sexta-feira, 29 de março de 2013

Condutores vaidosos causam milhões de acidentes

Os homens vaidosos obcecados pela sua própria imagem, que observam constantemente no espelho retrovisor enquanto conduzem, são responsáveis por milhões de acidentes de carro, revelou uma pesquisa realizada no Reino Unido.

A paisagem, as mulheres bonitas e os telemóveis são apenas algumas das razões mais conhecidas que fazem os homens desviar imprudentemente os olhos do caminho, ao conduzir.

No entanto, ao que parece, nada é mais perturbador para o condutor masculino moderno do que o seu próprio reflexo.

A sua obsessão com cabelo, aplicação de bronzeado falso e a pose ao espelho retrovisor são as causas mais comuns de acidentes entre vaidosos condutores do sexo masculino, agora apelidados de Motorsexuais.

Segundo o estudo, a obsessão pela vaidade de motoristas do sexo masculino pode ter causado cerca de 2,2 milhões de acidentes nas estradas nos últimos 12 meses.

Em média, um acidente relacionado com a vaidade causa danos no valor de 766 euros num carro, segundo a pesquisa da MORE TH>N Car Insurance.

Quer seja para se pentearem, inspeccionar a tez, fazer beicinho, posar ou verificar o brilho dos seus dentes brancos e brilhantes, o espelho do carro está perfeitamente posicionado para que os vaidosos condutores se olhem quando estão ao volante.

Mais. Estima-se que 1,3 milhões de Motorsexuais aplicam regularmente creme hidratante, auto-bronzeador e até base com o carro em andamento.

Muitos condutores do sexo masculino parecem tão preocupados com sua própria aparência que se estima que 2,9 milhões se olham ao espelho entre cinco e dez vezes durante uma simples viagem de carro de 30 minutos, mostra a pesquisa.

Ao gastarem cerca de 4,8 segundos de cada vez que se olham ao espelho, significa que milhões de condutores do sexo masculino poderão passar até 48 segundos com os olhos fixos em si próprios em vez de na estrada.

«Nós ouvimos uma série de histórias de advertência de mulheres que tentam aplicar maquilhagem ao conduzir, mas até agora os cuidados dos homens com a sua própria aparência ao volante era uma área inexplorada», disse Matt Pernet, do MORE TH>N.

«Esta pesquisa mostra que o número de Motorsexuais é significativo e que estão a colocar a sua segurança e a dos outros em risco por valorizarem mais a sua própria imagem em detrimento da estrada», acrescentou.

Feriado de Páscoa exige atenção dos motoristas nas estradas


No feriado da Páscoa, que neste ano ocorre entre os dias 29 e 31 de março, muitas famílias se deslocam para visitar parentes em regiões litorâneas e serranas, e também para participar de festas religiosas, que acontecem em todo o Brasil.
No ano passado, dados da Polícia Rodoviária Federal apontaram que as principais causas de mortes no trânsito durante a Semana Santa foram o excesso de velocidade e as colisões frontais, ocasionadas por ultrapassagens imprudentes. No total, em 2012, foram registrados 2.569 acidentes resultando em 1.524 feridos e 117 mortes.
Segundo o Ministério das Cidades, os feriados da Semana Santa são sempre muito agitados. Ao contrário de outras épocas, como o Carnaval, em que os deslocamentos são em direção ao litoral, na Semana Santa o trânsito é mais difuso – além das praias, há deslocamentos para regiões serranas, visitas a familiares e festas religiosas. Como o número de veículos nas estradas aumenta durante esse período, os riscos de acidentes também. Por isso, o motorista deve estar atento às situações de perigo podem ser evitadas com a adoção de uma conduta responsável ao dirigir.


Manutenção preventiva
O motorista deve realizar revisões periódicas do veículo, principalmente antes viajar, para verificar as condições dos freios, suspensão, alinhamento, pneus, óleo do motor, carga de bateria, faróis e lanternas.
Álcool e fadiga
Além de proibido, dirigir sob efeito de álcool coloca em risco a vida de todos que trafegam na estrada. Se o motorista estiver com sono, também é uma condição perigosa que deve ser evitada.
Celular
O motorista precisa manter o foco na estrada e não dispersar a atenção com o uso de telefone celular, envio de mensagens, uso de redes sociais e outras tecnologias. A distração pode ser fatal.

