segunda-feira, 20 de maio de 2013

Teste prova que álcool e direção não combinam

Todos sabem que álcool e direção não combinam, mas há quem ainda insista em se arriscar em ruas e estradas depois de ingerir bebidas alcoólicas.

Para comprovar os efeitos nocivos do álcool nos motoristas, a Base de Trânsito da Polícia Militar de Bauru e o Clube de Carros Antigos do Centro Oeste Paulista promoveram neste domingo um teste que poderia ser considerado engraçado não fosse a seriedade do assunto. Cinco voluntários, de idades, alturas e pesos diferentes, ingeriram uma lata de cerveja e passaram a percorrer um circuito montado no estacionamento do Walmart.

Antes de entrar no carro, acompanhados de uma instrutora de autoescola, os voluntários sopravam o etilômetro. Depois, tomavam mais uma dose e refaziam o percurso.

Após a primeira lata de cerveja, a auxiliar administrativo Andressa Scarcella, 20 anos, atingiu a marca de 0,9 mg/l de álcool no organismo. Para o representante comercial Roberto Gonçalves, 53, uma lata de cerveja não fez diferença no etilômetro. Mas bastou beber a segunda dose para o aparelho marcar 0,05 mg/l.

“É um evento educativo, que tem a intenção de conscientizar a população para não dirigir quando consumir bebida alcoólica”, explica o tenente José Sérgio de Souza, da Base de Trânsito de Bauru.

Na opinião dos voluntários, entre uma lata e outra, pouca coisa mudou. Mas a visão da instrutora de autoescola Eliane Pereira, 28, que acompanhou cada um deles nos trajetos, a opinião é diferente.
“Depois de beber, fica nítida a diferença na troca de marcha, na arrancada mais brusca. E isso só com duas latinhas”, avalia.

Ficou provado: quem bebe, muitas vezes não percebe. Mas o álcool, em pequenas ou grandes quantidades, influencia bastante no comportamento ao volante.

Como funciona a lei seca no Brasil
Se o etilômetro marca entre 0,05 a 0,34 mg/litro de álcool, o motorista fica sujeito à multa infração gravíssima. Acima de 0,35 mg/l, o caso é considerado crime. O motorista pode ir preso, além de perder a CNH. Para atingir o limite mínimo estabelecido pela lei (0,05 mg/l) para muitas pessoas basta uma lata de cerveja.

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