os números estão aí e não é preciso dizer que o trânsito não é brincadeira. Precisamos fazer a nossa parte!

O perigo de deixar crianças sozinhas no carro





Não importa se por dez minutos ou duas horas, essa atitude pode ser fatal


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Uma criança pode morrer de insolação em um dia de temperatura amena, beirando os 23 graus. Há uma razão médica para que isso aconteça, seus organismos são diferentes dos de adultos. O corpo de uma criança pode aquecer cinco vezes mais rápido que um de adulto.

Segundo o NHTSA, órgão americano de segurança, a temperatura dentro de um carro pode subir 20 graus em apenas 10 minutos. Ainda, conforme o órgão, em um dia em que esteja fazendo 26º, a temperatura no interior de um automóvel fechado, pode rapidamente chegar a 40º.

A insolação acontece quando o organismo perde a capacidade de regular sua temperatura interna, parando de transpirar. Os sintomas são perda de consciência, falta de ar, desmaios, vertigens, extremidades arroxeadas, fortes dores de cabeça e delírios.

As estatísticas são difíceis no Brasil, mas desde 1998, mais de 500 crianças em todos os EUA morreram de hipertermia, quando desacompanhado em um veículo. Mais da metade destas mortes ocorreu porque o responsável esqueceu que a criança estava no carro ou caminhão.

Trânsito
Além do perigo de insolação, crianças sozinhas no carro podem representar uma ameaça para a segurança do trânsito. “As crianças tendem a querer imitar o pai e a mãe, movendo o volante, o câmbio, e por um descuido podem dar partida no veículo ou até mesmo soltar o freio de mão, o que pode causar um acidente”, afirma Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal.

O cuidado principal, nesses casos, é não deixar o pequeno sozinho no veículo. “Não existe hipótese nenhuma que justifique essa negligência. A única forma de evitar uma tragédia é não deixá-lo sozinho no carro”, diz Elaine.

Crime
A especialista lembra ainda que o artigo 133 do Código Penal prevê que “abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, é incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono” caracteriza crime de abandono de incapaz.

Neste artigo, ainda segundo Sizilo, o Código Penal não defende apenas crianças, mas idosos ou quaisquer pessoas que estejam desprovidas de consciência e não possam responder por seus atos.