Alta velocidade
Em uma situação de colisão, o fator “alta velocidade” aumenta a gravidade do acidente, portanto é imprescindível respeitar os limites de velocidade sinalizados. Com o veículo em alta velocidade, o motorista precisa de um espaço maior para frear bruscamente ou desviar do carro à frente. No caso de chuva, esta distância (e cautela de modo geral) deve ser dobrada. À medida que a visibilidade na estrada diminui, é prudente reduzir a velocidade.

Ultrapassagem
Grande parte dos acidentes graves em rodovias federais acontece devido a ultrapassagens irregulares. Colisões com veículos que vêm em sentido contrário são gravíssimas e geralmente resultam em várias mortes. Quem optar por ultrapassar um veículo deve em primeiro lugar não “colar” no veículo da frente para não perder o ângulo de visão e certificar-se de que há espaço suficiente para a manobra. Além disso, é necessário conferir pelos retrovisores a situação do tráfego atrás do próprio veículo, não esquecendo os pontos cegos. Ultrapassar pela direita é proibido.

Cinto de segurança
O uso do cinto de segurança é imprescindível para a segurança dos ocupantes do veículo, pois reduz os riscos de fatalidades em acidentes de trânsito. Deve ser usado por todos os ocupantes, inclusive pelos passageiros do banco traseiro, estabelecido por regulamentação de trânsito.

Crianças no carro
Os adultos precisam estar atentos aos equipamentos de segurança adequados à idade, peso e altura da criança, as popularmente chamadas cadeirinhas. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito), em 2008, regulamentou a obrigatoriedade do uso de dispositivos de retenção no transporte de crianças de até sete anos e meio em automóveis. O não cumprimento dessa regulamentação resulta em infração gravíssima.

Bagagem
Objetos e bagagens devem ser transportados no porta-malas. Em uma colisão, o objeto solto pode ser arremessado no interior do veículo e seu peso é multiplicado por 50 vezes, ou mais, dependendo da velocidade. É preciso estar atento quando o veículo estiver com maior carga (passageiros e bagagens) do que o usual. Nessas condições, é necessário um maior espaço para frenagens e ultrapassagens (aceleração menor), e as curvas precisarão ser realizadas em velocidades menores.

Pedestres
O índice de sobrevivência a um atropelamento com velocidade superior a 80 km/h é praticamente nulo. É importante evitar trafegar no acostamento e reduzir a velocidade em trechos em que há travessia de pedestres.
Campanha
Para que mais vidas sejam salvas, o Ministério das Cidades lançou a campanha de conscientização com foco especial nos condutores de veículos. Com uma linguagem direta e de grande impacto visual, as peças publicitárias chamam a atenção do público para o risco da imprudência no transito. As peças se baseiam no conceito “No trânsito, a escolha é sua. Faça um pacto pela vida”, mas são divididas em temas como ultrapassagens perigosas, excesso de velocidade, bebida e direção e o perigo de dirigir falando ao celular. Cada uma delas incentiva a reflexão sobre como estamos perdendo o espírito da Páscoa quando somos imprudentes no trânsito. A campanha faz parte do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes – Parada pela Vida, criado em 2011 como resposta à Organização Mundial da Saúde, que instituiu a Década de Ações para Segurança no Trânsito – 2011/2020, com a meta de reduzir em até 50% o índice de mortalidade nas ruas e estradas dos países durante esse período.

Crianças em motos: todo cuidado é pouco!

Por serem pequenas, as crianças precisam de equipamento de segurança e capacete específico, que deve ser preso da maneira correta.
Por serem pequenas, as crianças precisam de equipamento de segurança e capacete específico, que deve ser preso da maneira correta.

Pilotar carregando um passageiro exige muito mais responsabilidade, habilidade e experiência. Transportar crianças requer cuidados em dobro, além disso, o transporte de crianças menores de sete anos em motos é proibido por lei. “Crianças abaixo desta idade não têm os reflexos e a habilidade necessária para se proteger numa eventualidade”, diz Elaine Sizilo, pedagoga especialista e consultora do Portal do Trânsito.

Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, no Brasil morrem por dia seis crianças de até 14 anos em acidentes de trânsito. Por ainda estar em fase de desenvolvimento, um menor sofre um acidente com mais severidade do que um adulto porque a sua estrutura óssea e órgãos internos ainda não estão totalmente desenvolvidos.

Apesar dessas informações, muitos pais se arriscam. “Eu não tenho outra maneira de levar a minha filha para a escola, coloco um capacete nela e ando bem devagar”, afirma Michael Matias, de 27 anos. Para Elaine Sizilo, o fato de não transitar em alta velocidade não elimina o risco a que a criança está exposta. “Os pequenos são extremamente frágeis e qualquer queda pode ter consequências sérias”, afirma.

A única maneira de prevenir estes acidentes é não infringir a lei. “O que importa não é se livrar da multa é proteger a criança”, conclui Sizilo.

Transporte correto
Para os maiores, alguns cuidados também podem evitar acidentes. O passageiro, por exemplo, não deve tirar os pés das pedaleiras nas paradas. Além disso, tem que manter as pernas e a roupa longe do escapamento e segurar o piloto em sua cintura ou quadril.

É importante também o piloto alertar o passageiro antes de fazer qualquer manobra súbita.

Uso correto do pisca-pisca pode evitar acidentes

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, em seu capítulo III, que trata sobre normas gerais de circulação e conduta, antes de qualquer manobra o condutor deve verificar as condições do trânsito à sua volta- certificando-se de não criar perigo para os demais usuários- posicionar-se corretamente na via e sinalizar suas intenções com antecedência.

O problema é que muitos condutores esquecem essa última parte e deixam de utilizar a luz indicadora de direção, o famoso pisca-pisca. “A sinalização de luzes no veículo é a maneira que temos como nos comunicar com os demais condutores. Ali sabemos quem vai mudar de direção, ou de faixa na via, sabemos quem vai frear ou mesmo quem está com algum problema”, alerta a especialista em trânsito Elaine Sizilo.

Essa comunicação é muito importante, pois ao saber das intenções de outros condutores, é possível prever ações e seguramente evitar freadas bruscas, pequenas colisões e até mesmo grandes acidentes.

Além disso, o Código de Trânsito Brasileiro institui como infração grave, com multa de R$ 127,69, deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação. “Vale lembrar que a sinalização com as mãos não substitui a necessidade da sinalização luminosa, pois é considerada complementar”, complementa Sizilo.

Atitudes que podem salvar vidas no trânsito



Em época de feriado, com o aumento do tráfego em rodovias e consequentemente do número de acidentes, redobrar os cuidados e a atenção é primordial para quem quer pegar a estrada.


“Estes cuidados devem fazer parte da cultura do cidadão e não serem usados apenas em feriados”, alerta Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal.


Para quem vai viajar, utilizar os conceitos da direção defensiva é fundamental. Para isso, é preciso estar atento no que se passa dentro e fora do veículo. Segundo Sizilo, é necessário ser muito mais cuidadoso quando o condutor se deparar com outros motoristas em atitudes de risco. “É melhor ficar longe de motoristas em zigue-zague, em alta velocidade, enfim, motoristas que colocam em risco a segurança dos demais”, diz a especialista.


Outra regra básica, porém não menos importante, é respeitar os limites de velocidade. “Quanto maior a velocidade, menos tempo o motorista tem para agir diante de condições adversas”, explica Sizilo.


Álcool


Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a legislação em vigor é um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.


O álcool diminui a coordenação motora, reduz o raciocínio e dificulta a concentração. “O álcool induz as pessoas a fazerem coisas que normalmente não fariam, seja por excesso de confiança ou pela perda da noção de perigo e respeito à vida”, afirma a especialista.


Por este motivo é tão importante não beber antes de dirigir. “Ter consciência significa refletir sobre essas questões antes de começar a beber, para jamais dirigir ou pilotar depois de ter ingerido qualquer quantidade de álcool.”, conclui.